quinta-feira, 10 de março de 2016

Sócrates e a Política


Não cabe aqui uma análise partidária do assunto político e sim a defesa diante dos trâmites possíveis dentro de um estado para se manter um equilíbrio na justiça. Sócrates em Atenas foi condenado por uma racionalização diante de uma religião grega atrelado ao estado. Isto quer dizer que a democracia originária já existia este câncer. 

A Antígona foi enterrada viva por defender que seu irmão não fosse deixado ao relento depois de morto, com um enterro digno, coisa que o estado de Creonte não aprovava. E estas imposições envolto com cara de justiça acaba que aqueles que muitas vezes não devem sofram com a justiça uma injustiça, o "bode expiatório" dos trágicos. 

A política num todo não anda nada bem. A corrupção é instituída como intrínseco a função. Não tem como um político não ser um corrupto. E as demagogia prevalecem e vem lá da democracia do século V a.c.
Eurípides em suas tragédias já tinha como tema a racionalização e suas moralidades que levam a uma alteridade alienadas e as demagogias contemporâneas de seu tempo*. Platão achava uns idiotas os políticos por não ter preparo, com uma democracia que permitia que qualquer um chegasse ao poder. Pensa a tua vida na mão de um imbecil já que ele vai comandar a cidade do povo.

Hoje os políticos fecham salas de escolas, e a cada ano fecham mais salas, com a demanda aumentando já que o aluno do  privado encurralado passa para o ensino público, nesta crise. E tiram a previdência dos professores como foi o caso do "Massacre dos Professores" no Paraná, para priorizar um sistema educacional econômico capitalista. E depois se descobre uma enorme corrupção incluindo estes políticos, desviando enorme quantidade de valores dos impostos pagos captados através de fiscais da receita. Com a descoberta de uma corrupção instituída a décadas e sempre foi assim. Coisa de 1 milhão de reais por mês, e o povo nem sente a proporção que isto representa. Muita gente morreu por falta de um atendimento adequado nos hospitais e faltando remédios. Isto sim é um crime imperdoável. Isto sim é ser um ser gregário resignado Nietzschiniano neste mundo complexo e de um individualismo cosmopolita das cidades com ruas turbulentas de simulacros.

E a demagogia discursiva de convencimento e corrupta colocando como prioridade a educação. 

* Eurípides. Ifigénia em Áulide. Coimbra: 1998.


Ilha do Mel

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