quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Detran, uma instituição corrupta



Uma das condições de pelo menos 20 anos não ter carros é o olhar que tenho sobre a instituição que administra as veias do sistema de transporte. E isto começou com um dia sendo multado por parar diante de um pequeno rebaixamento que antes fazia sentido para a entrada de um portão. Só que o portão foi fechado com um muro e o declive na calçada já não fazia sentido. O guarda que me multou disse que era só entrar com recurso e a multa perderia efeito já com a multa feita não poderia voltar atrás. Mas o que aconteceu foi ainda mais absurdo quando numa audiência que existia na época o superior no Detran zombou da minha iniciativa e acabei pagando a multa e ainda sendo ridicularizado.

Metrô da cidade de Salvador - Bahia.
De lá para cá venho observando o Detran e as constantes insinuações do seu uso por políticos que fazem dela os financiamentos de campanhas, sendo que a sua direção é indicação política sem que estes tenham conhecimento do que seja dirigir uma instituição de transportes. Ficou claro sua estadia para uso político, fora a corrupção como fábrica de multas para manutenção de uma estrutura viciada.

No dia 29 de outubro de 2014 o repórter da Rede Globo entrou em contradição com sua matéria no jornal no sentido de alertar sobre a quantidade de reprovações daqueles que querem a carteira de motorista, com outra repórter fazendo link no jornal na externa no Detran informou que eles não estavam vendo a motivação das reclamações dos cidadãos diante deste poder punitivo. Pelo contrário, o que estava sendo levado para a câmara de deputados era o aumento de 12 sedes para controle já que a demanda exigia uma estrutura maior. Aumentaria os postos de controle. Isto quer dizer que pessoas na atitude de tirar suas carteiras seriam reprovadas inúmeras vezes pagando taxas. Quando o sentido de uma boa pedagogia é potencializar e não criminalizar já que o fato de pegar uma carteira é para valorizar o cidadão exercendo sua cidadania. E reprovando muitas vezes tem caminho ao contrário. Mas isto é o que menos interessa para instituições deste tipo que só querem arrecadar para sustento da máquina e todas as atitudes que dizem ser no bom sentido tem sentido contraditório. Por isto que campanhas de conscientização no trânsito são demagógicas e acabam não surtindo efeito.

É tão sério o que estou falando que quando o deputado Carli Filho degolou os dois cidadãos em Curitiba se constatou que dezenas de deputados tinham perdido a carteira pela quantidade de infrações, e continuavam dirigindo no trânsito, em épocas que eles fizeram a lei seca que não poderia beber e dirigir. Mas fez a lei e matou no trânsito e acabou sendo uma aberração lógica.

Curitiba continua sendo um dos maiores trânsitos de veículos do Brasil e ao mesmo tempo temos um sistema de transporte público sucateado e prestigiado pelos políticos sem vontade nenhuma de melhoras. Vários pontos levam a está conclusão que é o financiamento de campanha por empresários das empresas de ônibus e a continuidade de um fluxo caótico no trânsito que rende multas e dividendos para continuação da máquina política de arrecadação. A maioria das grandes cidades e cidades regionais já tem o tal do Metrô, e seria uma grande conquista de cidade cosmopolita já que no meu caso eu uso dos latões chamados ônibus em Curitiba.

Em Belo Horizonte o Detran de lá é acusado de corrupções que envolve um senador. Com tal acusação aproximando o tráfico de drogas com notícias de helicóptero de cocaína. Isto não dá para negar, e são fatos e contra os fatos não há contestação. Embora nenhuma mídia divulgue o caso e provavelmente o delator vai ser eliminado daqui uns dias. Conhecendo o Detran e toda a documentação nas mãos dele, para quem quiser ver, não tem como não acreditar em tais fatos. Só que o Brasil tem uma grande mancha que é a corrupção. Mesmo se falando em reforma política os políticos já estão se mobilizando no sentido de se manterem absolutos em suas truculências diante da democracia que dizem existir. Para mim é só uma continuidade de um poder execrável que envolve instituições, serviços e impostos que os cidadãos precisam para a máquina social.

domingo, 26 de outubro de 2014

Lobão - Os Vulneráveis



O Lobão é músico e não tem quem tire isto dele. Todos pensam naquele Lobão que ficou e que a gente espera uma personalidade atrás do microfone dos velhos tempos. Uma nostalgia, claro, que não se reinventa tanto que o Lobão tem seu caminho que ele faz do jeito que ele quer.

A geração dele tem um carinho enorme por ele. Visto que ele foi execração nacional porque foi pego com baseado e parou na cadeia exatamente no seu melhor momento nacional. A Globo fez aquele drama aliado ao talento do rapaz. Mas ficou algo mal resolvido, uma dívida de um preconceito que hoje já nem tem aquele valor moral equivocado. Caiu numa cilada do tempo moral e de muitas demagogias de governos que decidem e atrapalham vidas dos cidadãos.

Fazer música ele sabe e deveria se dedicar mais ao que sabe fazer. Mas ele é polêmico como no momento que saiu com a citação que "se a Dilma ganhar vou embora do Brasil". Bom, ele não vai e ainda bem que não vai. Ele é propriedade do Brasil e que continue com suas polêmicas. Não ando escutando muito o cara, mas está música é boa e é dele. Então fica aqui minha homenagem ao som que ele sabe fazer.






Dilma vence as eleições em 26 de outubro de 2014



É nítido perceber que ainda estamos na Moral do Voto do Cabresto.

Para não votar na Dilma muitos votaram no Aécio. Mas há insatisfação com os dois. Mas a escolha do bem do mal é a Moral do Cabresto lá dos Coronelistas.
O Aécio ainda tem fazendas, que se encaixa no coronelismo e tem até denuncias de ossada humana achado por lá.
Eu estou me sentindo triste por perceber que não é percebido este pequeno detalhe. E ainda muitos se dizem na democracia. Nossa gente, que é isto?
Basta ver que dos dois lados tem os mensalões. Corrupto por igual. Se vocês soubessem o que anda ocorrendo nos bastidores de denuncias do Aécio ele pode acabar em cela ao lado do Beira Mar.
E é tão simples perceber que algo está errado mesmo não sabendo das coisas. É só juntar uma coisa aqui e ali e agravar já que estamos falando dos políticos. Não existe político honesto. E o poder no Brasil é uma aberração.
Fica aqui o meu desabafo e não vai adiantar nada. O mundo da ovelhas e do totalitarismo é algo visível que não enxergam seu pasto. É triste ver o que é ser brasileiro.

Eu só sinto que deveria ter 50 milhões de indecisos pelo voto e não partindo de uma posição que leva ao maniqueísmo. Não me arrependo do voto Nulo que fiz porque fui resistente a um voto com qualidade e digno. Votar por votar só por posições não confere ao cidadão a qualidade de cidadania. Vou continuar na luta pelos indecisos isto porque chega do voto do cabresto que aquele que é mais coronel leva. A moral de querer votar num sistema obrigatório tem seu lado obscuro. É com o voto ou não dos indecisos como foi nas eleições da França que se diz se um governo é saudável ou não. Não precisamos de uma estrutura absolutista. Os professores devem pensar no uso e nas práticas da cidadania. Do jeito que está é mais para aquela ovelha de Nietzsche. Embora não se tem muito que falar mal da educação da Dilma.

Agora nós estamos na porta de trás com o tal governador Richa do Paraná. Com a educação em frangalhos e professores em apuros e cidades que num estado com uma das maiores produções não tem nem metrô. São condições básicas de cidades que buscam estruturas dinâmicas. Aqui ainda temos os carroções do Lerner que no seu tempo foi alguma coisa. Hoje é só latas batendo em asfaltos superlotados de carros. Uma tragédia com um governador péssimo e sem nenhuma força na política nacional. Estamos perdidos.





quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Diderot via Flanklin de Matos



Um dos grandes problemas da Classe artística é a disciplina e a profissionalização. Alguns pensam que o profissional é aquele com uma grande vivência e formação. Pode até ser. Mas numa produção de elenco as coisas mudam um pouco de tom e reaparece o teor histórico como era na época de Diderot que foram produzidos muitos textos sobre o assunto. O Flanklin de Matos, um dos intelectuais venerados no Brasil da Usp é um que pesquisa o tema.
O principal é a fidelidade e o compromisso com o propósito. E os artistas tem uma vida mais aberta, mas alternativa segundo estes que citei da história e que é um sentimento de quem está tendo a experiência de elencar um grupo.
É natural que um ator cheque contando mil histórias e fazendo mil planos no inicio da participação no grupo. Mas é muito normal ele já não aparecer no segundo ensaio por uma grande justificativa. Isto é experiência de quem já montou umas dezenas de trabalhos.
A profissionalização hoje passa exatamente pelo fator histórico que falei e pelo crivo de um momento que é geral, como na educação: a falta de compromisso. O profissional é mais valorizado pelo comprometimento do que pela capacidade de talento. É claro que um bom diretor e professor vai fazer de cada ator um talento. Existe muito isto. Como existe diretor e professor e escolas que acabam com os talentos.