É engraçado o Nietzsche. Fala do Sócrates e agrada Platão, com razão fundamental. Ele é sincero e um livro aberto, não se preserva. Não dá para ser dialético nestas coisas. Falar tudo bem. Mas nunca dizer tudo. Ele ama alguns nomes e odeia outros. Foi Kantiano no seu principal objeto. Hoje tentam tornar imperativo certas coisas de uma consciência rasa que não se encaixa em nenhum deles. Uma bela porcaria de doentes.
Entrei nesta para melhorar o discurso para o teatro e agora estou diante de um espaço de angústia aberto a minha frente para o nada. Tem coisas pela frente mas não é mais interessante chegar lá. É um ruído só ou talvez aquele barqueiro confiando em suas tábuas no meio do mar. A imagem preferida de Nietzsche. Só que as tábuas já eram. Dizem que ele era otimista, só por que falava dos gregos? kkkk Pra mim ele era um coitado sobrevivente falando coisas para conquistar dignidade.
O Schopenhauer fala da destruição dos afetos que bloqueiam a capacidade. Nietzsche vai no sentido ao contrário que as diversidades e as perspectivas de afetos contribuem. Eu acho que nem um e nem outro. Pode-se controlar os afetos para aqueles não negativem o objetivo. É possível despertar este controle? É difícil e vejo que muitos não conseguem. Diante de vários relacionamentos decidi quebrar e chegar até o máximo do que alguém almejava atingir com as paixões. Gostei tanto de uma garota e deixei ela ser fatal sem que eu pudesse conquistar ela. Mas convivia com ela sabendo dos meus objetivos. Era tão fatal a loira ingênua que um cara se matou e numa outra situação o marido matou um cara que tava dando em cima dela. Tenho boas lembranças dela e até tive outros relacionamentos. Mas me preparei para não ser pego de novo. Isto não quer dizer que não quero. Só que tive um ganho na minha forma de ver o mundo. Com o afeto controlado provavelmente ela vai vir de forma serena se é que ela vai aparecer.
Agora ele é um homem diferente daquele no meio do mar revolto acreditando na sua embarcação. Ele é um entre meio a multidão. E os dois convivem no mundo. Estes dois eus num mundo solitário harmonizando Dionísio e Apolo.