sábado, 31 de janeiro de 2015

Festival de Teatro de Curitiba 2015



Mais um Festival de Teatro de Curitiba na sua 25ª edição de 24 de março a 5 de abril de 2015. 
Um momento significativo para o turismo cultural de Curitiba. Evento que representa o coração das produções das cênicas do Brasil. Um evento que é produzido com leis de incentivos de impostos que é um bem público. Abraçar o festival é abraçar Curitiba e o teatro. 

São centenas de grupos de todo o Brasil e internacional participando numa comunidade de artistas se integrando numa energia viva no fazer teatro. Cada um deve perceber que Curitiba também pulsa a sua natureza propiciando contemplações, como os parques por toda a cidade. Como sugestão deixo o parque Tanguá próximo ao Teatro do Arame. Com certeza será uma experiência inesquecível.

Só peço que não divulguem o sistema de transporte de Curitiba como o melhor do mundo. O melhor transporte é aquele que não tem motores poluindo as cidades. A promessa de um Metrô em Curitiba não sai do papel por campanhas de empresários do setor dos transportes que não deixam este investimento acontecer. E qualquer propaganda sobre os latões vermelhos superlotados de gente batendo ruelas pelas ruas no sentido de acompanhar a propaganda enganosa promovida pelos empresários e políticos acaba sendo prejudicial ao Curitibano. Quem sofre são as famílias no seu cotidiano que precisam do transporte de massa. 

Teatro Ópera do Arame

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Alienação Teatral



Lendo as loucuras de Foucault me deparei com uma citação óbvia para os nossos dias: "denominados doenças mentais. Deste modo, as medicinas mentais funcionariam de maneira a justificar a exclusão daqueles que não são reconhecidos no mundo das relações humanas por não se adaptarem a alienação presente no momento histórico que vivemos."

Caramba gente. O louco aqui não é aquele que pensa diferente e sim aqueles que pensam iguais. Nietzsche já falava que eram ovelhas, portanto idiotas.
 
Algumas coisas que geram a hipocrisia é não perceber o processo histórico. Geralmente no Brasil se coloca que o passado é diferente do presente quando na verdade estamos num processo histórico. 
Quem lembra das promessas de eleições? Mudou alguma coisa? Impostos subindo com 33% de aumento de salário dos 3 poderes e 9% do salário mínimo para o resto. 

No distanciamento de Brecht isto é sagrado. Um exemplo disto é a guerra religiosa tido como se fosse lá no descobrimento do Brasil na expulsão dos mouros da Europa, quando estamos em plena guerra cristã-mulçumana. É exatamente isto que ele está falando. Estamos no processo histórico dialético. E tem que ter transformação e estranhamento que é a diferença do comum nos palcos.

No teatro eu vejo muitos vermes culturais cultuando nada de transformações. Preferem colocar uma guitarra dos anos 60 Woodstock no melhor estilo de vida americana acompanhado com um All Star bebendo whisky e andando de skate. Nada contra os butequeiros bebendo umas no conforto do seu All Star popularizado, como eu. Só que usar isto é mídia fascista de propaganda americana. A introdução de uma cultura de massa americana rasa, fedendo como já perceberam. Vendem o podre nos palcos como sobremesa só para agradar um estilo moderninho juvenil. Vermes culturais. E isto não satisfaz o ator que quer teatro e ação no seu trabalho.

Podem achar que ninguém está percebendo o que estão fazendo. Todos alienados, inclusive quem está fazendo pode não perceber o prejuízo na causa. Teatro de péssima qualidade.