sábado, 4 de maio de 2013

Banheiras de Arendt



O estado "representativo" vem se instaurando com um totalitarismo lutando com o humano nas suas características políticas. A divisão entre estado e pólis com seus agentes políticos se tornaram rivais. E muitas vezes pegando em armas como foi algum tempo atrás com um governo que colocou policiais para bater em estudantes. Não estou falando de uma legitimação da violência do estado em detrimento de uma violência contra o estado nas características do mal. E sim da vontade de se impor com força na política. Há uma hipocrisia quando se fala de um totalitarismo e de uma democracia. Já se sabe que o povo como força política perdeu suas características de representação e todas as ferramentas para se manterem num poder são usadas com subterfúgios estratégicos. Existe uma crise cada vez mais presente entre estado e o humano singular na sua condição política experimentando na pluralidade e a hegemonia inconsciente¹ aplacado com sua alienação das coisas mundanas. E voltando para os contratualistas, o estado já não garantem a nossa segurança diante da não violência e das condições de dignidades numa permanência social. E aqui fica uma condição presente com programática futura já engendrada de enclausuramento do ser de hoje. O cidadão já deixou de existir e lutamos para resgatar sem saber como ele se configura diante do discurso totalitário. Somos máquinas robôs tratados com insignificância e apedrejados por este estado de coisas num modismo tecnológico que não desfez a burocracia travada. Ao contrário, arrumaram mais um patrão para nos guiar. Estamos cada vez mais frustrados por nossa existência. Já era difícil de visualizarmos o que é nossa liberdade. Liberdade que é uma simples utopia de quem segue para a ágora. Estamos enjaulados em banheiras nadando no mar azul ou andando nos desertos de Arendt.  

¹ Com licença poética.