quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Era da Reprodutibilidade Técnica da Arte Sem o Fim


Walter Benjamin estabelece no seu livro A obra de Arte na Sua Era da Reprodutibilidade Técnica, uma arte "põem de lado conceitos como o de criação, genialidade, valor eterno e segredo."  Mas isto não confere a algumas artes importantes como a música e ao teatro. A música sempre se reinventou bastando olhar para milhões de músicas sendo tocadas em rádios e sempre uma diferente das outras. Claro que existe uma planificação própria desta arte na arte de se fazer música. É como um geômetra que igual a outros geômetra conclui sempre uma mesma matemática. Só ultrapassaria se o humano ultrapassasse o seu ser humano na genialidade. Isto é possível? Se não fosse possível então a possibilidade de entender profundamente o quântico seria impossível. E sabemos que vamos chegar lá na nossa ciência. E a episteme na estética se renovando é fundamental para o otimismo de nossas vidas. Mas jogar todas as fichas na ciência como se ela fosse o galardão do futuro da humanidade não é próprio nem na razão do materialismo de Diderot. A "reprodutibilidade" é muito redundante para impor toda a ciência a serviço dela. 

Máscara do Teatro Cultura - Curitiba
No teatro a criação se faz de muitas maneiras, no trabalho do diretor que quer colocar uma proposta nova. Tanto que a proposta do Teatro Antropoceno que é a descoberta de novas maneiras de se fazer as coisas no cotidiano destes tempos contemporâneo diante das muitas complexidades e adversidades que vem numa transformação humana e tecnológica. Aquela da natureza resiste e ainda mantem uma originalidade tradicional que não deixa o humano entrar de vez num simulacro ou loucura. 

O teatro no geral se faz com um texto, ou não texto no contemporâneo. Mas mesmo com o texto a questão da representação é buscada pelo ator na ação e no gesto com originalidade que lhe vai conferir o mérito. Isto é a arte do ator.


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