segunda-feira, 18 de junho de 2012
Revolução dos Generais
Penso que há um equivoco brutal em tudo isto. A propaganda da Revolução Francesa não condiz com aquilo que permaneceu depois. A democracia como uma estratégia de guerra demonstra que não temos uma afinidade para o bem. O general Napoleão, após a Revolução Francesa mandou um recado objetivo no inconsciente que o mundo sempre será mandado por generais. Não é o Obama que manda no mundo, e não é ele que faz as guerras. Ele participa num jogo da manutenção de seu poder fragilizado diante do sistema já desencadeado, o mesmo jogo que faz a rainha da Inglaterra com um glamour de realidade. Pensar que o capital e o livre ir e vir é o eixo principal da humanidade é substimar o poder. No Brasil o poder político é um câncer irremediável e o exército é uma piada. Será que o Brasil é esta potência? Será que somos potência porque somos bonzinhos no mundo? Que cara que o Brasil tem realmente. Aqui não passou nem um general e nem ganhamos alguma guerra significativa. Que identidade é esta que faz pensar que somos alguma coisa? Nada como a democracia (que não existe) para permanecer num mar de poeiras numa ilusão de que estamos dentro do paraíso. Nós estamos apodrecendo num continuum achando que estamos chegando lá. Chegando lá onde mesmo? A estratégia de guerra esta armada e nós não somos nada. Ou somos?
Aparentando aqui uma volta a escola tradicional da história, e não é diante da subjetividade de longa duração que nos atinge factualmente. Não existe tempo anacrônico aqui, e sim, uma constatação do nosso tempo. Que aliás se tornou intrínseco a manipulação histórica diante de uma modernização desleixada e pintada como um ser humano pleno de liberdade. Quando notamos uma homogeneização que dispara uma regularização estrondosa da mentalidade se precavendo de um homem que não pode pensar diferente diante da segurança humana universalizada, legalizada na moral e leis que ultrapassaram o contextos empírico dos costumes. Geralmente moldados por aqueles que deveriam estar inserido no mundo dos cães, e estamos num processo civilizador negativo por causa deles.
Esta citação é da carta em que Hegel descreve sua impressão ao presenciar a entrada de Napoleão, com seu exército, em Jena, em 13 de outubro de 1806:¹ "Vi o imperador (esta alma do mundo) cavalgar pela cidade em visita de reconhecimento; suscita verdadeiramente um sentimento maravilhoso, a vista de tal indivíduo, que, abstraído em seu pensamento, montado a cavalo, abraça o mundo e o domina". Ele conectou a rede de interdependência que vivemos hoje e seu domínio nunca deixou de existir.
O erro de Napoleão segundo Jacob Burckhardt foi "a incapacidade de transformar os povos vencidos em aliados" (Fernandes. 2008. p.118). Ele não conseguiu domesticar os vencidos diante de uma disputa ferrenha com a Inglaterra. Uma disputa da centralização com as pluralidades dilacerada vigente.
¹ Fernandes, Cássio da Silva. Concepção de estado entre Ranke e Burckhardt in: Facetas do Império. Sp: Hucitec. 2008. p.108.
faço a correção depois.
carlos jansson
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