Num dia de sol como está sexta-feira próximo do verão, nada melhor do que dar um passeio por um bosque de Curitiba aproveitando o frescor das árvores e o canto dos pássaros. O sul do Brasil favorece estas iniciativas por ter um clima de constante verde. Em tempos que uma máquina digital é capaz de capturar inúmeras imagens de uma atmosfera de natureza bucólica. Quase uma naturalização num primitivo transformado para o contemporâneo.
Uma das principais chaves de discusão nos séculos do iluminismo é a condição do homem natural que interfere no natural. E até que ponto o natural é natural, com uma questão levantada no depto de filosofia sobre a "cerca de concreto" no Passeio Público de Curitiba que não é feita de madeira, e sim, de concreto. Causando admiração de alguns na constatação, e me indagaram sobre minha opinião. Só sei que tem um límbo no rio cortado pela ponte que deve incomodar a administração do Passeio, e para mim é algo que lembra do impressionismo na natureza da França da época. Existia uma preocupação de imagem em representar de forma interpretativa uma realidade natural num constante interesse de manifestar qual era mesmo o olhar que tinhamos das cores e até que ponto realmente percebemos ela. Buscando ser contagiado por uma manisfestação de energia da natureza que interfira no humano como é o lúdico de Federico Fellini.

Cada cidade tem sua praça e algumas travam uma bela agitação de energias transitantes como festas e socialização. Algumas são pontos daqueles que procuram uma realidade fantástica das drogas. Outras são solitárias, servindo apenas como carreiros para encurtar caminhos. E algumas são apenas para adornar igrejas católicas, num processo que vem desde Carlos Magno.
As vezes a natureza dos parques ganha mais ou menos interferência como outros princípios ou moralizante. Basta lembrar que esteticamente fica encaixado no moderno alienante quando se percebe que além de uma cerca de concreto que deveria ser de madeira, existe um posto policial para policiar a conduta humana dos frequentadores que são animais em convívio, e não devem agir com critério de animais. Por uma ou outra razão adota uma postura para o geral de um contraste absurdo não percebido. Pagamos um preço pelo social que limita o olhar da individualidade natural de um ser que busca liberdade cada vez mais quadrada aos seus sentimentos instintivos humanos.
Nada como o sorríso do pipoqueiro diante de uma criança que no passado, num esforço das tias, o passeio se tornou instigante por ter um coreto com um corredor de vitrines com pequenos quadrados do habitat de cobras das mais variadas cores. Quebrando assim um medo no principal ponto do passeio público que não via problemas nenhuma em expôr as cores tão instigante de pesadelos numa noite mal dormida. E embaixo, no redondo do coreto das cobras, no centro do Passeio Público, uma simulação de caverna e um pequeno córrego com pinguíns mergulhando e andando nas pedras adornadas com concreto. Pinguíns com asas pretas perfilados num andar pelas pedras como nas calçadas das ruas de Curitiba agarrados com suas gravatas verticais em dias gelados. Só não sei se os pinguíns eram felizes.
Sei que têm um monte de erro. Faço a correção depois.
Créditos da Foto da Ponte:
Autor: Mathieu Bertrand Struck ( Da foto da ponte no Passeio Público ). Desculpa a demora, não tinha visto.
Créditos da Foto da Ponte:
Autor: Mathieu Bertrand Struck ( Da foto da ponte no Passeio Público ). Desculpa a demora, não tinha visto.