domingo, 30 de novembro de 2014
Paula Braun casada com Roberto Bolaños, o Chaves.
Aproveitando a onda de falação sobre a morte do Roberto Bolaños, o Chaves. Alguns resolveram penetrar neste mundo dentro daquele mundinho que não chega a nada. Algumas coisas não ficaram bem claras e foi proposital porque este mundinho é ignorante mesmo. E tendo a condição do Chaves com o sucesso na América latina isto acaba ganhando uma ênfase da ignorância.
A Paula Braun, mulher do Mateus Solano fez um comentário sobre a morte do Roberto Bolaños no Twitter e logo apareceram os comentários de que ela estava usando a imagem do Mateus para aparecer. A Braun não tem o direito de se manifestar sendo casada com um nobre das novelas da Globo? O que mostra o tamanho do preconceito contra as mulheres que dizem não ter. Santa ignorância. Por que fez um personagem tendencioso agora é considerado o melhor ator do mundo. E qualidade no meio artístico não combina com umas coisas destas.
E combinando com este mundinho de novelas e seriados televisivos vem o outro mundo do Roberto Bolaños entre as brigas da sua equipe de trabalho na busca do reconhecimento pelo feito. Todos atrás do santo Graal. Só que o santo Graal não é de nenhum deles. E isto é estranho. Não se falou do verdadeiro personagem do Chaves que é o filósofo Diógenes da escola Cínica das épocas de Jesus Cristo. O Diógenes vivia num barril rodeado com seus amigos cães. Ele não queria ter propriedades, tanto que nem roupas tinha. Uma certa feita o Alexandre, O Grande fez uma visita ao filósofo diante da constatação do seu carisma, e chegando a cavalo perguntou a ele se poderia fazer alguma coisa por Diógenes. E Diógenes simplesmente pediu para Alexandre sair da frente do sol que ele estava fazendo sombra.
O que tem de estranho nisto é o Bolaños nunca fazer referência de onde veio este personagem que fez dele alguém muito rico e com disputa de reconhecimentos. Este silêncio pode ter sido para não ter um problema com a religião, por exemplo, já que muitos dos fãs do seriado adotam a religião com afinco. E a escola cínica vai por vias contrárias. Se têm uma religião, e não sabem que cultuam uma religião pagã e um modo não civilizado de ser. E o interessante é que ninguém fala sobre isto e ninguém deve saber sobre isto. Está vida prática é de uma ignorância irremediável.
sábado, 8 de novembro de 2014
Hércules e os políticos.
Hércules, um corpo bíblico na luta das cidades, nas suas façanhas dotado de um estética era o mais forte já existente. E nele se impuseram uma cegueira. Viveu na cegueira até restabelecer a visão e rompeu com a cegueira.
Um político no mais amplo dos seus poderes que não lhes confere um vitalício* deveria ser explorado o restabelecimento no momento que a imposição já não se faz presente. É nele que a visão ampla do ser político e suas entranhas são visíveis. Não exploramos o político nos seus limites. Muitas vezes a sua biografia trás um romantismo com uma realidade plástica de sua função no mundo prático. Mas o final deveria ser de uma revelação. Desde aqueles que tiveram seus poderes abruptamente retirados até aqueles numa sequencias no seu final de uma insignificância. E no rompimento da civilidade no mapa do poder nas suas entranhas. Um corpo irrisório na voz de um megafone.
Pierre Clastres descobriu que o homem sul americano no seu ahistórico desenvolvia um procedimento do político que era esvaziar o político. Isto porque índio na liderança tinha que ser generoso e outras virtudes até o limite que seu poder político se esvaziava. E isto de forma direta. Como por exemplo uns tempos atrás que os políticos davam bonés e camisetas e teriam que dar suas propriedades.
Existe um político que não é pensado e talvez seja ele nos moldes americanos ou num inconsciente de Hércules a solução desta política democrática caótica. Está seria uma saúde em Nietzsche.
* Vitalício não no sentido das gestões num poder público e sim no seu poder na manutenção de suas forças de influências e lideranças contando com a irregularidade e busca de se manter no poder.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Detran, uma instituição corrupta
Uma das condições de pelo menos 20 anos não ter carros é o olhar que tenho sobre a instituição que administra as veias do sistema de transporte. E isto começou com um dia sendo multado por parar diante de um pequeno rebaixamento que antes fazia sentido para a entrada de um portão. Só que o portão foi fechado com um muro e o declive na calçada já não fazia sentido. O guarda que me multou disse que era só entrar com recurso e a multa perderia efeito já com a multa feita não poderia voltar atrás. Mas o que aconteceu foi ainda mais absurdo quando numa audiência que existia na época o superior no Detran zombou da minha iniciativa e acabei pagando a multa e ainda sendo ridicularizado.
![]() |
Metrô da cidade de Salvador - Bahia. |
No dia 29 de outubro de 2014 o repórter da Rede Globo entrou em contradição com sua matéria no jornal no sentido de alertar sobre a quantidade de reprovações daqueles que querem a carteira de motorista, com outra repórter fazendo link no jornal na externa no Detran informou que eles não estavam vendo a motivação das reclamações dos cidadãos diante deste poder punitivo. Pelo contrário, o que estava sendo levado para a câmara de deputados era o aumento de 12 sedes para controle já que a demanda exigia uma estrutura maior. Aumentaria os postos de controle. Isto quer dizer que pessoas na atitude de tirar suas carteiras seriam reprovadas inúmeras vezes pagando taxas. Quando o sentido de uma boa pedagogia é potencializar e não criminalizar já que o fato de pegar uma carteira é para valorizar o cidadão exercendo sua cidadania. E reprovando muitas vezes tem caminho ao contrário. Mas isto é o que menos interessa para instituições deste tipo que só querem arrecadar para sustento da máquina e todas as atitudes que dizem ser no bom sentido tem sentido contraditório. Por isto que campanhas de conscientização no trânsito são demagógicas e acabam não surtindo efeito.
É tão sério o que estou falando que quando o deputado Carli Filho degolou os dois cidadãos em Curitiba se constatou que dezenas de deputados tinham perdido a carteira pela quantidade de infrações, e continuavam dirigindo no trânsito, em épocas que eles fizeram a lei seca que não poderia beber e dirigir. Mas fez a lei e matou no trânsito e acabou sendo uma aberração lógica.
Curitiba continua sendo um dos maiores trânsitos de veículos do Brasil e ao mesmo tempo temos um sistema de transporte público sucateado e prestigiado pelos políticos sem vontade nenhuma de melhoras. Vários pontos levam a está conclusão que é o financiamento de campanha por empresários das empresas de ônibus e a continuidade de um fluxo caótico no trânsito que rende multas e dividendos para continuação da máquina política de arrecadação. A maioria das grandes cidades e cidades regionais já tem o tal do Metrô, e seria uma grande conquista de cidade cosmopolita já que no meu caso eu uso dos latões chamados ônibus em Curitiba.
Em Belo Horizonte o Detran de lá é acusado de corrupções que envolve um senador. Com tal acusação aproximando o tráfico de drogas com notícias de helicóptero de cocaína. Isto não dá para negar, e são fatos e contra os fatos não há contestação. Embora nenhuma mídia divulgue o caso e provavelmente o delator vai ser eliminado daqui uns dias. Conhecendo o Detran e toda a documentação nas mãos dele, para quem quiser ver, não tem como não acreditar em tais fatos. Só que o Brasil tem uma grande mancha que é a corrupção. Mesmo se falando em reforma política os políticos já estão se mobilizando no sentido de se manterem absolutos em suas truculências diante da democracia que dizem existir. Para mim é só uma continuidade de um poder execrável que envolve instituições, serviços e impostos que os cidadãos precisam para a máquina social.
domingo, 26 de outubro de 2014
Lobão - Os Vulneráveis
O Lobão é músico e não tem quem tire isto dele. Todos pensam naquele Lobão que ficou e que a gente espera uma personalidade atrás do microfone dos velhos tempos. Uma nostalgia, claro, que não se reinventa tanto que o Lobão tem seu caminho que ele faz do jeito que ele quer.
A geração dele tem um carinho enorme por ele. Visto que ele foi execração nacional porque foi pego com baseado e parou na cadeia exatamente no seu melhor momento nacional. A Globo fez aquele drama aliado ao talento do rapaz. Mas ficou algo mal resolvido, uma dívida de um preconceito que hoje já nem tem aquele valor moral equivocado. Caiu numa cilada do tempo moral e de muitas demagogias de governos que decidem e atrapalham vidas dos cidadãos.
Fazer música ele sabe e deveria se dedicar mais ao que sabe fazer. Mas ele é polêmico como no momento que saiu com a citação que "se a Dilma ganhar vou embora do Brasil". Bom, ele não vai e ainda bem que não vai. Ele é propriedade do Brasil e que continue com suas polêmicas. Não ando escutando muito o cara, mas está música é boa e é dele. Então fica aqui minha homenagem ao som que ele sabe fazer.
Dilma vence as eleições em 26 de outubro de 2014
É nítido perceber que ainda estamos na Moral do Voto do Cabresto.
Para não votar na Dilma muitos votaram no Aécio. Mas há insatisfação com os dois. Mas a escolha do bem do mal é a Moral do Cabresto lá dos Coronelistas.
O Aécio ainda tem fazendas, que se encaixa no coronelismo e tem até denuncias de ossada humana achado por lá.
Eu estou me sentindo triste por perceber que não é percebido este pequeno detalhe. E ainda muitos se dizem na democracia. Nossa gente, que é isto?
Basta ver que dos dois lados tem os mensalões. Corrupto por igual. Se vocês soubessem o que anda ocorrendo nos bastidores de denuncias do Aécio ele pode acabar em cela ao lado do Beira Mar.
E é tão simples perceber que algo está errado mesmo não sabendo das coisas. É só juntar uma coisa aqui e ali e agravar já que estamos falando dos políticos. Não existe político honesto. E o poder no Brasil é uma aberração.
Fica aqui o meu desabafo e não vai adiantar nada. O mundo da ovelhas e do totalitarismo é algo visível que não enxergam seu pasto. É triste ver o que é ser brasileiro.
Eu só sinto que deveria ter 50 milhões de indecisos pelo voto e não partindo de uma posição que leva ao maniqueísmo. Não me arrependo do voto Nulo que fiz porque fui resistente a um voto com qualidade e digno. Votar por votar só por posições não confere ao cidadão a qualidade de cidadania. Vou continuar na luta pelos indecisos isto porque chega do voto do cabresto que aquele que é mais coronel leva. A moral de querer votar num sistema obrigatório tem seu lado obscuro. É com o voto ou não dos indecisos como foi nas eleições da França que se diz se um governo é saudável ou não. Não precisamos de uma estrutura absolutista. Os professores devem pensar no uso e nas práticas da cidadania. Do jeito que está é mais para aquela ovelha de Nietzsche. Embora não se tem muito que falar mal da educação da Dilma.
Agora nós estamos na porta de trás com o tal governador Richa do Paraná. Com a educação em frangalhos e professores em apuros e cidades que num estado com uma das maiores produções não tem nem metrô. São condições básicas de cidades que buscam estruturas dinâmicas. Aqui ainda temos os carroções do Lerner que no seu tempo foi alguma coisa. Hoje é só latas batendo em asfaltos superlotados de carros. Uma tragédia com um governador péssimo e sem nenhuma força na política nacional. Estamos perdidos.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Diderot via Flanklin de Matos
Um dos grandes problemas da Classe artística é a disciplina e a profissionalização. Alguns pensam que o profissional é aquele com uma grande vivência e formação. Pode até ser. Mas numa produção de elenco as coisas mudam um pouco de tom e reaparece o teor histórico como era na época de Diderot que foram produzidos muitos textos sobre o assunto. O Flanklin de Matos, um dos intelectuais venerados no Brasil da Usp é um que pesquisa o tema.
O principal é a fidelidade e o compromisso com o propósito. E os artistas tem uma vida mais aberta, mas alternativa segundo estes que citei da história e que é um sentimento de quem está tendo a experiência de elencar um grupo.
É natural que um ator cheque contando mil histórias e fazendo mil planos no inicio da participação no grupo. Mas é muito normal ele já não aparecer no segundo ensaio por uma grande justificativa. Isto é experiência de quem já montou umas dezenas de trabalhos.
É natural que um ator cheque contando mil histórias e fazendo mil planos no inicio da participação no grupo. Mas é muito normal ele já não aparecer no segundo ensaio por uma grande justificativa. Isto é experiência de quem já montou umas dezenas de trabalhos.
A profissionalização hoje passa exatamente pelo fator histórico que falei e pelo crivo de um momento que é geral, como na educação: a falta de compromisso. O profissional é mais valorizado pelo comprometimento do que pela capacidade de talento. É claro que um bom diretor e professor vai fazer de cada ator um talento. Existe muito isto. Como existe diretor e professor e escolas que acabam com os talentos.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
A Anta de Copacabana.
Tem umas coisas que surpreende do tipo que não se dá nada e acaba sendo um balde de gelo na cabeça. E foi assim este final de semana com "A Anta de Copacabana" de Adriano Petermann. Isto aconteceu na Bicicletaria com um pessoal muito bacana que envolve coisas boas e envolvimento de sorrisos refinados de Curitiba. E as novas andanças boêmias envolve uma passagem pela Rua São Francisco continuação do Largo da Ordem que vem sendo foco de um novo momento artístico da cidade. Das coisas ruins de nossa política sobrou algo que possa dizer que foi um acerto a sua revitalização que anda a todo vapor e empolgando.
Chegando na Bicicletaria, daqueles lugares que você chega entra e fica a vontade para ir e vir veio a notícia da apresentação da peça e o convite. É complicado por não conhecer a peça e nem quem ia fazer a peça. O espaço nem é próprio para tal embora a boa vontade diga que é possível.
Conversei com o Petermann que esteve um período no Rio de Janeiro, e como eu está voltando para Curitiba e falamos de algo em comum que foi o nosso amigo Amauri Hernani e a Paula que andam por aquelas paragens. Mas ainda me senti naquela situação do que estou fazendo aqui? Um monólogo e a constatação com ele que o espaço propiciava algo de bom por ter uma dimensão no espaço que valoriza o ator. Sem ainda acreditar que estaria diante de um potencial de peça.
![]() |
foto: divulgação. |
No texto fala que ele esteve numa bolha com Nelson Rodrigues e falei que agora ele estaria na bolha com Procópio Ferreira que fez um monólogo do Pedro Bloch que já montei e gostaria de remontar para viajar por cidades do Brasil carente de espetáculos. A peça "As Mãos de Eurídice" é uma peça que muitos não conhecem sua história. Tenho planos para ela, só que é um texto de muito trabalho e quando montei foi um ano de intensos momentos pela dificuldade que ela apresenta. Mas um trabalho de uma vida para um ator realizado. Apresentada milhares de vezes e traduzida para o mundo inteiro e incorporando o papel de Procópio Ferreira e Rodolfo Mayer da História do teatro brasileiro. Embora desconhecida para o Brasil que é um grande enigma. Espero que ele entre nesta como eu entrei com o espetáculo dele.
Ganhei a semana e agora pode chover o resto da semana que não me importo. E abraços meu caro Adriano Petermann.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Aranha e o Macaco
Vejo uma ignorância brutal na questão de comparar o homem ao macaco. O homem teve uma evolução de um mesmo pai dos macacos. Falar que o homem veio do macaco é uma tremenda ingenuidade. O macaco também teve sua evolução que é óbvio. Mas nós temos muito dos animais que alguns não fazem esta relação (a grande maioria). Achando um absurdo que o homem seja um animal. E se valoriza ao extremo como quem domina a natureza.
Uma pesquisa recente da Revista Nature (cientifica) feita por dezenas de cientista chegou a conclusão que o Chipanzé tem um instinto de matar. Ele fiscaliza seu território e se algum chipanzé de outro bando se aproximar ele mata. Isto dá a ele a possibilidade de mais alimentos e fêmeas. Outra dos Chipanzés é quando um tem o interesse da fazer amizade com outro, e para conquistar a amizade ele bate num terceiro chipanzé que o outro não gosta para demonstrar sua amizade. Caramba, isto me lembra alguém. E este alguém é o homem com suas guerras irracionais e suas macroguerras que países se aliam aos conquistadores imperialistas.
Nós somos mais parecido com os macacos do que se possa imaginar. E estes que acham um absurdo ser um macaco são aqueles que enxergam a natureza com superioridade. Até no lúdico que parece ser uma grande festa do homem é exatamente igual nos animais. Lúdico sem refinamento mas com jogos.
Esta na hora de alguém dar um basta nesta história de racismo sendo que ela não se justifica nem de um lado e nem do outro. O preconceito aqui é contra os animais que o homem promove a extinção. O macaco que tem o azar de ser parecido com os homens que promovem a sua extinção.
Na minha peça de teatro "dadinho... arroz... mamífero" fiz esta comparação do mamífero e o leite da mulher. Colocam que o mamífero é um animal. Mas por coincidência o homem também é mamífero. Existe um preconceito contra os animais sendo que somos animais. Somos filhos de deus tanto quanto os animais são filhos de deus, ou de Epimeteu, sei lá. Assunto esgotado no texto "Sistema de Natureza" do Barão de Holbach e outros.
E a nossa grande sorte foi os contratualistas terem feito regras de convívio com o domínio do estado e comparando os homens com os lobos. Embora acho que deveríamos ter outras regras sendo que o estado já não garante a proteção. O mundo cheio de guerras e é capaz de você sofrer uma violência e ainda sair culpado da situação, ou o próprio estado promover a violência contra você.
E eles são herbívoros comendo bananas.
![]() |
Foto tirada em Pontal do Sul 2009 |
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
"Araújo e Ofélia" de Beto Hinça
O Festival "1º Bonecos de Curitiba", uma iniciativa da "Associação Paranaense de Teatro de Bonecos - APRTB", e contou com grades nomes como Beto Hinça com seu retorno ao Brasil. Cidadão formado no Colégio Estadual do Paraná como grandes nomes do teatro brasileiro que tiveram sua iniciação neste colégio.
O Beto é um sujeito espirituoso e relatando sua estada com apresentações na Itália, França Espanha, Bélgica e Portugal. Ficou claro que sua maneira de ser veio afetada com que tem de melhor naquelas paragens com mais de 2.000 apresentações. Em uma conversa no saguão de um teatro na espera de outra peça do festival conversamos sobre o fado português. Ele falava da violá portuguesa numa conversa destas de definições mútuas como a violá é estridente com som agudo e ele completando que ela brilha.
Mas brilho mesmo é o Beto Hinça com amadurecimento dos 25 anos de carreira e sua vida uma peça de teatro num metateatro que são suas obras. Volta para apresentar em escolas deste estado fazendo a alegria de crianças e adultos num mundo que precisa a voltar a sorrir. Uma educação voltada para o lúdico completa e realiza a necessidade da volta as origens da natureza. Volta com um repertório como o "Felizberto e a Felizbanda" e "Araújo e Ofélia" de concepção em Portugal.
domingo, 21 de setembro de 2014
Estilhaços e [...] algo assim
Um domingo como deveria ser todos os domingos. Todos os dias deveriam ser domingo e dia de criança brincando. Os animais brincam, as crianças brincam e os adultos pensam que amadureceram. Mas basta chegar o domingo para aqueles adultos voltarem sua atenção a criança em si quando arrastam o cachorro e rolam com as crianças no gramado.
![]() |
Elenco do Estilhaços e [...] algo assim |
A colocação
de um jogo infantil estabelecido na natureza animal que se reflete em outros
animais, que não da nossa espécie, vem universalizado. Tanto que um adulto sabe
ser criança como uma criança e volta sempre a suas origens primitivas. Um
cachorro morde a orelha de um outro na brincadeira sem machucar representando
que estão com raiva um do outro, e as crianças interagem nesta sintonia.
Um ator é abençoado duplamente quando estabelece este nexo. Pode parecer sem sentido isto. Mas ele é que faz a separação tênue entre natureza e cultura humana. E toda a nossa criação não vem das necessidades humanas como pode parecer. Ela vem desta possibilidade de brincar como um sonho da vidaem contemplação. Principio
básico para a cultura. Pode-se até criar pela necessidade imposta sem ser as
grandes descobertas pelo sonho. A nossa racionalidade é um devaneio, um ser
desperto no mundo.
Um ator é abençoado duplamente quando estabelece este nexo. Pode parecer sem sentido isto. Mas ele é que faz a separação tênue entre natureza e cultura humana. E toda a nossa criação não vem das necessidades humanas como pode parecer. Ela vem desta possibilidade de brincar como um sonho da vida
sábado, 20 de setembro de 2014
O peidinho nas imagens são palavras que sumiram
Ontem a noite eu estava sentado naqueles bancos de praça no saguão do
Teatro José Maria Santos em Curitiba, e uma garota encostada na parede ao meu lado que
só constatei ela quando ela deu um peidinho.
em você. Está criança que
estabeleceram não tem nada a ver com idade. É algo que estou falando num artigo
do meu curso de pós.
O peidinho dela era despreocupado e prolongado que parecia fogos de
final de ano. Muito feliz que quase dava para interpretar como lá...lá...lá... a garota deve ter problemas de audição por achar
que ninguém estava escutando ou fez só para que eu escutasse. Daqueles peidos
invisíveis que a gente dá em público.
Mas o sonho só acabou depois que assisti a peça do teatro de bonecos "As imagens são palavras que sumiram". E quando sai do teatro meus olhos me diziam: que maravilha a gente assistiu. Não sabia que o teatro de bonecos tinha tantas imagens.
E depois de me encher tanto o saco constatei que na rua do largo da ordem tem algumas garotas desfilando de bicicleta. Conclui que nunca vi uma garota de bicicleta que seja feia. As bicicletas são molduras que contornam suas belezas. Apoio as bicicletas só para ter o gosto de ver quadros inspiradores. E Luciane Figueiredo, que trabalho lindo o seu.
A peça faz parte do Festival de Bonecos que está
ocorrendo na cidade. E pode ter certeza que ele vai resgatar a criança que tem Mas o sonho só acabou depois que assisti a peça do teatro de bonecos "As imagens são palavras que sumiram". E quando sai do teatro meus olhos me diziam: que maravilha a gente assistiu. Não sabia que o teatro de bonecos tinha tantas imagens.
![]() |
As imagens são palavras que sumiram |
E depois de me encher tanto o saco constatei que na rua do largo da ordem tem algumas garotas desfilando de bicicleta. Conclui que nunca vi uma garota de bicicleta que seja feia. As bicicletas são molduras que contornam suas belezas. Apoio as bicicletas só para ter o gosto de ver quadros inspiradores. E Luciane Figueiredo, que trabalho lindo o seu.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Marat Sade - Teatro da Reitoria.
Amanhã é dia de assistir o "Marat Sade" do meu ex professor Jul Leardini. Grande figura com suas peças de teatro. Uma ligação muito boa com bons atores profissionais de Curitiba e assim um belo trabalho no palco. Fora as óperas que ele costuma fazer que não fui assistir. Professor formado em filosofia.
Foi meu professor de dramaturgia no antigo Sir Laboratório ArtCine. Ele, e o Valêncio Xavier como professor de roteiros. Eu estava bem de professor, com ilha Quantel da época e aulas com câmeras de película, que sorte em? E como pano de fundo rolando o filme "Oriundi" com muitas das internas no Sir Laboratório. Bons tempos. Uma hora desta vou passar para uma mídia um filme da Lala Scneider em 16mm inédito que rodamos. Tenho uma preguiça danada. Mas uma hora me animo.
Lembro do Valêncio com sua mania de fumar. As cadeiras do anfiteatro que era nossas aulas toda carpetada e as paredes de madeira própria para som. Para se chegar a mesa dele é como no teatro da reitoria que tinha de descer degraus e ele ficava lá embaixo. Com o detalhe que pela sofisticação do espaço de um anfiteatro pequeno e intimistas que não comportava um fumante. É claro que os dois estúdios de gravação cabiam uns dois boeings dentro. Exagerado não? E ele era o rebelde, fumava. Não estou vendo isto como um lado negativo e sim vendo que ele tinha suas características, e na época todo mundo era uma chaminé. Gostava de falar do Inri Cristo e do filme Pixote que ele tinha participação no texto. Foram tempos do Mez da Gripe que ele autografou e tempos depois tive que vender por falta de dinheiro.
Já vivi alguns momentos. Uma hora desta falo como foi minha morada no Rio na casa do Carlos Manga, já adiantando que no meu quarto tinha uma moviola com o tamanho de umas 3 normais.
Passei por coisas inusitadas, como a Suzana Amaral rodando o filme "Uma vida em segredo". Será que a vida me reserva alguns estimulantes como estes, ainda?
Noite do desabafo ou sei lá o que é isto.
Teatro da Reitoria 20h00.
sábado, 3 de maio de 2014
Iracema 236ml
A selvática é um grupo de difícil digestão. E falar deles é quase um sacrilégio diante da falta de linearidade nos trabalhos. Eles são diferentes e sei que sou diferente deles. E procuram uma aproximação no diferente que atinge em cheio no teatro. Há um choque aniquilador de uma honestidade de mundo. Sempre um "país das maravilhas" se pluralizando. Abusam na imagens e não tem medo dela. Brincam com os sentidos visuais e com uma entrega abrupta que chega marcando. São capazes das maiores loucuras e isto não é só neste trabalho.
Iracema é sem dúvida o melhor trabalho deles, e olha que já assisti uns trocentos de uma continuidade insistente de obras de um enganchamento de grupo. Este ainda dá um embasamento linear por estar com o pano de fundo a literatura de nossas terras, se é que é nossa, e se for também dane-se. Faz uma crítica consciente de um consciente fragmentado destes que temos interiorizados e se tornando prática que no geral o humano faz pouco proveito. Nunca chega ao formal e sempre permanece no dinâmico e dinâmica do mundo. Revelam e tentam revelar o mundo como ele é e este é o ponto que mais me aproximo deles.
Este espetáculo é impressionante do começo ao fim e o grupo de envolvidos fazem dele uma entrega total. Grandes atores e um ganho com a incorporação do Bello que tem uma presença de palco inegável. Falar de um deles é até um pecado diante da grande atuação de todos eles. Cada um tem sua especificidade que sabem somar e a presença aflora sem perder no ganho da cena. Cada cena em quadros seguram com precisão muito pela entrega do trabalho e do grupo que acabam sempre juntos. Com certeza é um dos melhores trabalhos que assisti ultimamente e como é o ápice e "não tenho culpa da miséria humana" não garanto que possa repetir a grandiosidade deste trabalho. Quando se chega a este ponto todos tem que ver porque é onde a arte se manifesta na sua grandeza.
Poderia dizer que esta minha colocação estivesse na condição despretensiosa de Kant. E que o gostar não se relaciona com nenhuma forma de absorver como uma crítica. E é aqui que vejo algo que não deu certo na argumentação porque o trabalho instiga a reflexão. Não é uma destas reflexões das mais normais diante de um grupo que é o mais maluco que já vi. Lembrando que buscar referências neles é algo quase impossível mas lembra o teatro absurdo na forma de uma irracionalidade que acaba não sendo. Não tem nada de irracional sendo que ela tem um íntimo fragmentário honesto do nosso olhar que não é colocado na prática. Mas num momento de introspecção ela está lá bailando. E é esta honestidade percebida por eles é que faz toda a originalidade do trabalho deles. Sempre vejo como uma construção de uma biografia que a autora brinca de ser que passa como numa passarela neste mundo que não temos culpa pela miséria humana que nos foi imposta.
Eles estão no Teatro Novelas Curitibanas com entrada gratuita. Não prometo que vão gostar. Mas pode ter certeza que o trabalho deles sempre se repete nestas características e não vão mudar. Aceite que é melhor. A crítica da imprensa já percebeu isto e vem destacando eles então é uma boa hora.
http://guia.gazetadopovo.com.br/teatro/iracema-236ml/9022/1205/
Assinar:
Postagens (Atom)