quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cinema movimento

Ninguém fala e é velada a pesquisa do movimento-ação na duração do cinema dos Glaubers Rocha. É tido como os grandes caras com seu cinema, e fazem uma propaganda danada sem se ater ao efeito cocaína no cara no instante de sua produção. Combatem o trem, mas veneram o trem em forma de mito. E dizem que tem gente pensando. 
Na estética, Jacques Derrida diz que temos apenas rastros do passado para a imagem-ação. Mas, será que exitem rastros nos Glaubers de um universo de imagens como matéria não existente? Será que foi aí que a duração se perdeu na química?
A montagem no cinema é podre, e sem esta de dizer que filme é uma arte de alguém. Existe um vácuo. Solucionado quando se desfazer a burocracia no fazer com o autor-diretor for aquele que absorva todo o mecanismo de uma tecnologia, que cada vez mais facilita o manuseio. Os equipamentos estão disponível a custos razoável, e já não se justifica os assaltos aos cofres públicos de heróis, que ainda não provaram suas existências.
A questão de roteiro, atuação de atores, planos de câmera, disposição do dia da filmagem, questão de fisiologia dos técnicos e suas manias, a vaidade da direção e depois o conforto da cadeira na edição com seu montador levando em conta o sua rotina, somado com o diretor que agora olha a tela e tenta dar forma aos movimentos com suas devidas durações, sujeitas a cortes daquela mão no mouse com um ar pessimista na construção de qualquer coisa artificial que esteja sendo pensada sem ser integral. E o movimento entre cortes que muitas vezes tem inserido uma bandeira, acaba sendo mais nojento. 
Deveria-se perguntar o porquê do Brasil não conseguir fazer um cinema de uma imagem previligiando seus artistas e sua cultura como moldura de um mundo de um imaginário a ser seguido, ou até mesmos os questionamentos que o cinema permite do movimento ação pisando solo brasileiro? É bem fácil de ver isto, bastando perceber quem são aqueles que assumiram a postura de construtores desta técnica e observando como se relacionam com este nosso mundo com o tom de dependência arcaíca e falta de comprometimento com o movimento. Eles podem estar muito bem. Mas, são pobres naquilo que pensaram em fazer.
A "cocaína" fica por conta de comentários de técnicos da época, que faziam parte das estruturas.

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