sábado, 25 de abril de 2015
Maglev entre Rio e São Paulo no Mundo dos Espetáculos
Uma das dificuldades com atores nas montagens de espetáculos é a questão da distância. Mas o que quer quiser distância? Muito considerado nos nossos tempos como o lugar de um ponto a outro. Só que sem uma realidade. O espaço não é a distância exata, que se modifica a todo instante. Um pé no chão não quer dizer que vai ficar ali imóvel. A natureza tem uma dinâmica em expansão e não existe o imóvel. E o espaço se entrelaça com o tempo no sentido que muitas vezes está fazendo algo bom e acaba rápido e alguma coisa ruim não acaba nunca. E isto é as armadilhas que podem fazer a diferença na tua vida. E isto não é uma simples constatação como se ninguém soubesse disto. Isto é filosofia que talvez não tenha tido nos seus tempos de ensino médio porque o governo não queria que soubessem por muitas razões. Trabalhar 8 horas por dia é diferente de trabalhar como um artista. Embora o artista pode trabalhar 24 hora e ainda ter energia para trabalhar muito mais.
Os atores amadores avaliam suas iniciativas muitas vezes pela distância. É claro que não quero radicalizar ao ponto do incontingente. E por trás desta postura há outra explicando a sua existência. As pessoas não tem uma vivência nômade e costuma se enraizar em suas comunidades. Não que isto seja algo padrão da nossa natureza sendo que os índios, por exemplo, sempre estão mudando suas tribos de lugar.
Mas os atores por ter um espírito livre já pensam que ninguém tem casa. A casa é o mundo. E com uma certa razão. Vejo atores reclamando que para ensaiar tem que se deslocar em trajetos de meia hora como o meu local de ensaio em Santa Felicidade em Curitiba que de carro é 15 minutos.
O que eles não sabem é que os profissionais desta arte não tem casa. E se tem é uma correria só. Como os globais se deslocando para Jacarepaguá que é depois da Barra da Tijuca. E ninguém reclama. Um dos assuntos constantes entre eles é o trajeto Rio-São Paulo sendo que boa parte deles moram ou estão com espetáculos em São Paulo. Assunto como a chegada deles em como facilitar este caminho sem demonstrar desanimo. Apenas porque o tempo deles é cronometrado. E por falar nisto um dos produtores sumiu recentemente neste trajeto,
destacando este hábito programável.
Então, se você é um artista que quer arrumar as malas 4 ou 5 vezes na semana para estar em cidades que nunca imaginou existir e apresentar a sua arte, não venha com o óbvio espaço a priori. Isto pode ser mais cansativo que o espaço que você precisa percorrer e ainda chegar lá com todas as energias para exercer sua arte. Pare de colocar obstáculos na construção de sua carreira. Do contrário você não é artista. Considere como uma filosofia cosmopolita sem gastos de energia. Sem isto a sua profissão furou. Se a qualidade é na distância então vá ao encontro dela. O que é na esquina nem sempre é aquilo que você precisa para se superar.
Não sou contra um bom transporte como o metrô e até o trem bala entre o Rio e São Paulo com os olhos dos globais brilhando neste sentido. Isto seria um bem astronômico nas nossas vidas que são medidos pelos políticos como não necessário. O pior é estar numa cidade como Curitiba que se diz ter o melhor transporte do mundo. Rejeitam o metrô para ficar com latões vermelhos pelas ruas liberando gaz carbônico a torto e direito. E o discurso político vai no sentido ao contrário da população que se diz numa democracia.
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