quarta-feira, 30 de dezembro de 2009


Peça do Obragem


As vezes a gente se surpreende quando acha que ninguém esta vendo e ninguém vai falar nada ou fingem não estarem vendo. E de repente de onde menos se espera acontece a surpresa.


A gazeta do povo do caderno G do dia 30 de Dezembro de 2009, faz algumas referências sobre uns espetáculos pratas da casa. Até ai tudo bem, a costumeira puxação de saco. Só que de repente a jornalista Luciana Romagnolli finaliza seu artigo com o um comentário inusitado: "O Inventário de Nada Benjamin, da Cia Obragem, foi pouco vista, talvez pela dispersão das plateias geradas pela epidemia de gripe".



Foi um pouco generosa com a crítica, sendo que a epidemia foi em épocas quase diferenciadas, só unindo por uma fração de tempo. E o "talvez pela dispersão das plateias" tem algo de humor em evidência. E não é porque a Aids existiu que as pessoas deixaram de fazer sexo. Porque tem algumas mulheres que valem um caixão.


O que é uma pena porque um grupo que tem uma estrutura de captação dos recursos de incentivo tinha de ter um respaldo de público para justificar a sua produção. Mas, isto já é outras muletas. Levando em conta que é o resultado artístico que interessa, e não é porque esta sendo bancado pelo governo que tem de se submeter a ele.



Cheguei a ir na peça e não assisti. Isto porque ele se enquadra no atual sistema dos grupos nos procedimentos de captações de recursos do governo que transfere sua bilheteria para os pobres, através da troca do ingresso por uma lata de leite.


Tenho até uma história engraçada com este critério das latas de leite para garantir a manutenção e procriação de criancinhas que precisam ser amamentadas. Com uma mãe que ficava na porta de uma farmácia pedindo uma lata para seu filho nos seus braços. E fui um dos sorteados tendo contribuído sem perceber nada de errado. E ela com a conivência dos farmacêuticos que estavam lucrando com aquela mãe que fazia teatro muito melhor do que muitas atrizes por aí.



Mas no caso da peça não foi possível contribuir com a lata de leite, isto porque não consegui achar um local onde pudesse comprar uma lata naquelas horas em inicio de noite. E infelizmente nem pude conferir o resultado destes artistas, que por alguma razão na disposição jornalística não houve uma crítica de resultados. Talvez deve ser porque estavam preocupados em fazer matérias sobre a epidemia de gripe. Ou talvez porque o jornalista tem que se preocupar com as causas assistencialista em épocas de um governo da pobreza. Que antes de assistir uma peça deve se preocupar com a comida dos pobres. E infelizmente muitas mães vão ficar sem fazer o mingal de leite em pó para seus filhos se depender das ditas peças do pó de leite, porque o público não compareceu.
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


Política Alienante e Mentirosa

Morei durante alguns anos em Minas Gerais no Triângulo Mineiro, na cidade de Uberlândia. E tenho a notícia que a cidade ganhou o prêmio de melhor transporte público do Brasil. Este prêmio em função deles terem feitos uma passarela de 7 kilometros como os 500 kilomentros de Curitiba, onde tem uma espécie de tubos. Detalhe: não tem acesso para deficientes onde permanece aquela rampa no próprio ônibus onde sua maioria não tem tal equipamento. Uns dias após inaugurado tal rua deu uma enchente e alagou tudo, isto porque fizeram baixo demais. O ônibus em Curitiba e Uberlândia é R$2,20 e super lotado. Com a diferença que no domingo o ônibus custa R$1,00 em Curitiba para incentivar o turismo e melhorando a qualidade do Curitibano que pode ir para os parques e assistir eventos. Uberlândia não tem isto.

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Em Curitiba o prefeito Beto Richa ganhou como o melhor prefeito do Brasil. Enquanto os ônibus não aparecem nos pontos com média de 100 pessoas esperando. E quando chega o povo se amontoa com uns 60 pessoas dentro de um ligeirinho. A falta de dignidade do cidadão é visivelmente desrespeitada. Para uma viajem de um bairro até o centro onde um ônibus arrecada R$132,00 com a passagem à R$2,20 por pessoa em 10 kilometros é muito mais lucrativo do que um motorista de táxi arrecada. Coloca 300% a mais sendo que um ônibus economiza muito mais por ser diesel. Para onde está indo este dinheiro?
Depois ainda querem que o cidadão deixe seu carro em casa e use o sistema de transportes, sendo que a paciência de esperar meia hora e ainda desafiar uma superlotação é desanimador.

O que deixa claro aqui é que o governo com sua demagogia quer o tempo todo vender que são os melhores para continuar sua política hereditária. Onde aqueles que se estabeleceram a 30 anos atrás ainda continuam sendo os nomes inovadores atuais. Com este tipo de abordagem a mídia vai perdendo a credibilidade e os governantes vai incutindo na mentalidade do povo as suas estratégia maquiavélicas de poder.

Até quando o povo vai ser inocente a este ponto?




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