quinta-feira, 11 de maio de 2017

Síndrome Coxinha na Vida Prática


A minha tese nestes tempos conturbados de inúmeras situações políticas e revelando aquilo que hoje vem sendo nítido de um neo-fascismo e as direitas pelo mundo florescendo, fica claro que no Brasil algumas peculiaridades se destacam. 

Algum tempo atrás a CPMF (imposto sobre movimentação bancária) foi usada e obteve um bom resultado no restabelecimento da economia. E recentemente se tentou a nova fórmula para auxiliar as contas públicas. E houve um grande clamor da população sobre a barbaridade que seria tal imposto. 
Só que a consequência disto foi uma política de retirada de direitos para diminuir o rombo nas contas, como o limite da aposentadoria, aumento da carga de trabalho, diminuição dos serviços públicos para desinchar o estado.  CPMF que nos meus tempos eram descontados centavos na conta. Ele é significativo em contas poupudas como da Rede Globo. Na minha e do pobre não fazia diferença nenhuma. Mas mesmo assim o pobre rico comprou o discurso dos mais ricos e acabou que quem vai pagar a conta é ele.  

Ai que entra a safra dos neo-fascistas, para definir melhor com o apelido de "coxinhas". Eles são os pobres-ricos. Aqueles que tem um celular e um mundo pela frente para conquistar. E a posição deles é defender um estar no futuro. A potencialização deles como ricos sendo pobres atualmente é a compra de um sonho inconsequente. Eles acreditam que vão ser os novos ricos do futuro e não se importam em perder direitos no atual. Perder direitos como a aposentadoria e um massacre na educação e saúde. 
Nada melhor para uma família enxergar o seu filho como um grande empresário, que nunca vai ser. Nada mais é do que um sonho capitalista imperando no intimo. Há um entorpecimento social quando as causas sociais vão se esvaziando sem que a população se dê conta do que está realmente acontecendo. E a superestrutura se aproveita deste efeito gregário para seus interesses. 

Aristóteles que é pai do logos da política na sua filosofia em "o homem é um ser político", e tem o ciclo do "ato e potência". Somos um país potencialmente ricos. Isto não quer dizer que já somos ricos. Ser rico é "ato" e potencialmente seremos ricos, com foco no futuro. Faz sentido isto nos nossos dias? Faz. E é dele a questão da "vida prática" do ser humano. Isto é corriqueiro. E um jovem deste se intitulando um potencialmente rico defendendo sua posição nada mais é do que um pobre em ato perdendo direitos. Uma patologia social que vem levando o Brasil a ultimas consequências. Estamos numa crise intelectual de uma bestialidade midiática de massa astronômicas. 


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