Hoje num reportagem ficou evidente um problema em cima de outro problema. As pessoas querem resolver o problema sendo que a natureza do problema é outro. E não sabendo resolver o problema a tendência é o fim do problema da pior maneira.
O repórter Jasson Goulart da RPC Globo entrevistas as duas partes que é a Rede Esperança que presta um bom serviço social dentro daquilo que os governantes usam com mais propriedade para falar dos seus feitos, que é a escola profissionalizante. Uma rede que forma uma média de 100 cidadãos e agora se encontra em dificuldades para a sua manutenção já que os orgãos da prefeitura colocaram que a rede não buscou elas diante das novas regras estabelecidas para o apoio.
Foi algumas mudanças nas leis e passando para outros setores, e agora a Rede pode buscar o apoio da instituição com a isenção de impostos de empresários. Aquelas mesmas da lei Rouanet federal que o governo dá o apoio contanto que o artista corra atrás dos empresários para eles darem um tanto dos impostos permitidos do bolo de impostos. Girando entre 4% de isenção sobre o valor a ser pago.

É claro que o artista se quiser na sua produção de R$80mil vai ter que ter uma multinacional como apoiadora. Isto uma empresa que tenha 4% neste valor para dar, paga R$360mil em impostos para o governo podendo descontar deste valor os 4%. E o lucro da empresa deve ser de R$800mil. Então o giro da empresa tem que ser na média de R$8milhões. Se assustou? Não sabia disto? E já se sabe que o Brasil não anda muito bem das pernas e empresas deste porte não se acha na esquina. Percebeu a outra ponta do discurso que eles não falam?
Onde eu quero chegar com este argumento? O detalhe que na nova lei da prefeitura que coloca a rede esperança no caminho dos empresários naquele dilema dos ricos que ajudam os pobres recai numa história que não deu certo desde sempre. Senão a pobreza não existiria.
Serve este olhar para mostrar que a lei Rouanet tem uma semelhança sendo que agora não é o pobre e sim o artista que precisa do rico. E que acaba o rico usando isto como mecanismo para ele mesmo se dar bem sem a menor preocupação ética do bem divulgado pelos preocupados governantes. Tem muita mulher de empresário fazendo artesanato sem nunca ter manipulado nada e com o fomento da lei Rouanet. Isto eu já vi e numa época que busquei o incentivo fiquei chocado pelos motivos que não consegui com a tal empresa.
E tem muitas empresas que não entram devido o governo fazer um pente fino detalhado nas contas fiscais das empresas, com isto dificultando a comprovação que transforme elas em "doadores". O estado cria o mecanismo para que a negociação não se efetive. E o resto é tudo muito difícil para não dizer impossível. Todos reclamam. Menos aqueles que tem as costas quentes.
O problema é a esperança que dão jogando como algo que prometem sem ser objetivo na promessa. A Rede Esperança vai passar o penico e não vai conseguir e já sabendo que está decretado a sua extinção. Não adianta o repórter colocar o telefone no ar a disposição de quem quer ajudar. A menos que seja uma multinacional.
E assim o estado trabalha no sentido ao contrário quando este promete algo que não pode dar e frustra qualquer iniciativa por acreditar na mentira. Usam argumentos sólidos de convencimento que tira a perspectiva dos empreendimentos com aquilo que poderiam produzir. Por isto ninguém acredita mais em políticos. Isto é porque já desconfiaram que o discurso do estado manipulador é uma falácia por inteiro.
Se é um artista é bom ler isto aqui. Senão em breve não será mais um artista. É claro que o pobre vai continuar pobre.