sexta-feira, 12 de junho de 2015

Book Rosa e as Verdades Secretas



Fui pego de surpresa com uma novidade no meio das passarelas. E vem da colocação inusitada na novela Verdades Secretas do Walcir Carrasco com o tal Book Rosa. Se sabe que é meio velado a prática do interesse sexual das mulheres no social ditado por uma moral que formatou uma convivência de casal moderno ocidental. Coisa que no oriental e nos árabes e seus haréns podem cultivar e casar com muitas mulheres. Na Bíblia também.

Em épocas de influência francesa no Brasil como no teatro de Arthur Azevedo e outros autores foi normal colocar as cortesãs que tinham um papel de importância na sociedade do Rio de Janeiro, sendo admiradas e invejadas pela beleza e a sofisticação. Em noites boêmias entregue aos corpos embebedados ao som das músicas e danças. Foram feitas muitas novelas com personagens e cabarés traçando estas características que é o espírito ainda hoje neste meio. Não é uma novidade e ao mesmo tempo é pela abordagem do Walcir Carrasco. O glamour, o charme e a arte se faz presente nas entregas como em Toulousse Lautrec da Paris e seu exotismo. Tudo ainda é pecaminoso e excita os desejos mesmo tendo uma moralidade freando.  

No meio da beleza e passarelas existe a abordagem e os meandros que não ficam tão caracterizados assim. Pelo menos não no meu tempo quando eu carregava um monte de mulheres em atividades como recepções e desfiles. Já contava com um certo prestígio sendo meus últimos trabalhos com misses Curitiba e Paraná em épocas que os concursos delas premiavam com carro zero e tals. Até tive uma experiência de ter levado uma miss Curitiba numa agência de publicidade e o contato ter mencionado a possibilidade de um trabalho assim numa fala mais direta me deixando constrangido e nem foi tão levado a sério diante da possibilidade atípica dos meus contatos. Como também num trabalho de recepção um dos produtores do evento durante um café no evento me questionou sobre as possibilidades de sair com as modelos. Mas foram só estas experiências que tive e acredito ter sido inocente nestes tempos dentro de um trabalho sério, que nem queria que fosse tão sério neste aspecto. Acho que era mesmo pela minhas característica que poderia nem ter percebido onde eu estava inserido. Isto não quer dizer que eu não tivesse relacionamentos no meio. Diante das oportunidades de sair para lugares legais bem acompanhado e nos divertindo bebendo e dançando muito, coisas das baladas. Que nem é este nome que se dava na época.  

O meio artístico tem a propriedade de soltar um pouco os modos morais vigente que as vezes deturbam a natureza do desejo, detalhes já desvendados no Teatro Francês no iluminismo e Diderot. Se Eva pecou, o gosto pelo pecado se fez presente. E o pecado religioso nem deveria ser levado tão a sério diante de uma natureza que pede por uma procriação. Isto não impede que o relativismo de interesses não se misturem quando uma garota bonita procura um bem sucedido que provenha o seu conforto e suas vaidades. O sucesso está atrelado no caminho das relações bem sucedidas e então busca um com melhor condições que possa promover ela. Tem muitos casamentos de um mesmo ator ou atriz que passa de uma média do cotidiano dos casais comuns. Tem ator neste momento com um comercial que fala dos sete casamentos dele, o Fávio Jr. Acho engraçado os filhos de artistas diferentes num circulo que viram parentes entre si. Tem alguma coisa errada nisto? Eu acho que não. Melhor assim com as convivências se tornando interessantes.  

Nos tempos das modelos se comentava que as recepções nas exposições em São Paulo existia um acerto das meninas saírem com empresários do eventos. O custo do trabalho delas era dobrado se no final da noite elas saíssem para se divertir com eles. Claro que não tão na cara sendo que poderia nem ter algo a mais nesta saída. Mas ficava óbvio a iniciativa. Em Curitiba não rolava isto. E se rola não tem este padrão tão direto como o Walcir Carrasco coloca. É claro que a partir de agora isto fica mais definido no meio. Interesses todos tem e talvez a máscara seja derrubada em certos casos de um relacionamento mais direto. Ambos os lados vão se definir melhor diante daquilo que estão propostos a fazer e conseguir.

O contato para o sucesso dificilmente se faz sem um contato com interesses em comum e galgando degraus que muitas vezes a moralidade fica vermelha de vergonha. Aquela história de que saiu lá debaixo e suou muito a camisa para chegar ao sucesso já não convence mais. O jogo faz parte do sucesso estético no mundo. E isto é didático na filosofia. Conhecer pessoas que possam te ajudar é normal e não tem que mascarar isto. Depende de aceitar as condições ou não.

Na antropologia o Lèvi-Strauss coloca que o jogo de interesse entre tribos passava pela troca das mulheres para que as tribos tivesse um acordo e uma não guerreasse uma com a outra. É claro que eram tempos que as mulheres eram oprimidas. E hoje elas querem é mais se dar bem. O mundo também é delas e elas escolhem o que é melhor para elas. E nem sempre a condução moral impera nos seus desejos de conquistas. Ninguém é santo o tempo todo e não gostam de santos na cama. A natureza quer que você brinque de fazer sexo porque ela se preserva como natureza, assim. Nada como ser natural e dançar ao som dos corpos. Não no meu caso porque ando muito devagar ultimamente nestas coisas.


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