sábado, 24 de dezembro de 2011

Panóptico de Bentham e os Estados Unidos



É engraçado como as coisas acontecem diante de um mundo que se acha dominado e no fim ele acaba se configurando em transformações. E tudo está na nossa cara, embora a maioria num niilismo reativo nem perceba. E os grandes personagem com suas máscaras num jogo de vaidade como seu o mundo fosse um palco para eles. Vejo o mundo como ele aparece numa constante busca de informações pelos jornais. O sistema fraquejado tenta se impor diante destas transformações que a cada pouco nos surpreende com as iniciativas das massas. As massas ainda são um corpo que por alguma razão está reagindo de forma enérgica. E não adianta dizer que ela é localizada porque não é. Ela se faz presente acima do argumentativo e da moral imposta num sistema que quer ser deus das nossas vidas. E o policial na torre do panóptico de Bentham já perdeu a sua função. O grande lider já não é lider de mais nada, a não ser por imposição.

Alguns movimentos históricos vem acontecendo com o grande vilão Estados Unidos como pano de fundo. E começo pela Coréia do Norte com a morte de seu lider Kim Jong-il em comparação com a morte do ex-presidente da Tchecoslováquia, Vaclav Havel. Enquanto toda a gang da cúpula americana estava no funeral de Havel a Coréia estava demonstrando que existe a possibilidade de uma política sem o controle racional de um mundo moldado nas massas. Esta comoção é raro acontecer e é saudável para impregnar a sustentabilidade do poder. O grande enigma é como o oriente vem tratando a política com a busca incessante do grande vírus da democracia corrupta do ocidente tentando penetrar. Há um convencimento do liberalismo num avanço na Revolução Francesa quando na verdade foi a manutenção de um canabalismo primitivo de diferenças predominando de um posicionamento conservador dos mais fortes. Não tem nada de avançado nisto a não ser a podridão política reinante que nós estamos vendo a olhos nu de uma verdade extramoral massacrante. O Havel que foi puxa saco do poder e agora merece sua recompensa com ingressos cobrados na porta do seu funeral, isto pela presença de celebridades como a Hilária Clinton e todos os seus demagógicos, e não perceberam a grandeza da história nos movimentos da nova história. A tentativa de manter o poder do Egito do seu lado diante da pólvora que é o oriente médio para que aquilo lá não exploda de vez. As mortes como de Sadam Hussein por enforcamento num procedimento para lá de medieval. O linchamento de Muammar Kadafi com o slogam dos quarenta e dois anos de poder ditatorial que os jornais por medida de consciência divulgavam para apagar o mal feito e que até se tornaram amigos do ocidente. É claro que os banqueiros ingleses precisavam sanar suas crises num mundo em crise financeira diante de uma família tão rica sujeita a sanções oportunistas e num potencial de país petrolífero estratégico no mediterrâneo.

O que eles não contavam era com a reação das massas como os kamikazes do Iraque. De um comunismo que está em decadência e já é a segunda economia mundial como a China que é a terceira guerra mundial de um silêncio inraivecido. E a mídia mostra sua incompetência sem um mérito a ser conquistado quando percebe os limites da realidade dos acontecimentos transformativos e ainda ficam com a velha moda da direita liberal que não fala mais nada com nada. Tudo neles é contraditório. Os discursos antigos e oficializados não convencem mais a nova história. Nada mais arquétipo do que a mídia regado por sentimentos falidos de uma moral sem boa vontade. O mundo esta mudando e a mídia precisa estar a frente da política desgastada. Ela não pode ser o eixo de sustentação quando perdeu suas referências. O grande pecado do século da mídia foi a divulgação da morte do Michael Jackson com sensacionalismo enquanto dois cientistas estavam divulgando a possibilidade do terremoto do Haiti e não foram ouvidos, e a consequência disto foi uma mortandade, que não deixa de ser um genocídio. Se a racionalidade de um mundo cientifico para um mundo melhor deveria ser o alvo de toda ocidentalização grega no contemporâneo. Este com certeza foi o maior erro desta ocidentalização irresponsável.