Tentando acertar alguns pensamentos neste nosso cosmo ruidoso aproveitando o prático trágico na representação de novos tempos. Mesmo Heidegger dizendo que nunca saímos de dentro da caverna é possível divisar algumas considerações num pequeno ensaio sem o rigor teórico.
Estes dias uns meninos esfaquearam um médico na metrópole do Rio de Janeiro. Coincidindo com o momento que querem reduzir a maioridade penal. Não sei se seria o caso pensar o adolescente das ruas a um plano policial e não entro neste mérito para defender algum lado. Os tempos já não são de uma ciência sociais nos moldes totalizadora da época da industrialização com o estabelecimento de regras bem definidas em divisões de classes.
Um menino que nasceu em condições adversas na floresta das grandes cidades sem a educação nos moldes tradicionais e vivendo num estado de sobrevivência inocente estabelece um vinculo lógico como um animal sem a domesticação. O que eu estou querendo dizer que o homem natural sem a condição de moralização jogado no cosmo não pode ser visto como o animal que deve ser desprezado. Ele é apenas um homem de Jean-Jacques Rousseau que não foi corrompido. O normal é as pessoas se acharem superiores aos animais sobrecarregados com milhões de leis. Não são animais. Não são mamíferos. Os mamíferos são os cachorros e os gatos. O homem não é nada disto num olhar interno.

O ato da fera é desferir vários golpes da faca num corpo. Corpo que desferi seus golpes anestesiados pelos corpos milhões de vezes na sua função de médico a caminho de uma potência. O grau das facas é a mesma com epistemes em mundos separados que numa conexão de corpos se rivalizam numa disputa. O que ninguém pensou foi: o que é isto? Como fica a justiça se pensarmos nos elementos que levam a um mesmo sentido? Um para a morte e outro para a vida num mundo de vida e morte. Um sustenta o outro e o desfecho é a tragédia que alimenta as diferenças. Um corpo estético cada vez mais saliente.
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