Tem umas coisas que surpreende do tipo que não se dá nada e acaba sendo um balde de gelo na cabeça. E foi assim este final de semana com "A Anta de Copacabana" de Adriano Petermann. Isto aconteceu na Bicicletaria com um pessoal muito bacana que envolve coisas boas e envolvimento de sorrisos refinados de Curitiba. E as novas andanças boêmias envolve uma passagem pela Rua São Francisco continuação do Largo da Ordem que vem sendo foco de um novo momento artístico da cidade. Das coisas ruins de nossa política sobrou algo que possa dizer que foi um acerto a sua revitalização que anda a todo vapor e empolgando.
Chegando na Bicicletaria, daqueles lugares que você chega entra e fica a vontade para ir e vir veio a notícia da apresentação da peça e o convite. É complicado por não conhecer a peça e nem quem ia fazer a peça. O espaço nem é próprio para tal embora a boa vontade diga que é possível.
Conversei com o Petermann que esteve um período no Rio de Janeiro, e como eu está voltando para Curitiba e falamos de algo em comum que foi o nosso amigo Amauri Hernani e a Paula que andam por aquelas paragens. Mas ainda me senti naquela situação do que estou fazendo aqui? Um monólogo e a constatação com ele que o espaço propiciava algo de bom por ter uma dimensão no espaço que valoriza o ator. Sem ainda acreditar que estaria diante de um potencial de peça.
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foto: divulgação. |
No texto fala que ele esteve numa bolha com Nelson Rodrigues e falei que agora ele estaria na bolha com Procópio Ferreira que fez um monólogo do Pedro Bloch que já montei e gostaria de remontar para viajar por cidades do Brasil carente de espetáculos. A peça "As Mãos de Eurídice" é uma peça que muitos não conhecem sua história. Tenho planos para ela, só que é um texto de muito trabalho e quando montei foi um ano de intensos momentos pela dificuldade que ela apresenta. Mas um trabalho de uma vida para um ator realizado. Apresentada milhares de vezes e traduzida para o mundo inteiro e incorporando o papel de Procópio Ferreira e Rodolfo Mayer da História do teatro brasileiro. Embora desconhecida para o Brasil que é um grande enigma. Espero que ele entre nesta como eu entrei com o espetáculo dele.
Ganhei a semana e agora pode chover o resto da semana que não me importo. E abraços meu caro Adriano Petermann.