O momento sugere umas palavrinhas já que a comemoração é festiva no meio. Uma festa sintomática de um ramo de sonho contingente sem opções de não ser assim. Olhar para a Globo é olhar a agonia de refazer feitos do passado com modificações para um presente se refazendo.
Vivo nos sonhos da Globo. Mas meu objetivo não é a Globo. Muitos daqueles que me rodeiam tem o sonho da Globo. É um sonho de quem transita entre meio a atores e penetra na dimensão da imagem quase unica de uma consciência totalizante brasileira. Falei quase porque ela já foi muito mais.
Criticam os alemães por terem vivenciado um idealismo. Um brasileiro criticando um Alemão por ele ter vivido um ideal. Só que o Brasil vive do ideal rudimentar. Algumas coisas se mantem deste sempre como um vício incrustado. Recriar a imagem do futebol dos anos 70 foi uma delas. Um erro fatal para a política que acordou o adormecido. Falar que temos liberdade num mundo agonizante está sendo um erro. O discurso do ideal virou retórica nas bocas de quem já não é alicerce para os sonhos.

A Globo poderia ser um belo sonho se não se apegasse a velhos vícios e tendências. Ela é a maior fonte de nossa cultura e poderia ser exemplar sem tentar mudar o canto dos Guaiaquis. Quer mudar sem poder transformar o sonho. Os martelos se desmancham a cada pancada. Mudem por favor. Sonhos é bom ter sempre e não precisamos de muito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário