quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Um Novo Império no Brasil. Fim da Ninhada de Ratos


"A condenação de Sócrates, que constituem um momento decisivo na história do pensamento político, assim como o julgamento e a condenação de Jesus constituem um marco na história da Religião. Nossa tradição de pensamento político teve início quando a morte de Sócrates fez de Platão desencantar-se com a vida na polis."*

Vivemos um desencantamento com a política numa pós democracia e envolvido por uma corrupção tomando conta do estado. Os três poderes se misturam entre aqueles que julgam e são julgados numa mesma proporção corrupta de oportunismos. Ninguém acredita que um deles está a serviço do Brasil, quando um caindo leva o outro junto. Uma nobreza capitalista dentro destes poderes fazem um confronto direto com os interesses do povo. E dá para desconfiar do purgador do estado defendendo seus interesses com a mesma moeda. Os militares estão no páreo e é natural um dialético de interesses. 

Muito se fala da sanguinária ditadura no Brasil. Uma campanha política contra a iniciativa é óbvia diante da substituição dos militares pelos políticos no comando. Então eles produzem uma orientação de retórica no sentido de não voltar a ditadura militar. Assim foi em Roma, e mesmo assim chegando a um império com os militares conquistando todo o mediterrâneo. Alguém vai menosprezar o Império Romano na nossa história? 
E eles podem voltar no Brasil? Podem! A qualquer momento e sem divulgação de mídia. E a mídia vai estar toda com eles. Basta lembrar do histórico da Rede Globo e seus elogios no passado. Hoje eles estão de um lado do poder. Mas mudam de lado assim que se sentirem ameaçados e necessitando de continuidade. Hoje tem muitos subterfúgios burocráticos que a Globo usufrui para a sua manutenção. Mas, com os militares de um dia para outro eles podem fechar a Globo e ela não vai poder fazer nada. Então de que lado ela vai ficar? E se a mídia faz os militares purgadores, então o povo vai consumir a propaganda como sempre. 

Há uma conversa nos bastidores e uma briga de interesses entre os generais diante da possibilidade de repensar o Brasil. É claro que os interesses não são visualizados pelo povo como foi na 1ª República. E um general discursando este tema na maçonaria não é pouca coisa. 
Os militares continuam ainda com um poder subestimado. As provocações aparentam não atingir eles. Se estivessem enfraquecido as vaidades produziriam uma reação. Eles sabem do poder e sabem da possibilidade fisiológica da política diante do caos do estado. Não estou defendendo a ditadura e sim só argumentando para a possibilidade. Ninguém acabou com a ditadura no Brasil e ela volta tantas vezes necessárias. Pode até estar anestesiada com preguiça de poder. Mas na hora do aperto no dedão vai ser como os militares fizeram com D. Pedro II, e a derrubada do império. As condições do Brasil não favoreciam o exército e eles reagiram, e assim vai ser sempre no Brasil. Podem incluir isto como tradição política de estado. No mundo todo é assim.   

*Citação da Hannah Arendt no livro A dignidade Política. 





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