É engraçado a história da civilização ocidental se pegarmos as tragédias gregas como a Antigona filha de Édipo que casou com a mãe. O grau de parentesco na reprodução não é saudável e se sabe que não gera filhos perfeitos. E para piorar Édipo vem de uma geração de Laio que era o manco e toda uma sequência destrutiva. E a herança somos nós ocidentais. Então temos que nos acomodar com uma construção num ser humano diante da possibilidade destrutiva. Não dá para ser perfeito. Isto todo mundo já sabe.
O que realça a Antigona é o estado se intrometendo nas relações humanas. Ela queria enterrar o irmão e o estado não permitiu. O estado queria que o irmão fosse abandonado morto ao relento. E ela enterrou e o estado providenciou que ela também fosse enterrada, como punição.
É este olhar que faz a minha convicção de que as pessoas não podem ser um estado. Elas precisam transcender nesta moral. O fascismo cruel diante de episódios que não se sustentam. São afetos prevalecendo diante do óbvio. A falta de um juízo responsável é o que choca. O que houve com a consciência brasileira? É preciso enterrar pessoas por um estado de coisas que só levam a gente para um abismo?
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