sexta-feira, 15 de julho de 2016

Tartufo da Palhaçaria Quenaeu


Um espetáculo consistente na sua vitalidade e na generosidade de gerações. É assim o espetáculo "Tartufo", no auditório Bento Mossurunga do Colégio Estadual do Paraná no fim do primeiro semestre do ano de 2016. Antes de ontem. 
A peça conta com uma quantidade de atores no palco de uma escola referência do ensino teatral que vem formando inúmeros destaques nas cênicas brasileira no Paraná. E a generosidade de gerações é contabilizado pela harmonia de atores como foi a grata presença do Abílio Machado e o Elizeu Eloi Giovanella interagindo com grandiosidade entre os jovens competentes no palco. Um destaque uniforme de atuação que fez da peça um riso para os olhos. Um Tartufo divertido e alegre próprio da proposta de uma comédia, do Francês Molière.

Tartufo - Palhaçaria Quenaeu
Um texto que se insere em uma época de uma realidade social em convulsão que acabou na Revolução Francesa. Época que despontaram filósofos como Diderot, Jean-Jacques Rousseau e Voltaire do Iluminismo. Conhecidos como filósofos com o detalhe de escreverem para teatro. Um teatro que passava por uma reformulação entre a comédia italiana e o classicismo Francês. Um no rigor da "Poética" de Aristóteles e a outra na capacidade de improvisação como na Commédia Dell"arte.

O destaque na vitalidade da apresentação vem do cuidado que o Colégio Estadual do Paraná tem com os figurinos a cada espetáculo, que ajuda o ator na composição do seu personagem. E o público identifica com maior prazer.

Para muitos o problema de colocar uma peça como comédia significa que ela é risível. Confusão destacada até dentro da proposta da cultura do estado do Paraná em estabelecer um concurso de comédia correspondendo a piadas escrachadas. E a comédia não é isto. Não foi assim na comédia "As Rãs" de Aristófanes com personagens como o Dionísio e o Eurípedes. Um na característica do devir e o outro com suas tragédias focados na consciência. Levando a uma ridicularização do poder. E até mesmo a retomada do Tartufo hoje sem a mesma realidade social da França da época. Apenas uma estética histórica sendo desvelada.

Até o texto "Gaivotas" do Tchekhov que é um autor, que o grupo do colégio Estadual vem pesquisando é colocado como do gênero comédia. E espero ansioso ver no palco a personagem Nina deste texto. Um sucesso já esperado. E em breve estarei com a montagem do "O Urso de Tchekhov", também.

Elenco: Abílio Machado, Andrea Szcolne, Bruna Prado, Danielle Santos, Edna Souza, Elizabeth Rosales, Elizeu Eloi Giovanella, Felipe Mendes, Gidiane Ramos, Ileana Melho, Joslaine Ossoski, Juliana Polle, Juliano Bielah, Karina Almeida, Lucimara Camargo Luiggi Lima, Régis Blizzard, Renata Gehlen, Rosana Ramos, Vitória Marafigo, Wanderli Loyola, Wilison França.
Fotografia: Otávio Henrique.
Direção: Tina Martins e Hélio de Aquino.
Colaboração: André Barroso da Veiga.
Apoio: Adri Fantasy Art. 

Tartufo - Palhaçaria Quenaeu



Um pouco menos de moral e muita mais vida.


Tem gente que não se tocou. Quer dizer, a grande maioria que faz do amor um sofrimento. Isto nunca foi amor. É claro que depois do casamento isto muda pelo comprometimento e uma vida juntos.
Mas achar que amor é sofrimento é a grande mentira. Um amor de Platão com domínio não é amor. Amor do ciúme que é o que estou falando no JANELAS PARA CASMURRO.
Na filosofia é claro há duas linhas de amor. A via certa não vou falar porque não estou sendo pago para isto. Só falo a de Platão. A Errada.
As vezes vc tem uma pessoa ao lado que precisa se libertar para ganhar asas, isto porque vc não tem competência para dar a felicidade para ela, que ela precisa. Você tem um pássaro nas mãos e quando solta, só aí vai perceber o tanto que ela vai crescer.
Muitas pessoas belas se resignam pelo bombardeamento moral e controle daqueles que se dizem próximos, para não chocar os estranhos. Só que daqui 20 anos os estranhos nem vão saber da tua existência e só vai perceber que os estranhos eram aqueles próximos que não deixaram você viver todo o potencial que tinha nas mãos. Vai olhar as fotos e vai perceber o mundo que tinha e que não tinha nada a ver as cobranças.
Existe uma cobrança muito forte em cima das pessoas belas de cobranças que se elas não forem fortes acaba sendo muito triste na continuidade, a queda é muito grande. Tem que pensar que o caminho é cheio de armadilhas para te moldar sendo que o teu mundo é diferente da deles que eles construíram. Agora se eles construíram algo muito legal para ser referência tudo bem.
Continuar dando murro em ponta de faca a tua vida vai ser uma lástima, principalmente no momento mais belo da tua vida que foi só cobrança. E depois param de te cobrar. Mas aquele brilho já se apagou. Tem gente que não acaba nunca porque canalizaram suas realizações em algo que já vinham construindo. Ou optaram em construir para aniquilar o vazio interior tendo realizações de uma vida brincante.
Achou que é fácil. Não é fácil. Principalmente se for diferenciado. Agarre os objetivos que tudo fica fácil quando se está construindo algo. Tudo é fácil quando há o envolvimento com vontade. O resto é uma ilusão. Aquilo que te falaram que é o certo, duvide. Pergunte porque ele é certo e quantos se deram bem por agir daquele jeito. Tem tantas vidas em andamento para tirar esta conclusão e principalmente daquele que passou esta mensagem para você. Pense naquilo que é bom para você e vai ser uma construção dos teus objetivos e realização. O resto jogue no lixo. Eles são sacanas querendo te ferrar. Os bonzinhos nunca foram bonzinhos. É a tua vida que esta em jogo e não a deles. No futuro nem vão lembrar de você.

domingo, 1 de maio de 2016

Rodrigo D'Oliveira e a musicalidade de Curitiba



Curitiba vem se destacando num território musical que envolve a internet e sem a internet na música hoje não acontece. Um exemplo inicial deste processo é "A banda mais bonita da cidade" que deve seu sucesso a este caminho midiático energético.

O Rodrigo de Oliveira tinha um espaço próximo a rua 24 horas com média de 30 lugares num espaço espiritual de tanta energia que dava vontade de ser uma casa loft de uma arte contínua. Nunca apresentei meus espetáculo lá por estar em outros estados. Mas foi algo que sempre quis antes do Rodrigo fechar e abrir no Largo da Ordem.

Em um ano ele conseguiu colocar um novo espaço em algo que ele tem o dom. Se as peças dele envolve o espiritual, de certa maneira influenciou a qualidade de prosperar em espaços enigmáticos que deveria ser visto. Um espaço todo reformulado de uma antigo estúdio de músicos e têm espaços acústicos preparados para ensaios que ele oferece com generosidade com baixo custo.
Uma sala que apresenta um janelão para o Largo da Ordem superior a janela Companhia Brasileira de Teatro.

Uma das coisas que achei legal estes dias é a atriz do Rodrigo, a Juliana Aldrin desfilando no México e em Dubai e dificilmente volta tão cedo pela beleza de sua altura. Ele tem uma propriedade de puxar energias que alguns alienados nas suas buscas lutam tanto e dentro de um espaço de energia acontece com tanta facilidade que não entra no conhecimento comum. Como mundos individuais.

O local do Rodrigo de Oliveira é especial para quem é especial e tão energético que cabe a musicalidade num espaço que só conferindo para verificar se tenho razão.

Rua Trajano Reis 41
Fone: 41 3223-2205
Curitiba


segunda-feira, 21 de março de 2016

República de Curitiba semelhante a República de Galeão de Getúlio Vargas.

República de Curitiba semelhante a República de Galeão de Getúlio Vargas.

Vou tentar escrever aqui algo de acesso para não perder os detalhes e escrevendo as pressas pois vou entrar em aula agora aqui na Federal do Paraná.

Uma pessoa estava me falando que o método da Lava Jato é muito parecida com o problema de Getúlio Vargas que levou ela ao suicídio.

O método era de levar todos para depoimentos no Galeão já que era a aeronáutica comparando ao episódio do Lula ter que ir ao aeroporto para dar depoimento. A pressão era a mesma com o jornalista Lacerda a frente da perseguição de Getúlio Vargas. Assim que Getúlio se suicidou incendiaram o Jornal O Globo e outro jornal.
Não vou pesquisar a história para não tirar o depoimento deste que viveu na época e vivenciou o momento e o interessante que lembrou disto quando levaram o Lula ao aeroporto para coletar o depoimento. Uma coisa é vivenciar o momento e depois de algum tempo se ter a história oficial que muitas vezes é distorcida daquela realidade.

O Juiz Moro se coloca como um inovador da justiça. Mas os métodos e técnicas conforme o depoimento me parece ser os mesmos com a repetição de instituições que usaram o procedimento. Um Juiz que é capaz de tentar tirar vantagens como no caso de suas aulas de direito na Universidade Federal do Paraná.
Questionei dentro da Federal os acontecimentos e é conhecimento geral que ele quando chamado pela Rosa Weber para um período em Brasília pediu um enquadramento de possibilidades diante da sua obrigação diante desta instituição dando aulas. "A pessoa falou que eram 10 aulas e que o professor poderia dar até 8 aulas no semestre. Com aulas nos sábados. Só que no semestre seguinte ele queria a mesma coisa recebendo como professor e a Universidade não aceitou" E ele entrou com um processo no jurídico da Universidade".

É estranho vindo de um juiz este procedimento. E o mais preocupante no caso que recorreram ao supremo para suspender o veto do ex presidente Lula para assumir como ministro é que agora caiu nas mãos da Rosa Weber do Supremo. O ministro Luiz Edson Fachin que era colega do Moro na mesma Universidade agora se acha suspeito para julgar o caso. Mas tinha que ser ele por conhecer o juiz Sérgio Moro.
Agora cabe a furtuna o destino do Brasil em mãos que a justiça vacila diante de inúmeras possibilidade, como o julgamento do seu pupilo Sérgio Moro pela ministra Rosa Weber. Que por coincidência conforme informes das redes sociais é mãe de um funcionário da Globo e sua sobrinha é casada com o Senador Aécio Neves. Estamos num mato sem cachorro.
Tudo bem que hoje o juiz Sérgio Moro entrou na normalidade de suas aulas conforme as informações com aulas nas terças e quintas no Direito da Universidade Federal do Paraná e vai ser agraciado como o destaque da turma em formação. Mas mesmo assim mostra que ninguém é santo e nada é tão inovador que não possa ser o mesmo método do passado.

7 minutos de atraso na minha aula. A correção fica para depois. 

sábado, 19 de março de 2016

O BRASIL ESTÁ SENDO ENGOLIDO PELA CORRUPÇÃO — E POR UMA PERIGOSA SUBVERSÃO DA DEMOCRACIA Por Glenn Greenwald,

O BRASIL ESTÁ SENDO ENGOLIDO PELA CORRUPÇÃO — E POR UMA PERIGOSA SUBVERSÃO DA DEMOCRACIA

Por Glenn Greenwald, Andrew Fishman, David Miranda
Mar. 18 2016, 9:59 p.m.
(This is a Portuguese translation of an article published earlier today. For the English version, click here.)
AS MÚLTIPLAS E IMPRESSIONANTES crises que assombram o Brasil agora atraem substancialmente a atenção da mídia internacional. O que é compreensível, já que o Brasil é o quinto mais populoso do mundo e a oitava economia do mundo. Sua segunda maior cidade, o Rio de Janeiro, é a sede das Olimpíadas deste ano. Porém, boa parte dessa cobertura internacional é repetidora do discurso que vem das fontes midiáticas homogeneizadas, anti-democráticas e mantidas por oligarquias no Brasil e, como tal, essa informação é enviesada, pouco precisa e incompleta, especialmente quando vem daqueles profissionais com pouca familiaridade com o país (mas há vários repórteres internacionais que trabalham no Brasil fazendo um ótimo trabalho).
Seria difícil exagerar quando se afirma a gravidade da situação no Brasil em várias esferas. O trecho a seguir, publicado ontem por Simon Romero, o correspondente do The New York Times no Brasil, evidencia o nível de calamidade da situação:
O Brasil está enfrentando sua pior crise econômica das últimas décadas. Um enorme esquema de corrupção tem prejudicado a empresa pública petrolífera nacional. A epidemia de Zika espalha desespero ao longo da região Nordeste. E, pouco antes de hordas de estrangeiros vierem ao país para as Olimpíadas, o governo luta pela sobrevivência com quase todas as frentes do sistema político sob uma nuvem de escândalo.
A extraordinária crise política brasileira apresenta algumas semelhanças com o caos liderado por Trump nos EUA: um circo sui-generis, fora de controle, gerando instabilidade e libertando forças sombrias, com um resultado positivo quase impossível de se imaginar. A antes remota possibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff parece, agora, provável.
Porém, uma diferença significante em relação aos EUA é que a agitação no Brasil não se limita a apenas um político. O contrário é verdade, conforme Romero comenta: "quase todas as frentes do sistema político sob uma nuvem de escândalo". O que inclui não apenas o PT, partido trabalhista de centro-esquerda da presidenta – atravessado por casos sérios de corrupção – mas também a grande maioria dos grupos políticos e econômicos de centro e de direita que agem para destruir o PT, que estão afundando em uma quantidade ao menos igual de criminalidade. Em outras palavras, o PT é, sim, profundamente corrupto e banhado em escândalos, mas, virtualmente, assim também são todos os grupos políticos trabalhando para minar o partido e obter o poder que foi democraticamente entregue a ele.
Quando a mídia internacional fala sobre o Brasil, ela tem focado nos crescentes protestos de rua que pedem o impeachment de Rousseff. Essas fontes midiáticas tipicamente mostram os protestos de forma idealizada, com uma certa adoração: como movimentos de massa inspiradores que se levantam contra um regime corrupto. Ontem, Chuck Todd, da NBC News, retuitou Ian Bremmer (do Eurasia Group) descrevendo os protestos anti-Dilma Rousseff como "O Povo contra A Presidente" – um tema fabricado, condizente com o que é noticiado por grupos mídiáticos brasileiros anti-governo, como a Globo:
Essa narrativa é, no mínimo, uma simplificação radical do que está acontecendo e, mais provavelmente, uma propaganda feita para minar um partido de esquerda há muito mal visto pelas elites políticas dos EUA. A caracterização dos protestos ignora o contexto histórico da política no Brasil e, mais importante, uma série de questões críticas: quem está por trás dos protestos, quão representativos eles são em relação à população brasileira e quais são seus verdadeiros interesses?
A atual versão de democracia no Brasil é bastante jovem. Em 1964, o governo de esquerda democraticamente eleito foi derrubado por um golpe militar. Oficiais norteamericanos negaram envolvimento tanto publicamente quanto perante o Congresso, mas – nem precisaria ser dito – documentos e registros posteriormente revelados provaram que os EUA apoiaram diretamente o golpe e ajudaram em seu planejamento.
Os 21 anos de ditadura militar de direita pró-EUA que se seguiram foram brutais e tirânicos, especializando-se em técnicas de tortura usadas contra dissidentes políticos que eram ensinadas pelos EUA e pelo Reino Unido. Um relatório compreensível da Comissão da Verdade, em 2014, informou que ambos os países "treinaram interrogadores brasileiros em técnicas de tortura". Dentre as vítimas, estava Rousseff, então guerrilheira da esquerda democrata, presa e torturada pelo regime militar nos anos 70.
O golpe em si e a ditadura que se seguiu foram apoiados pelas oligarquias regionais e por suas grandes redes midiáticas, lideradas pela Globo, a qual – de forma notável – apresentou o golpe de 1964 como uma nobre derrota de um governo esquerdista corrupto (soa familiar?). Tanto o golpe quanto o regime ditatorial foram apoiados também pela extravagante (e absurdamente branca) elite econômica do país, além de sua pequena classe média. Como opositores da democracia geralmente fazem, as classes altas viam a ditadura como uma proteção contra as massas de população pobre, composta majoritariamente por pessoas negras e pardas. Conforme o jornal The Guardian publicou sobre informações da Comissão da Verdade: "Assim como em toda a América Latina dos anos 60 e 70, a elite e a classe média se alinharam como o regime militar para afastar o que elas viam como uma ameaça comunista".
Essas divisões severas de classe e raça no Brasil continuam como dinâmica dominante. Segundo a BBC, em 2014, baseada em vários estudos: "o Brasil apresenta uma das maiores níveis de desigualdade de renda do mundo". O editor-chefe do Americas Quarterly, Brian Winter, em reportagem sobre os protestos, escreveu nessa semana: "O abismo entre os ricos e pobres continua sendo o fato central da vida no Brasil – e nesses protestos, isso não é diferente". Se você quiser entender qualquer coisa sobre a atual crise política no Brasil, é crucial entender também o que Winter quer dizer com essa afirmação.
O partido de Dilma, PT, foi formado em 1980 como um partido socialista de esquerda clássica. A fim de melhorar seu apelo nacional, o partido moderou seus dogmas socialistas e se tornou, gradualmente, mais próximo dos chamados social-democratas da Europa. Agora, existem partidos populares à sua esquerda; de fato, Dilma, por vontade própria ou não, defendeu medidas de austeridade para resolver problemas econômicos e passar confiança aos mercados estrangeiros, e justamente nessa semana assinou uma draconiana lei "anti-terrorismo". Ainda assim, o PT se mantém na centro-esquerda do espectro político brasileiro, e seus apoiadores são, surpreendentemente, as minorias raciais e classes pobres. Enquanto no poder, o partido promoveu reformas sociais e econômicas que levaram benefícios governamentais e oportunidades para tirar milhões de brasileiros da pobreza.
O Partido dos Trabalhadores está na presidência há 14 anos: desde 2002. Sua popularidade foi um subproduto do antecessor carismático de Dilma, Luis Inácio Lula da Silva (universalmente referido como "Lula"). A ascensão de Lula à presidência foi um símbolo poderoso da luta da classe pobre no Brasil durante a democracia: um trabalhador e líder sindical, de uma família pobre, que deixou a escola na segunda série e não sabia ler até os 10 anos, preso pela ditadura por atividade na luta sindical. O ex-presidente foi motivo de riso para elites brasileiras por meio de um tom classista no discurso sobre seu jargão trabalhista e sua forma de falar.
Lula and Dilma campaign together in 2010 election
Depois de tres tentativas infrutíferas de chegar à presidência, Lula provou ser uma força política imbatível. Eleito em 2002 e reeleito em 2006, ele deixou o cargo com taxas de aprovação tão altas que foi capaz de garantir a eleição de Dilma, sua sucessora, antes desconhecida pela população, e que foi reeleita em 2014.
Há muito tempo se cogita que Lula – um político que se opõe publicamente a medidas de austeridade – pretende concorrer novamente para a presidência em 2018 depois de completo o segundo mandato de Dilma, e forças anti-PT se sentem petrificadas com a ideia de que Lula vença novamente.
Embora a classe oligárquica da nação tenha usado o PSDB, partido de centro-direita, de forma bem sucedida como um contrapeso, o partido foi impotente para derrotar o PT em quatro eleições presidenciais consecutivas. O voto é obrigatório, e os cidadãos de baixa renda garantiram as vitórias do PT.
A corrupção entre a classe política Brasileira – incluindo o alto escalão do PT – é real e substancial. Mas os plutocratas brasileiros, a mídia, e as classes altas e médias estão explorando essa corrupção para atingir o que eles não conseguiram por anos de forma democrática: remover o PT do poder.
Ao contrário da descrição romantizada e mal informada (para dizer o mínimo) do Chuck Todd e Ian Bremmer de protestos sendo levantados "pelo Povo", esses são, na verdade, incitados pela mídia corporativa intensamente concentrada, homogeneizada e poderosa, e compostos por (não exclusivamente, mas majoritariamente) pela parte mais rica e branca dos cidadãos, que por muito tempo guardaram rancor contra o PT e contra qualquer programa social que combate a pobreza.
A mídia corporativa brasileira age como os verdadeiros organizadores dos protestos e como relações-públicas dos partidos de oposição. Os perfis no Twitter de alguns dos repórteres mais influentes (e ricos) da Rede Globo contém incessantes agitações anti-PT. Quando uma gravação de escuta telefônica de uma conversa entre Dila me Lula vazous essa semana, o programas jornalístico mais influente da Globo, Jornal Nacional, fez seus âncoras relerem teatralmente o diálogo, de forma tão melodramática e em tom de fofoca, que se parecia literalmente com uma novela distante de um jornal, causando ridicularização generalizada nas redes. Durante meses, as quatro principais revistas jornalísticas do Brasil dedicaram capa após acapa a ataques inflamados contra Dilma e Lula, geralmente mostrando fotos dramáticas de um ou de outro, sempre com uma narrativa impactantemente unificada.
Para se ter uma noção do quão central é o papel da grande mídia na incitação dos protestos: considere o papel da Fox News na promoção dos protestos do Tea Party. Agora, imagine o que esses protestos seriam se não fosse apenas a Fox, mas também a ABC, NBC, CBS, a revista Time, o New York Times e o Huffington Post, todos apoiando o movimento do Tea Party. Isso é o que está acontecendo no Brasil: as maiores redes são controladas por um pequeno número de famílias, virtualmente todas veementemente opostas ao PT e cujos veículos de comunicação se uniram para alimentar esses protestos.
Resumindo, os interesses mercadológicos representados por esses veículos midiáticos são quase que totalmente pró-impeachment e estão ligados à história da ditadura militar. Segundo afirma Stephanie Nolen, correspondente no Rio para o canadense Globe and Mail: "Está claro que a maior parte das instituições do país estão alinhadas contra a presidente".
De forma simples, essa é uma campanha para subverter as conquistas democráticas brasileiras por grupos que por muito tempo odiaram os resultados de eleições democráticas, marchando de forma enganadora sob uma bandeira anti-corrupção: bastante similar ao golpe de 1964. De fato, muitos na direita do Brasil anseiam por uma restauração da ditadura, e grupos nesses protestos "anti-corrupção" pediram abertamente pelo fim da democracia.
Nada aqui é uma defesa do PT. Tanto por causa da corrupção generalizada quanto pelas dificuldades econômicas, Dilma e PT estão intensamente impopulares entre todas as classes e grupos, mesmo incluindo a base trabalhadora do partido. Mas os protestos de rua – como inegavelmente grandes e energizados – são direcionados por aqueles que tradicionalmente apresentam hostilidade contra o PT. O número de pessoas participando desses protestos – enquanto milhões – é muito pequeno em relação aos votos que reelegeram Dilma (54 milhões). Em uma democracia, governos são eleitos pelo voto, não por demonstrações de oposição na rua – particularmente quando os manifestantes vem de um segmento social relativamente limitado.
Como Winter informou: "No ultimo domingo, quando mais de um milhão de pessoas foram às ruas, pesquisas de opinião indicaram que mais uma vez a multidão era significantemente mais rica, mais branca e com maior educação formal do que a média dos brasileiros". Nolen afirmou algo similar: "A meia-dúzia de grandes demonstrações de movimentos anti-corrupção no passado foram dominadas por manifestantes brancos e de classes altas, que tendem a apoiar a oposição representada pelo PSDB e a ter pouca apreciação pelo partido trabalhista de Rousseff".
No último final de semana, quando uma grande massa de protestos anti-Dilma tomou diversas cidades brasileiras, uma fotografia de uma família se tornou viral, um símbolo do que esses protestos realmente são. Mostrava um casal branco e rico vestidos com adereços anti-Dilma que caminhava com seu cachorro de raça, acompanhados pela babá negra – vestindo o uniforme branco que muitas famílias brasileiras ricas exigem que suas empregadas domésticas usem – empurrando um carrinho de bebê com os dois filhos do casal.
Como Nolen apontou, essa foto se tornou uma verdadeira síntese, da essência altamente ideológica desses protestos: "Brasileiros, que são hábeis e rápidos com memes, repostaram a foto com centenas de legendas sarcásticas, como 'Apressa o passo aí, Maria, nós temos que ir ao protesto contra o governo que nos fez pagar um salário mínimo para você'".
Acreditar que as figuras políticas agindo para o impeachment de Dilma estão sendo motivadas por uma autêntica cruzada anti-corrupção requer extrema ingenuidade ou ignorância. Para começar, as partes que seriam favorecidas pelo impeachment da Dilma estão pelos menos tão envolvidas quanto ela por escândalos de corrupção. Na maioria dos casos, até mais.
Cinco dos membros da comissão de impeachment estão sendo também investigados por estarem envolvidos no escândalo político. Isso inclui Paulo Maluf, que enfrenta um mandato de prisão da Interpol e não pode sair do país há anos; ele foi sentenciado na França três anos atrás por lavagem de dinheiro. Dos 65 membros do comitê de impeachment do congresso, 36 atualmente enfrentam processos judiciais.
No congresso, o líder do movimento pelo impeachment, o líder extremista evangélico Eduardo Cunha, foi descoberto que possuía múltiplas contas secretas em bancos na Suíça, onde ele guardava milhões de dólares que os promotores acreditam ser dinheiro recebidos como suborno. Ele também é alvo de múltiplas investigações criminais em andamento.
Enquanto isso, o senador Aécio Neves, o líder da oposição brasileira que foi derrotado por muito pouco na eleição contra Dilma em 2014, teve pelo menos 5 denúncias diferentes de envolvimento com o escândalo de corrupção. Uma das mais recentes testemunhas favoritas dos promotores acusou-o de aceitar suborno. Essa testemunha também implicou que o vice-presidente do país, Michel Temer, da oposição do PMDB iria substituir a Dilma caso ela fosse cassada.
E ainda tem o recente comportamento do juiz chefe que está supervisionando a investigação de corrupção e tornou-se um herói popular por sua atuação agressiva durante as investigações de algumas das maiores e mais poderosas figuras políticas do país. O juiz, Sérgio Moro, essa semana efetivamente divulgou para a mídia uma conversa gravada, extremamente vaga, entre Dilma e Lula, o que a Globo e outras forças anti-PT imediatamente retrataram como criminosas. Moro divulgou a gravação da conversa apenas algumas horas depois de ter sido feita.
Mas a conversa gravada foi liberada pelo juíz Moro sem nenhum processo e, pior, com claras intenções políticas, não judiciais: ele estava furioso de que sua investigação sobre Lula seria finalizada pela nomeação dele ao gabinete de ministro feita por Dilma (ministros só podem ser investigados pelo Supremo Tribunal). O vazamento planejava humilhar Dilma e Lula e dar vazão para protestos nas ruas, e, no entanto, acabou recebendo críticas, incluindo dos seus próprios fãs, de que estava abusando de seu poder tornando-se uma figura política. Pior, a gravação em si parece ter sido ilegalmente obtida porque foi feita depois da expiração do mandato feita pelo juiz Moro. O chefe da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, chamou a ação de Moro de "um nauseante constrangimento".
Tudo isso deixa claro o perigo de que a investigação criminal e o processo de impeachment não são exercícios legais para punir líderes criminosos, mas mais uma arma anti-democrática usada por adversários políticos para remover uma presidenta democraticamente eleita. Esse perigo ficou nitidamente em destaque ontem, quando foi revelado que um juiz que emitiu uma ordem de bloqueio a nomeação de Lula ao gabinete feita pela Dilma tinha postado mais cedo no seu Facebook inúmeras selfies dele marchando num protesto contra o governo no final de semana. Como Winter escreveu, "Convencer o público de que o judiciário brasileiro está 'em guerra' com o Partido dos Trabalhadores é uma tarefa mais fácil agora do que duas semanas atrás".
Não há dúvida de que o PT é repleto de corrupção. Existem sérios indícios envolvendo o Lula que merecem ser investigados de maneira imparcial e justa. E o impeachment é um processo legítimo em uma democracia quando provado que o suspeito é culpado de vários crimes e a lei deve ser seguida claramente quando o impeachment é efetuado.
Mas o retrato emergindo no Brasil em volta do impeachment e os protestos nas ruas são bem mais complicadas, e muito mais ambíguas, do que vem sendo dito. O esforço para remover Dilma e seu partido do poder lembram mais uma clara luta anti-democrática por poder do que um movimento genuíno contra a corrupção. E pior, foi armado, projetado e alimentado por várias forças que estão enfiadas até o pescoço em escândalos políticos, e que representam os interesses dos mais ricos e mais poderosos segmentos sociais e sua frustração pela falta de habilidade em derrotar o PT democraticamente.
Em outras palavras, tudo isso parece historicamente familiar, particularmente para a América Latina, onde governos de esquerda democraticamente eleitos tem sido repetidamente removidos por meios não legais ou democráticos. De muitas maneiras, o PT e Dilma não são vítimas que despertam simpatia. Grandes segmentos da população estão genuinamente irritados com ambos por várias razões legítimas. Mas os pecados deles não justificam os pecados dos seus antigos inimigos políticos, e certamente não tornam a subversão da democracia brasileira algo a ser celebrado.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Sócrates e a Política


Não cabe aqui uma análise partidária do assunto político e sim a defesa diante dos trâmites possíveis dentro de um estado para se manter um equilíbrio na justiça. Sócrates em Atenas foi condenado por uma racionalização diante de uma religião grega atrelado ao estado. Isto quer dizer que a democracia originária já existia este câncer. 

A Antígona foi enterrada viva por defender que seu irmão não fosse deixado ao relento depois de morto, com um enterro digno, coisa que o estado de Creonte não aprovava. E estas imposições envolto com cara de justiça acaba que aqueles que muitas vezes não devem sofram com a justiça uma injustiça, o "bode expiatório" dos trágicos. 

A política num todo não anda nada bem. A corrupção é instituída como intrínseco a função. Não tem como um político não ser um corrupto. E as demagogia prevalecem e vem lá da democracia do século V a.c.
Eurípides em suas tragédias já tinha como tema a racionalização e suas moralidades que levam a uma alteridade alienadas e as demagogias contemporâneas de seu tempo*. Platão achava uns idiotas os políticos por não ter preparo, com uma democracia que permitia que qualquer um chegasse ao poder. Pensa a tua vida na mão de um imbecil já que ele vai comandar a cidade do povo.

Hoje os políticos fecham salas de escolas, e a cada ano fecham mais salas, com a demanda aumentando já que o aluno do  privado encurralado passa para o ensino público, nesta crise. E tiram a previdência dos professores como foi o caso do "Massacre dos Professores" no Paraná, para priorizar um sistema educacional econômico capitalista. E depois se descobre uma enorme corrupção incluindo estes políticos, desviando enorme quantidade de valores dos impostos pagos captados através de fiscais da receita. Com a descoberta de uma corrupção instituída a décadas e sempre foi assim. Coisa de 1 milhão de reais por mês, e o povo nem sente a proporção que isto representa. Muita gente morreu por falta de um atendimento adequado nos hospitais e faltando remédios. Isto sim é um crime imperdoável. Isto sim é ser um ser gregário resignado Nietzschiniano neste mundo complexo e de um individualismo cosmopolita das cidades com ruas turbulentas de simulacros.

E a demagogia discursiva de convencimento e corrupta colocando como prioridade a educação. 

* Eurípides. Ifigénia em Áulide. Coimbra: 1998.


Ilha do Mel

quinta-feira, 3 de março de 2016

Tragédia Brasileira


Tem gente que fala. Nossa, eu odeio a ditadura. Que legal. Que exemplo de consciência é este? Faz teatro e serve o estado com todas as leis impostas.
Sendo a base para as leis e a justiça influenciadas por Antígona da civilização ocidental. Então a gente tinha que jogar a Antígona no lixo. Mas porque alguém na Grécia escreveria Antígona? Simples, ele era general!

Ah que Platão, Sócrates e Aristóteles entre outros falou sobre justiça. É mesmo? Os grandes combatentes brasileiros que lutaram pela democracia, hoje são os democratas que mais roubaram na história do Brasil. E se falar em ditadura ficam todos revoltados porque isto lembra prisão. Nada contra a fortuna política.

Mas peraí. Tem algo errado neste reino. O discurso passou do ponto e a demagogia se tornou algo visível até para os mais ignorantes. Não quero a ditadura. Mas, não me venha com o papo político de detonar o passado com promessas de futuro, coisa que no presente é corriqueiro não apresentando nada para a atualidade do presente. Coisa de político sem vergonha e corrupto.

E já tem um monte de gente se fazendo de santo para as próximas eleições. Investir em ladrão é ser muito resignado. Muito cristão, acreditando em fadas.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O enforcamento de Rafael Schumacher

O Rafael fazia um personagem de um adolescente triste e teve a opção da escolha entre uma pistola e o enforcamento suspenso da peça teatral "Mirages" no Teatro Lux à Pise na Toscana. Assim que foi constatado o problema com ele no palco, ele foi assistido por um médico da platéia, e que dias depois veio a morrer no Hospital de Pise.

A questão a saber é qual o motivo de Rafael para chegar a este fim? Se foi um acidente que todas as ações contam com isto segundo Aristóteles ou não foi um acidente, e assim saindo de uma cena de teatro para uma ação na realidade. O uso da representação como simulação da passagem de uma cena para uma tragédia. Muitos são os autores e textos que fazem um metateatro, só que não encarnando a verdade do personagem com tanta realidade. E dentro da teoria da ação em Aristóteles tem a práxis que é uma condição de desencadear uma situação de fuga como um pedido pelo fim da dor.
As condições do ator que não sei qual é na sua singularidade pode ter produzido (poesis) num traspor artístico para o nada como uma passagem digna. Nisto tem uma dualidade da vida diante da contemplação que justifica uma aproximação com os artistas. É claro que isto tudo inserido dentro da "prudência" diante de um equilíbrio. Mas quando todos os equilíbrios se quebraram e só sobra a dor de existir e agir prevalece aquilo que podemos chamar de negativo, para um fim filosófico.

Será que o amor ao teatro vale a pena uma cena tão realista platônico? É possível que tenhamos atores que possam morrer pelo teatro ou pela cena? Um soldado não é um covarde quando um político determina que ele vá a guerra com a possibilidade da morte.
É pouco provável que seja um suicídio, e sim um acidente de trabalho. Os suicidas geralmente deixam uma carta de despedida, que não teve. Não teve carta, que pena. Isto lembra o suicídio de Albert Camus. Mas o porquê da carta se vai para o nada?





segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O princípio da individuação


Olha só a inconsistência dos teóricos do teatro hoje. Nietzsche coloca que o coro é a quebra o "princípio de individuação" e assim se tornam "uma comunidade de atores inconscientes". É claro, eles deixam o Apolo e penetram no Dionísio.

O pior que os teóricos usam o Derrida como cartilha e esqueceram dele como seguidor de Nietzsche. Só porque ele é famoso e muito estudado no E.U.A. 

Falar que o ator tem que ser consciente nos palcos pelo visto é algo que não bate em lugar nenhum. 


domingo, 10 de janeiro de 2016

O Dia que o Governo Quase Cagou nas Calças



Renasceu o movimento que impulsionou uma nova forma de revolução no Brasil que aconteceu em 2013. As ruas do Brasil ficaram poluídas de bombas e o povo caminhando pelas ruas revoltada. Foi a Revolta do Vinagre. Nome dado pelos populares que usavam o vinagre para neutralizar o gás lacrimogênio. No quartel passei pela prova deste gás que o efeito é um sentimento de morte pelo desespero que trás. Foi uma das piores sensações que uma pessoa pode passar inalando este gás. Coisa habilmente usada por helicópteros do estado do Paraná atirando no "Massacre do Professores" com mais de 200 professores feridos. E que pelo jeito a justiça que foi beneficiado com aumentos de salários entre outras mordomias dos nobres vão arquivar as denúncias. Uso recorrente da justiça do Brasil na proteção dos governos.  
Black Blocs 2013

O ano de 2013 foi emblemático na continuação da greve dos estudantes pela tarifa zero, e na continuação uma mensagem contra a copa. E nele teve muitos casos de truculências, violências e depredação nas ruas. Mortes e jornalistas sofrendo agressões de ambos os lados. Dizem que quem influenciou foi uma propaganda de televisão com a citação "vem pra rua". Coisa que não acredito porque o poder da televisão hoje em dia no Brasil é ínfima e só influenciando negativamente. Uma coisa tão boa desta não foi pelas concessões de televisão e rádio.

O que vem preocupando é que a revolta das tarifas voltou em São Paulo, que foi berço da Revolta do Vinagre. Acompanhado dos Black Blocs depredando as ruas. Não adiantou as leis que proibiam o uso das máscaras. Só que a maneira de reprimir a manifestação mudou o tom com uma postura mais serena, sem aquele ar de autoridade legitimado da violência com suas truculências com o povo para manter o discurso do estado. E se mudaram é porque não querem repetir 2013. 
Eles (grevistas) reclamam que o transporte público deveria ser público e não para beneficiar empresários que manobram toda uma situação social levando eles a comodidade capitalistas de que o rico tem que ficar rico e o pobre cada vez mais pobre. E fazer isto com o transporte público é uma covardia com as cidades. Por exemplo, em Curitiba os empresários divulgam campanhas de valorização do transporte de ônibus como o melhor transporte do mundo. E aqui não estou exagerando nem um pouco. Chegam a fazer loby contra o metrô que pelo jeito Curitiba nunca vai existir. Vai continuar umas latas vermelhas poluindo o ar com o gás de seus motores prejudicando nossa saúde.

A revolta dos estudantes nos moldes 2013 preocupa o governo e o resultado vem. Embora não a contento, dando o exemplo da cidade de Uberlândia em Minas Gerais que conta com uma universidade federal. Os estudantes desta cidade se rebelaram e hoje não pagam as tarifas de ônibus. Eles têm acesso a uma quantidade mensal de transporte público. Isto aconteceu a uns 10 anos atrás e até hoje se encontra em vigor. A força dos estudantes é nítida e com eles vem uma forma de pressão que os governantes e o estado que se diz interessado no bem estar social é obrigado aceitar.

Revolta do Vinagre - 2013
Parte destas revoltas vem pela falta de respeito com os governantes diante de truculências como no Paraná justificando a presença de Black Blocs para bater nos professores que até hoje não encontraram os tais Black Blocs. Os governos legitimam suas violências como no Iraque diante de uma matança descomunal pela presença de produtos químicos que até hoje não acharam no Iraque, promovendo até um enforcamento do seu lider. 
E assim o imperativo de tendência Kantiana vem perdendo o seu valor já que o povo percebe que a justiça e os governantes não servem de referência para coisas boas acontecendo. Foucault mostra no Panóptico do vigia no alto da torre que já não se encontra o vigia lá, mesmo tendo todas as polícias nas ruas e todas as câmeras nas esquinas. O povo já não acredita nesta justiça e estes governantes que se dizem bem intencionados nas suas representações e convivem com a corrupção e o aumento de seus salários prejudicando os serviços públicos. Não existe equilíbrio entre direitos e deveres. E quando o cidadão se vê diante do dilema do dever logo lembra do estado corrupto e pouco eficiente onde a violência vem se tornando o mundo do lobos causado pela falta de seriedade do estado.

Os modelos de governos contestados do passado são os mesmos de hoje. Não adianta falar que temos democracia sendo que ela é parcial, próxima no nulo. Desde os gregos as guerras se mantêm e nenhum sistema conseguiu acabar com ela. Então não existe um governo para dizer que é nosso. Somos manipulados o tempo todo por estas hipocrisias e demagogias.   


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Escola Internacional de Curitiba


A escola Internacional em Curitiba que é uma escola dos milionários de ensino médio em Santa Felicidade precisa de um filósofo. Pelo jeito o salário deve ser umas duas vezes o salário de um professor da UFPR. 
Mas as condições é a seguinte: tem que falar fluentemente o inglês. E vão fazer teste de todo o tipo para saber se sabe mesmo falar inglês. Se sabe a filosofia pelo jeito não interessa muito porque nem tocaram no assunto de avaliar os conhecimentos de filosofia. Filosofia de rico é piscina e qualquer coisa tendo dinheiro entra em Harvard. 
Por trás desta divulgação existe uma mensagem forte. E como sendo uma empresa capitalista nos seus melhores moldes vão querer pagar um salário miséria. Pode ser que não. Se falar bem inglês e se já leu um livro de autoajuda você está feito. Acho difícil encontrar alguém aqui ou em São Paulo com está característica sendo que o viés da filosofia é o francês, por uma estrutura criada por professores franceses que vieram para a Usp. Mas pode ser que dê certo e o único que indicaria para a vaga seria o Breno Hax que gosta da filosofia americana. Só que eles querem para dois turnos e se for o dobro do salário da federal talvez nem assim compense. Eles querem para dois turnos (divulgação gazeta do povo final de semana) e isto está me parecendo fria. Trabalhar muito e ganhar pouco e sonhar em ficar rico. Enquanto os ricos vão estar cagando na tua cabeça.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O Espírito do Carnaval da Rede Globo


A grande novidade é que 2016 o Neymar do Galvão pode se tornar o melhor jogador do mundo segundo o Globo Esporte hoje. Usou até a palavra "nós" como se eu tivesse querendo muito isto.
A segunda é que a Globo quer que o Dani Dayan que é um israelita morando nos assentamentos palestino seja o embaixador no Brasil. Com a resistência da diplomacia brasileira. Mas um correspondente da Globo em Nova York diz que o embaixador Dani Dayan tem uma vantagem de não ser idealistas e radical citando por várias vezes estas qualidades que nem vem ao caso. O problema é objetivo e direto com a moradia dele nos assentamentos em terras palestinas. Que seria algo que o mundo vem contestando por ser o problema de grilagem de terras nos termos brasileiro e causando revolta e matanças. Correspondente da Rede Globo no exterior que a gente nunca sabe o que eles estão fazendo por lá já que nunca estão nos locais dos acontecimentos como foi o caso do terrorismo em Paris no Bataclan, e eles falando de Londres com aquelas vozes cheios de sotaque carioca. O príncipe da Inglaterra não dormiu bem e nós temos que ficar chocados por ele ter dormido mal. Nevou em Nova York como se nevar fosse a melhor coisa do mundo e pena que não neva no Brasil. São coisas mesquinhas que o brasileiro não merece. Não dá para aceitar este pouco caso com o brasileiro. Não precisamos disto. Façam um jornalismo sério na construção de um Brasil grande.
De 2015 para 2016 vejo que não vai mudar muita coisa. As velhas aberrações globais vão continuar. Isto mostra que o carnaval, o próximo passo cronológico das coisas acontecendo no Brasil não passa de formas artificiais quando na Grécia como a aproximação das Dionisíacas o povo ganhava fôlego na construção do que é nosso exemplo. A aproximação da primavera, conforme Nietzsche era um momento fulgurante. O que pensar da dramaturgia da Globo diante da falta de sensibilidade para com um ano novo? Eles continuam com os vícios determinante para uma cultura. O que adianta as festas de final de ano se elas não vem carregadas de energias inovadoras? Festas maquiadas com gosto duvido. Há que goste. Mas num consenso geral as escolhas não são as melhores e mostram uma repetição dos erros anteriores de escolhas que vão se manter para um novo ano. Na dramaturgia já que suas novelas são um complemento para o povo com base nas tragédias se é que lembra alguma coisa. Com o uso das coisas públicas nas suas polêmicas transformativas. Mas o nível de mesquinharias classifica o geral do que eles vem fazendo. Tudo se torna pequeno. Só não se torna pequeno o tamanho da dívida e a falta de honradez com o uso da concessão.
Ainda acho que a Rede Globo nos seus métodos escusos de manutenção não é saudável para a cultura brasileira. É nela que um povo faz uma civilização mais digna. A muito tempo ela vem mostrando seus meandros interesseiros e não contribuindo para a melhoria das coisas. A cada tom de voz deles se percebe uma farsa e uma postura maquiavélica de comunicação. O carnaval do deus Dionísio não tem nada a ver com a Dionisíaca. Para Nietzsche que critica comparando com os Gregos isto seria uma aberração. É só um meio financeiro e localizado para alguns se darem bem e fingirem que nossas terras são da alegria e do sol. O Brasil como eles costumam falar composto com o "nós" não participa do Carnaval. Nós precisamos calar estas farsas oportunistas se é que queremos um Brasil melhor.