O estado "representativo" vem se instaurando com
um totalitarismo lutando com o humano nas suas características políticas. A
divisão entre estado e pólis com seus agentes políticos se tornaram rivais. E
muitas vezes pegando em armas como foi algum tempo atrás com um governo que
colocou policiais para bater em estudantes. Não estou falando de uma legitimação
da violência do estado em detrimento de uma
violência contra o estado nas características do mal. E sim da vontade de se
impor com força na política. Há uma hipocrisia quando se fala de um
totalitarismo e de uma democracia. Já se sabe que o povo como força política
perdeu suas características de representação e todas as ferramentas para se
manterem num poder são usadas com subterfúgios estratégicos. Existe uma crise
cada vez mais presente entre estado e o humano singular na sua condição
política experimentando na pluralidade e a hegemonia inconsciente¹ aplacado com
sua alienação das coisas mundanas. E voltando para os contratualistas, o estado
já não garantem a nossa segurança diante da não violência e das condições de
dignidades numa permanência social. E aqui fica uma condição presente com
programática futura já engendrada de enclausuramento do ser de hoje. O cidadão
já deixou de existir e lutamos para resgatar sem saber como ele se configura
diante do discurso totalitário. Somos máquinas robôs tratados com
insignificância e apedrejados por este estado de coisas num modismo tecnológico
que não desfez a burocracia travada. Ao contrário, arrumaram mais um patrão
para nos guiar. Estamos cada vez mais frustrados por nossa existência. Já era
difícil de visualizarmos o que é nossa liberdade. Liberdade que é uma simples
utopia de quem segue para a ágora. Estamos enjaulados em banheiras nadando no
mar azul ou andando nos desertos de Arendt.
¹ Com licença poética.
¹ Com licença poética.