domingo, 10 de janeiro de 2010

Gazeta do Povo

Curitiba têm daqueles dias cinzas de domingo que leva o leitor ao seu refúgio caseiro. Após o almoço vem a vontade de ler um jornal comprado no armazém ao lado de casa. Tudo isto é comum a uma grande parte de Curitibanos que querem entrar em sintonia com coisas novas que possam estar acontecendo e saber um pouco mais sobre as mudanças no cotidiano da cidade. Tão básico e tão difícil para um jornal perceber as vontades de seus leitores.

Chegando na mercearia já tem a vista em cima do balcão um calhamaço que faz lembrar que vai passar a tarde toda lendo coisas interessantes de se saber. Um valor diferenciado da semana, proporcional ao volume e peso da quantidade de papel.
Ao sair do
armazém já acontece o inconveniente de cair um almanaque amarelo de propagandas no asfalto molhado das Casas Pernambucanas com o título “Hoje eu Quero”.

Umas das primeiras coisas é iniciar a leitura no banheiro que logo de cara da de encontro com a capa do Viver Bem com uma garota sentada em um
banquinho que lembra o meu trono. E aquela expectativa de não conseguir ler nem o começo do jornal antes de chegar no papel higiênico. E aqui foi meu engano e frustração de uma leitura na tarde de domingo de Curitiba. E como não vou ler vou escrever a minha sensação dos caminhos do jornalismo contemporâneos. Porque isto não é novo atualmente. Não há nada que chame a atenção para uma leitura. É claro que respeitando a diversidade e sabendo que muitos até acham alguma motivação.

É visível a superficialidade de coisas que nem são novas.
É como no outro lado as pessoas não soubessem utilizar as peripécias e a abrangência dos assuntos para tornar catártico e dar uma substância em forma de essência absoluta ao jornal ao ponto do leitor pegar o calhamaço e perceber que ele foi proveitoso. Será que sou eu que me intelectualizei demais num mundo que nos surpreendemos com tanta gente parecida em conhecimentos apesar da diversidade? Sugere que a impresa esta perdida neste emaranhado entre a superficialidade contagiante com a diversidade frustrante, e nele não sabem o que fazer para chamar a atenção. Se é o caso de chamar a atenção, porque senti uma falta de compromisso em proporcionar uma boa leitura.

De um modo geral a impresa esta em crise. Os
layout estão forçadamente políticas na concepção de agradar aqueles mais próximos ou radicalizam por outro lado colocando fotos e artigos banais e plásticos. Não tem uma caracteristica própria personalizada. Basta abrir e já encontra milhões de propagandas que dão a dimensão dos lucros de um jornal que acaba sendo caro se pensar que não ganham só os R$3,50 do leitor.
As matérias vão desde os interesses
paulistas, cariocas e até mesmo da cultura italiana com Fellini no Caderno G. Nada contra o Fellini com sua obra, mas será que não dá para virar o disco? Tudo é muito repetitivo quando não americanizado.
A foto de capa do Caderno dos Automóveis tem uma grande moto destas que nem 1% do total de
Curitiba vai ter um dia, quem dirá a porcentagem de leitor do jornal. Qual é a verdadeira intenção da foto de capa? Por aí dá para perceber que o jornal não é bem intencionado com seus leitores. Querem passar algo de frustração para aqueles que olham e percebem que não vão chegar no paraíso. Nem vou comentar a foto do Caderno dos Imóveis, que no geral só têm conteúdo Curitibano no jornal nestes dois cadernos porque é onde o povo quer vender ou alugar e assim os endereços são em Curitiba. Porque o resto é só banalidades de cotidianos a mais de 100 kilômentros que não interessa ou porque é a tendência do jornal fugir da realidade de sua região para não se enquadrar numa inferioridade de que lá fora acontece e aqui não, então vamos falar lá de fora porque eles são mais interessantes. Estou falando alguma mentira?


Louis
Armstrong não tem lado B? Quando a gente escuta muito o lado A começa a gostar do lado B também. Não tem lado B?





As notícias do mundo já foram vistas de forma mais interessantes em outros canais de notícias. Não se define nem entre direita direito e nem esquerda e nem coisa nenhuma. Falar de mulheres que não são pegas em Bafômetro talvez seja a grande matéria, com a polêmica nas diferenças de sexos e das leis como um jornal educador. Só que não falavam antes. Os filhos já não podem acompanhar os pais nos bares, como se os pais não tivessem a responsabilidade e nisto vai acabar em uma lei ditatorial com deputados de má reputação fazendo as leis. Será que o jornal não percebeu que tem aliados que transfere a pouca credibilidade para os jornais. Até uma tabelinha de deputados foi confeccionado para priveligiar uns e denegrir outros. Coisa do poder mesmo, mostrando as intenções do jornal e quem ele esta servindo. Isto é muito baixo para um jornal que quer se considerar de alto nível.

Este foi um texto com a
caracteristica leitmotiv com um final mais acelerado num impulso diante das lembranças de minha frustração a cada caderno do jornal, e assim, ao estar escrevendo elas ficam mais evidentes. Vou ficar por aqui e com uma posterior correção porque também não quero ficar lembrando de algo que é quase inútil.
Um bom domingo para vocês.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dossiê Fernando Henrique.

Quem não se lembra de um possível dossiê do Fernando Henrique quando era presidente? Esta certo que se falava num suposto dinheiro no exterior. E hoje sabemos um pouco mais sobre o assunto diante do fato da segunda família do Ex-presidente. De uma família que estava no exterior.

Imaginem o custo para abafar o caso. Custo que levou o PT a se apossar do poder no Brasil. Pode não ter sido o principal degrau desta escalada. Mas ela foi com certeza uma moeda de troca. Não é atoa que o PSDB está tão minguado.

Como o Brasileiro é ingênuo neste negócio de eleições, com certeza já esta pensando que não vai acontecer nada na próxima gestão. E a imprensa esta toda calada com notícias de deslizamentos e tragédias urbanas de forma insistente. Mas os boatos que correm no meio das informações é que ele será tão pior como os gatos do passado.

E não se enganem com a imprensa, principalmente de São Paulo, que já foi responsável por massacres na Revolução de 32 quando soldados tinham notícias otimístas enquanto estavam sendo massacrados, e avançando. Foram dois mil soldados que tiveram a ilusão de estarem vencendo quando estavam sendo mortos.

As meras desistências do jogo político atual não são por avaliação do que será melhor para o Brasil, e sim, para evitar um pertubador retrato de algo contraditório no alto escalão. E mesmo assim a raposa quer permanecer por lá. Se isto acontecer o Brasil vai ser um dos piores espíritos políticos de uma fragilidade tão grande que será melhor morar na África onde a dignidade vai se sobressair. A moral política já está degradada e se acontecer vai se tornar tão frágil que qualquer um vai chegar por aqui e determinar como as coisas serão.

O bom de ser um artista sem projetos aprovados por enquanto (que são escassos porque no geral eles se enquadram em escolhas políticas e com seus donos) e vendo as atrocidades sobra tempo para refletir e viabilizar os meios de mostrar as máscaras que no geral não são vistas. E no meio jornalístico os boatos e os episódios ventilam. É claro que com uma imprensa que não diz tudo pelas razões de um sempre maior poder que determina conforme o montante em questão.

Qual a razão de ninguém falar sobre a antiga polêmica que povou os jornais da época sobre o suposto dossiê do Fernando Henrique? Agora não é mais o Fernando Henrique, mas as razões do silêncio de quem esteve por trás e está.

E vocês mulheres, porque será que a Dona Ruth Cardoso morreu do jeito que morreu? Será que eles não têm consciência de suas atrocidades? Tudo vai ficar em silêncio? Que preço está mulher pagou para viver ao lado de um presidente atolado e negociando um escândalo? Infelizmente é este o nosso Brasil.