Tem um projeto de cinema que passou na avaliação para arrecadar dinheiro e assim se tornar viável o trabalho artístico. E fazer cinema envolve uma parafernália de coisas a ser feitas como organização de técnicos e cronograma de eventos de filmagem. E ainda mais o conhecimento das várias etapas do cinema deste a captação das imagens, depois a edição. Exigem um monte.
A parte de roteiro fundamentei dentro do tempo que me preparei para isto e sempre procurando melhorar minha performance de conhecimento e assim fazer um bom trabalho.
Mas o grande problema é aquilo que devo me adaptar no sistema para viabilizar o meu trabalho artístico. E o sistema pede que eu esteja afinado com o comércio burguês. É a tendência já que o projeto precisa de financeiro. É a grande barreira entre a superestrutura e a infraestrutura de Marx que deve ser rompida e entre eles uma grande aproximação. Explicando de forma simples: é o pobre interagindo com o rico por um bem comum.
Só que nisto tem um problema já que o pobre não tem estas intimidades a não ser por sorte ter um parente rico ou uma oportunidade que não tem nada a ver com o talento do artista. A produção artística fica submisso a sorte daquele com a chance maior deste relacionamento.
E depois disto tem a hipocrisia de um trabalho artístico sair nas mídias como aquele que fez um grande trabalho. Claro que pode ser um grande trabalho. Mas não é uma corrente holística submetendo as várias qualificações excluídas. É um todo doentio e assim nesta filosofia não chegando a um além. Aqui eu entrei nas bases filosóficas.
Então, fora o artista se preocupar com seu desempenho artístico na obra, ele vai ter que se preocupar com algo muito maior que é transpor a barreira da superestrutura burguesa. E os burgueses não estão preocupado com uma estética cultural artística. Eles querem a comodidade deles em outros aspectos consumindo valores que passam longe de seus serviçais.
Quando as teorias de gabinetes acadêmicos nas universidades criam teorias do fim da arte, em nenhum momento eles estão falando desta crise das classes. Principalmente o burguês que nunca vai aceitar dividir os seus valores de autoestima. A manutenção do mais baixo é a reafirmação na manutenção de sua potência. E o pior prejudicado nisto é a arte. E como é feito nestes condicionamentos se pode afirmar o fim da arte. Uma arte assistencialista não se sustenta em critérios de boas intenções culturais.