segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A Arte com Liberdade ou com Critérios


Tem um projeto de cinema que passou na avaliação para arrecadar dinheiro e assim se tornar viável o trabalho artístico. E fazer cinema envolve uma parafernália de coisas a ser feitas como organização de técnicos e cronograma de eventos de filmagem. E ainda mais o conhecimento das várias etapas do cinema deste a captação das imagens, depois a edição. Exigem um monte. 
A parte de roteiro fundamentei dentro do tempo que me preparei para isto e sempre procurando melhorar minha performance de conhecimento e assim fazer um bom trabalho. 

Mas o grande problema é aquilo que devo me adaptar no sistema para viabilizar o meu trabalho artístico. E o sistema pede que eu esteja afinado com o comércio burguês. É a tendência já que o projeto precisa de financeiro. É a grande barreira entre a superestrutura e a infraestrutura de Marx que deve ser rompida e entre eles uma grande aproximação. Explicando de forma simples: é o pobre interagindo com o rico por um bem comum. 
Só que nisto tem um problema já que o pobre não tem estas intimidades a não ser por sorte ter um parente rico ou uma oportunidade que não tem nada a ver com o talento do artista. A produção artística fica submisso a sorte daquele com a chance maior deste relacionamento. 

E depois disto tem a hipocrisia de um trabalho artístico sair nas mídias como aquele que fez um grande trabalho. Claro que pode ser um grande trabalho. Mas não é uma corrente holística submetendo as várias qualificações excluídas. É um todo doentio e assim nesta filosofia não chegando a um além. Aqui eu entrei nas bases filosóficas. 

Então, fora o artista se preocupar com seu desempenho artístico na obra, ele vai ter que se preocupar com algo muito maior que é transpor a barreira da superestrutura burguesa. E os burgueses não estão preocupado com uma estética cultural artística. Eles querem a comodidade deles em outros aspectos consumindo valores que passam longe de seus serviçais. 

Quando as teorias de gabinetes acadêmicos nas universidades criam teorias do fim da arte, em nenhum momento eles estão falando desta crise das classes. Principalmente o burguês que nunca vai aceitar dividir os seus valores de autoestima. A manutenção do mais baixo é a reafirmação na manutenção de sua potência. E o pior prejudicado nisto é a arte. E como é feito nestes condicionamentos se pode afirmar o fim da arte. Uma arte assistencialista não se sustenta em critérios de boas intenções culturais. 

sábado, 28 de outubro de 2017

Pacto da Mediocridade


Não é difícil perceber o tal pacto da mediocridade quando as pessoas gostam de uma mesma coisa e nele se afirmam como estando num caminho certo. A sua existência fica marcado em fazer aquilo que todo mundo faz sem sair da ordem pré estabelecida. Uma conformação com os novos modismos num mundo que se reordena como cosmos sendo criados. E estes cosmos nem sempre tão bem elaborados para justificar a massa extasiados nela. 

A música, um dos sentidos mais valorizados por ela não ter um tempo definido atingindo a alma e essência da comunicação a partir do momento que o homem fala e se comunica contagiando um social acaba entrando neste mundo prático com gostos empurrados por um senso de mediocridade quando todos gostam de uma mesma música nivelada por baixo. Eles querem participar deste mesmo grupo dos que gostam e se impressionam sem ter consciência que gostam porque o outro gosta. E é parte da divisão de poder não ficar atrás e gostar também. A reação que precipita toda uma formação estética contemporânea no jeito de ser, como se fosse trilha sonora. Basta ver o que foi o Rock in Roll e o modelo americano de se viver.  Ganhando mais dimensão se tendo consciência de que tudo tem um tom sonoro na subjetividade. 

Há uma totalidade combatida e ao mesmo tempo aceita e nem sempre bem direcionada para um ser humano melhor. Quer dizer, a visão geral é uma massa ruidosa carente de uma consciência sem ter acesso a educação devida para perceber que a individualidade tão necessária no tempo moderno de adorno precisa romper com o cosmo. 

O cosmo foi uma religião filosófica de um totalitarismo metafisico sendo quebrado. Mas quem tem acesso a uma ruptura desta? Até os doutores sabem disto mas exigem um discurso homogêneo e de acordo com suas convicções instrumentalizadas. Basta ver seus históricos de tacs sem ser polifônicos. Instrumentalizaram um saber chutando cachorros sem donos destes que sobrevivem num mundo mais denso acoitando a corrupção externalista. Querem brincar com o mesmo brinquedo quando demonstram o mesmo daqueles viventes práticos na busca do pacto da mediocridade. Não externam uma individualidade convincente num mundo de ser aí. Não gritam nas vozes dos cínicos por não terem competência para falar com o mundo de uma forma impregnante e de ser mais. Se fecham nos seus cosmos e são capazes de neste pacto do cosmo desfazer do diferente. Se apegam a métodos explícitos de impor regras do seu cosmo fédito. O mundo avança. Mas não vem avançando como vocês. São apenas uma roupa que se pode vestir. Não fazem a diferença. E fazer a diferença é pulsar grande no mundo contemporâneo. Basta ver seus professores* apontando o caminho nesta individuação.

*Professor aqui não é um de carne e osso.  

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Marx: Um Hippie da Modernidade


Como professor pesquisando as coisas do Carpe Diem e o "Filósofo do Jardim" Epicúrio me deparei com uma questão interessante. Que foi chegar em Marx. 
A tese de doutorado de Marx foi sobre Demócrito e o átomo, a grande contribuição científica da era moderna chegando até a bomba atômica. A física entrou em êxtase com os átomos e toda a materialidade do nosso universo. Um homem e os seus, de muito antes de Jesus Cristo já tinha uma contribuição para a humanidade no pórtico dos heróis. 

Mas como cheguei em Marx? O estudo era do Epicúrio e o Carpe Diem. E Epicúrio tinha como centro a descoberta do átomo e da liberdade de Demócrito. Daí fiquei pensando: será que o Marx fazendo um doutorado em Demócrito não estudou o Epicúrio. E não é que na abertura da tese do Marx sobre o tal tem um texto sobre Epicúrio! E a partir daí se pode pensar o materialismo ateu de Marx. 

Neste paraíso do "Filósofo do Jardim" tinha uma peculiaridade tão em falta hoje em dia, que era a participação das mulheres. Era um retiro destes que as pessoas formam uma comunidade separada para viverem. E as mulheres são aceitas na comunidade. Estou falando isto pela exclusão das mulheres hoje no Brasil, como foi feito com a Dilma com a velha citação de que ela não participava da corrupção política, "não bebe Whisky", usando aqui uma abstração filosófica e não direta sobre política e corrupção. Todos sabem que as mulheres votam e tem suas opiniões e participações. Mas numa profundidade no patamar da superestrutura é um degrau que elas não ascenderam. E quando chegaram lá tiveram que regredir um degrau. Nem sempre as pessoas conseguem chegar numa abstração, principalmente se não fizeram filosofia no ensino médio. Mas pode ter certeza que estou dizendo algo a mais. E o Brasil empobreceu não só no econômico.

Não conclui este texto porque ainda estou na fase de reflexão. Claro que poderia escrever muito mais coisas. Mas acho que está de bom tamanho. Não vou ser um doutor instrumental aqui porque não sou doutor. O Marx era doutor e foi capaz de ultrapassar o instrumental. 

*liberdade de Epicúrio

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Um diálogo sobre entorpecentes.


Podia se dizer que o título estaria mais próximo de algo como "o que é entorpecentes?". Entorpece o quê? É possível se ter um novo olhar sobre o assunto que não seja este de uma ditadura de que o entorpecente é proibido? 

Vivemos num mundo que ele já veio pronto antes de nascermos. O que Durkheim chama de "externalismo". Quando nascemos não aprendemos só o básico da vida que é andar e comer. Aprendemos um sistema aprimorado por uma racionalidade. E nele a desigualdade é parte existencial. Alguns nascem com maior sorte e outros em situação precária diante deste sistema. Em destaque estes que são grande maioria. 

Num olhar humanista o homem em sua casa ele se encontra confortavelmente num sistema dele. Um privado reinante do momento mais próximo do seu eu natural.
Mas, quando ele dá um passo para fora do portão de casa as coisas mudam muito. Ele é um ser público, social político Aristotélico. E este externo é primordial para tornar o seu privado digno. E é aí que a dificuldade aparece diante de tantas desigualdades e lutas para atingir um objetivo. O sistema se torna ingrato. 

No alto dos morros do Rio de Janeiro se tem as duas coisas. São aqueles do seu privado que enxergam a cidade. E há uma racionalização incorporado ao seu olhar sobre a cidade. A interferência da visão e as lembranças do sistema se tornam mais presentes. E é aí que cabe o entorpecente. Ele precisa acreditar que aquilo não pode ser o sistema que o oprime. Ele é o escravo Epicteto se acomodando ao mundo.

Medidas de um estado policial numa ditadura de sistema compram uma guerra que é invencível. O sistema precisava mudar para que tal coisa perdesse importância. Aqui já se aproxima do discurso que todos conhecem e sabem que é isto mesmo: marginal é o consumidor das substâncias. E este marginal sem ser exclusivo de um econômico como ampliando para uma visão estética deste mundo gregário.

E acabando com a substância se acaba com o outro lado negativo  do sistema opressor? Não tem como haver uma coexistência harmônica enquanto as partes não se decidem?  
Porque será que eles não pensam o outro lado? É um lado ditatorial de um sistema, de uma aceitação dos valores impostos pela cidade imperfeita de Platão? 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Um Novo Império no Brasil. Fim da Ninhada de Ratos


"A condenação de Sócrates, que constituem um momento decisivo na história do pensamento político, assim como o julgamento e a condenação de Jesus constituem um marco na história da Religião. Nossa tradição de pensamento político teve início quando a morte de Sócrates fez de Platão desencantar-se com a vida na polis."*

Vivemos um desencantamento com a política numa pós democracia e envolvido por uma corrupção tomando conta do estado. Os três poderes se misturam entre aqueles que julgam e são julgados numa mesma proporção corrupta de oportunismos. Ninguém acredita que um deles está a serviço do Brasil, quando um caindo leva o outro junto. Uma nobreza capitalista dentro destes poderes fazem um confronto direto com os interesses do povo. E dá para desconfiar do purgador do estado defendendo seus interesses com a mesma moeda. Os militares estão no páreo e é natural um dialético de interesses. 

Muito se fala da sanguinária ditadura no Brasil. Uma campanha política contra a iniciativa é óbvia diante da substituição dos militares pelos políticos no comando. Então eles produzem uma orientação de retórica no sentido de não voltar a ditadura militar. Assim foi em Roma, e mesmo assim chegando a um império com os militares conquistando todo o mediterrâneo. Alguém vai menosprezar o Império Romano na nossa história? 
E eles podem voltar no Brasil? Podem! A qualquer momento e sem divulgação de mídia. E a mídia vai estar toda com eles. Basta lembrar do histórico da Rede Globo e seus elogios no passado. Hoje eles estão de um lado do poder. Mas mudam de lado assim que se sentirem ameaçados e necessitando de continuidade. Hoje tem muitos subterfúgios burocráticos que a Globo usufrui para a sua manutenção. Mas, com os militares de um dia para outro eles podem fechar a Globo e ela não vai poder fazer nada. Então de que lado ela vai ficar? E se a mídia faz os militares purgadores, então o povo vai consumir a propaganda como sempre. 

Há uma conversa nos bastidores e uma briga de interesses entre os generais diante da possibilidade de repensar o Brasil. É claro que os interesses não são visualizados pelo povo como foi na 1ª República. E um general discursando este tema na maçonaria não é pouca coisa. 
Os militares continuam ainda com um poder subestimado. As provocações aparentam não atingir eles. Se estivessem enfraquecido as vaidades produziriam uma reação. Eles sabem do poder e sabem da possibilidade fisiológica da política diante do caos do estado. Não estou defendendo a ditadura e sim só argumentando para a possibilidade. Ninguém acabou com a ditadura no Brasil e ela volta tantas vezes necessárias. Pode até estar anestesiada com preguiça de poder. Mas na hora do aperto no dedão vai ser como os militares fizeram com D. Pedro II, e a derrubada do império. As condições do Brasil não favoreciam o exército e eles reagiram, e assim vai ser sempre no Brasil. Podem incluir isto como tradição política de estado. No mundo todo é assim.   

*Citação da Hannah Arendt no livro A dignidade Política. 





domingo, 6 de agosto de 2017

Lula no Exílio


Como em outro artigo manifestei a preocupação diante da história brasileira. O supremo do sul numa postura mais conservadora e de uma partição de poderes num supremo, de certa maneira incoerente já que temos outro supremo, adotou a postura da condenação do Lula. Já era esperado. Estamos no sul e o Lula não é destas paragens. Nas eleições ele sempre teve voto do norte do Brasil e aqui a vocação é da elite rica e daqueles que se acham ricos, que é muito maior. 

A história Brasileira conta como foram combatidos os presidentes populares. Aqueles que faziam os gostos do povo. Getúlio Vargas é o maior exemplo. O estado assumiu a sua maior postura de superestrutura independente da vontade do povo. Definitivamente não estamos numa democracia. Querem salvar o Brasil, do povo. 

A vontade de condenar o Lula é marca registrada e muitos já perceberam a intenção. Intenção cada vez se materializando mais. Fica aquela brecha da duvida e muitos pensando que não é possível um final deste. Mas não tenha dúvida que a história da democracia no Brasil vai ficar mais suja e sempre haverá os atentados contra o povo. E logo em seguida no dias da condenação do Lula minha sugestão foi o exílio. Ele que vá para a França ou para o Uruguai como o Jango. Embora a elite destes políticos corruptos ande dominando o Mercosul. O povo foi condenado e encurralado. Era muito para eles um brasil com participação do povo. E rezar para que nenhum destes consiga se manter num pós Lula. Que acho difícil. Estamos no brasil. 

Thompson disse que Moro fez análise minuciosa das provasReprodução TRF-4

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Desobediência Civil


O mundo hoje é uma contradição se pensarmos pelo lado das leis e da moral. Se olharmos para a violência com mais serenidade vamos ver as causas dela. Um povo não fica mais violento do nada e alguma coisa anda muito errado. Um estado de coisas alicerçados em valores tradicionais quando o tradicional não é atualização. E nada que não seja atualizado nesta retórica acaba provocando um defeito no jeito de ser. 

As leis são feitas por costumes de um povo comum estabelecendo regras de convívio em sociedade. Mas como é feito tais regras? Elas são feitas e votadas por deputados e senadores e governos que determinam o modo de um povo se organizar. Só que é conhecido o modo de vida dos políticos envolvidos e como fazem e porque fazem tais leis. Tidos como representantes são muito distanciados daqueles que eles representam. Grupos econômicos dominam estas lideranças e acabam tendo interesses na sua maioria, financeira. Outros e por milênios vem de uma cultura medieval estabelecido no uso da metafísica clássica de forma não apropriada e carregada de moral religiosa. E muitos perguntam as razões de nós estarmos assim. Muitos dizem que não entendem a violência e este modo de vida. E ela não é difícil de entender. Basta uma pitada de reflexão e acha a causa maior que leva a infelicidade de um povo ao fatalismo. Uma tragédia do caótico. Não querem acabar com a violência. Eles querem a violência para justificar suas retóricas. Nada é moderno nisto. É perverso mesmo. 


quarta-feira, 26 de julho de 2017

A Herança maldita que não respeita um povo.


É engraçado a história da civilização ocidental se pegarmos as tragédias gregas como a Antigona filha de Édipo que casou com a mãe. O grau de parentesco na reprodução não é saudável e se sabe que não gera filhos perfeitos. E para piorar Édipo vem de uma geração de Laio que era o manco e toda uma sequência destrutiva. E a herança somos nós ocidentais. Então temos que nos acomodar com uma construção num ser humano diante da possibilidade destrutiva. Não dá para ser perfeito. Isto todo mundo já sabe. 

O que realça a Antigona é o estado se intrometendo nas relações humanas. Ela queria enterrar o irmão e o estado não permitiu. O estado queria que o irmão fosse abandonado morto ao relento. E ela enterrou e o estado providenciou que ela também fosse enterrada, como punição. 
É este olhar que faz a minha convicção de que as pessoas não podem ser um estado. Elas precisam transcender nesta moral. O fascismo cruel diante de episódios que não se sustentam. São afetos prevalecendo diante do óbvio. A falta de um juízo responsável é o que choca. O que houve com a consciência brasileira? É preciso enterrar pessoas por um estado de coisas que só levam a gente para um abismo? 


terça-feira, 18 de julho de 2017

Febre da igualdade e a igualdade funda a desigualdade


Este título tirei de um prefácio do texto O mestre ignorante de Jacques Rancière¹. E ele tem muito a ver com nossos dias no Brasil.

Nos governos de esquerda ficou muito claro o investimento na educação, com novas universidades e um indivíduo aberto para uma nova captação do saber. Sair da ignorância e do superficial é algo profundo como meta da igualdade em alto nível. Um grande acerto da esquerda. Mas isto tem consequência:  

O acesso ao conhecimento leva a desigualdade também. Alguns se tornam mais preparados e aqueles que não buscaram ficam mais ignorantes diante destes olhos. E isto acaba numa intolerância prática com aqueles que vivem do comércio e numa bifurcação para o consumismo, de repente, se vê numa burguesia desprestigiada de novo. Lembrando da revolução burguesa francesa. 

Um outro lado é a "febre da igualdade", termo tirado do mesmo prefácio que leva uma população a um patamar mais elevado na sua qualidade de vida e de consumo. E agora na polêmica da passagem de classe pobre para abastecida. E aí o namoro com a classe burguesa é consequência. O indivíduo precisa se ver potencializado para a conquista e nisto defende o futuro e não o seu presente. E isto bate com a demagogia política com as promessas de futuro e desprezo pelo passado. Então tudo que se fez e se conquistou já não vale mais nada. Infelizmente é o sentimento predominante hoje no Brasil. E a atmosfera de um caos se estabelece e a revolução dos desiguais é suprimida para restabelecer uma ordem burguesa. 

¹ Filósofo francês, um professor intelectual com grande visibilidade no mundo. Professor da universidade da Universidade de Paris VIII. 

Os absurdos da representatividade democrática em coluio com o jurídico


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Moro x Claudia Cruz, o silêncio da Lava Jato


Hoje o absurdo é a falta de tornozeleiras eletrônicas para o coronel corrupto Geddel das 12 fazendas. Com tanta propina e não se tem um valor para tais assessórios. Com certeza não falta algemas para os pobres sem os grandes advogados de defesa. 

Mas o assunto desta não é este e sim o silêncio da Lava Jato. Já foi notado a redução na sangria que passa por um subjetivo sem a materialidade da constatação. É aquela forma hipócrita de jogar para as massas os pontos que devem ser polêmicas e aquelas que passam despercebido por falta do foco da mídia. 

Tem um fato que não quer calar. O nosso Clark kent que desconfio que é o investidor do filme Lava Jato, pelo jargão da sentença culminando com aquela do título do filme e provavelmente vai ser usado pelos atores, se é que não é um roterista que escreveu para o Clark kent que vai acabar como um herói ridículo. Só idealizado pelos crentes milionários da Batel em Curitiba. Mas o Clark Kent teve em mãos muito antes dos outros o inquérito da Claudia Cruz. 
Um juiz rigoroso como diz ser. Inocentou a Claudia Cruz e continuou sentenciando a mulher do Lula depois de morta. Ela não morreu para ele porque transferiu todos os negócios dela da época para o Lula, como a aquisição de uma cota do apartamento antes de ser triplex. Ela não está aqui para se defender. Então o Lula assume tudo sozinho. Mas tanto rigor do nosso herói não levou em conta a quantia de dinheiro que a Claudia Cruz gastou na Europa. 

Fazendo um juízo de valor, já que tenho como conteúdo nas minhas aulas filosofia coisas do tipo, se chega a uma conclusão. O silêncio da Cunha não foi pago com malas de dinheiro. Foi pago com a liberdade da Claudia Cruz. Uma hipótese razoável ao meu ver. Minha intuição diz que neste silêncio da Lava Jato entrou acertos de desconhecimento geral. E no meu power point diz que faz parte do grande golpe daqueles que se dizem brigando e no fim criaram um movimento com objetivos determinados. Para quem usa ferramentas que ultrapassam as leis como Giges, não pode estar bem intencionado. E vai continuar usando as mais diversificadas ferramentas para chegar num fim. E como acho que a inteligência é pouca o objetivo é só se tornar o espelho de um ator da Globo. E seria uma tremenda de uma idiotice se fosse o financiador anônimo do filme "A Lava Jato". Que é muito estranho um filme de interesse nacional que envolve a política não ter uma transparência já que está jogando dinheiro num recado para o seu povo como verdade. Tem algo muito podre que tem o apoio da polícia federal.   

O Bourdieu, sociólogo francês tem um palavra crucial que é o "campo". Uma situação favorável é devido a um "campo" de coisas que tudo leva a aquilo. São energias se centralizando. No caso do Lula o "campo" não existe. As forças que o atacam são fortes. Tem o povo, mas este na sua maioria é influenciado pela Globo. Mesmo eles fazendo parte da atmosfera do Lula. E todos sabem que no campo adversário se encontra o alto grau dos nobres fazendo a vontade dos absolutos. O judiciário é bem pago. Um exemplo é os professores sofrendo com quebras de regras e leis que garante um pouco de dignidade e mesmo recorrendo a estas justiças eles garimbam as truculências. O "campo" não favorece aos pobres e ao Lula. O melhor é um exílio no Uruguai como o Jango para descansar dos seus feitos não reconhecidos. 

Comer um baião de dois em Paris deve ser uma realização com o dinheiro dos outros. 

terça-feira, 27 de junho de 2017

O Ressentimento do Moro


Alguns sabem do caráter existencial da vida. Nada se leva. E nele se tem a memória do feito de algo que "não valeu a pena". E falando da pena é aquilo que foi escrito de uma história da escrita do passado que toda a moral exigida talvez não tenha sido tão boa. Isto lembra o ressentimento que temos da tragédia Antígona (filha de Édipo) querendo enterrar o irmão e o estado de Creonte não permitindo. E por ter enterrado acabou sendo enterrada viva. Todos percebem a injustiça do estado diante de um ser no mundo como uma substância interrompida por um acidente moral. 

O brasileiro já percebeu que temos um Creonte em nosso meio que é capaz por uma justiça estabelecer uma sentença contrária a uma população. Um juiz com cara de Clark Kent que um dia vai ver linhas bem definidas na sua face ressentida nas crianças brincando no mundo recomeçando o ciclo. Uma imagem histórica de um engano como um vírus de uma época de uma epidemia totalitária já que atingiu a todos. Todas as doenças devem ser curada. Mas não é no momento que ela se apresenta e sim os mecanismos prevendo elas. O moderno como harmonia é a nova faceta para nos livrar do acaso. E não fatalidade trágica como forma de suprimir o acidente.

O que está em jogo é uma nação inteira. E que a justiça nele não seja insana com este povo. Muita moral é um erro já que vai entristecer a todos. Se existiu pecado, então deixe com os persas e no rudimentar americano que não vem contribuindo para um mundo melhor fazendo guerras. A moral maniqueísta religiosa exacerbada não combina com o estado moderno.   

  

terça-feira, 20 de junho de 2017

A inteligência baixa do Sérgio Moro


Sempre me perguntei as razões por achar o Moro com um Qi baixo. O tipo do herói que não deveria ser o herói. Claro que dentro da especificidade de indivíduo ele deve desenvolver as suas convicções e um alto grau de aprendizado. Mas a figura, o retrato do Moro aparenta algo que ele não é? Quem é o Moro em si mesmo? Será o super homem disfarçado de Clark kent? Ou um Clark qualquer da família Clark. Há uma perseguição contra o Moro de que ele tem uma parceria americana. E em suas brigas sobre isto ele fala de uma forma que não deixa margens de dúvidas. Presumindo que ele sabe deste auto retrato. Já falaram até que ele era espião americano. Uma imagem pouca brasileira não chegando nem um pouco perto do retrato do Lula do povo Brasileiro. E nisto ele prefere sair em retratos engomadinhos dos liberais. 

Mas a minha avaliação estética não está no plano do corpo e sim naquilo que individualiza o ser Moro na sua ação. O que torna ele aos meus olhos um algo pouco inteligente. É no nível da crise construída. Claro, com os elementos todos as mãos para se estabelecer a crise. Só que uma crise sem a dialética construtiva própria de Marx. O único pensante desta maneira de se construir uma crise positiva. A nossa crise brasileira foi de baixo nível com prejuízos extremos. Poderia citar os prejuízos conhecidos. Mas dentro daquilo estabelecido entre o Moro e a crise é a maneira que levou suas investigações. Além de diminuir a instituição justiça quando poderia ter um ganho por defender o povo brasileiro. Ele preferiu quebrar regras da justiça. Principalmente num momento que se precisava dela em um patamar elevado. Pactou com a mídia policial levando um povo a discursos maniqueístas e aberrações fascistas. Uma direção para a crise sem uma liderança positiva pensando no povo brasileiro. Uma batuta da justiça moendo os cérebros dos brasileiros e fazendo eles regredirem em uma instituição se consolidando. Ele tinha tudo para ser um grande herói só que provido de um intelecto avantajado lembrado por suas articulações como contribuição. Só que nisto mostra que ele nunca foi do povo por não ter uma ambientação de esquerda. Prefere os resultados liberais levando as desigualdades. É o tipo moderninho se achando o dono do mundo com o anel de Giges acima das regras da sua lida. E um dia a casa vai cair, quer dizer, um dia a consciência dele vai piscar vermelho e vai lembrar o tanto de besteira que fez na vida e o tanto que prejudicou uma nação. E foi só a maneira de levar as coisas, não tirando os méritos dos feitos já que o Brasil está cheio de ratos. Ele tem algo de negativo e destrutivo e até os bons percebem isto. Há um vazio no Moro que ele não soube preencher e satisfazer. A quem ele quer agradar?  Ele não tinha que se preocupar em me agradar já que sou um cidadão do mundo? 

Grande ator da representação

segunda-feira, 19 de junho de 2017

O Panóptico e o Ritual de Sérgio Moro


Em Aristóteles se lembra que tudo é para a felicidade entre os radicais ou extremidades. E depende muito em que situação se encontra. Se os extremos estão em um ambiente radical se busca o meio termo neste ambiente. Eu já chego lá. 

Num processo inconsciente se ataca muito a radicalidade da ditadura no Brasil. Discordo um pouco desta postura já que vivi nesta época. E nem tudo é o que pintam. Mas as razões de desqualificar a ditadura tem um objeto pouco consciente no nosso meio. Ele desqualifica o sistema policial central. Uma iniciativa de destruir qualquer pretensão de estabelecer um ambiente radical militar no Brasil. O rigor do bem por uma boa causa. Extirpar toda a corrupção por meios judiciais. E prevalecer a sua moral de continência. 

A brecha para sua chegada foi se ater a um pequeno detalhe que escapou no sistema. E foi a fragilidade do envelhecimento de uma liderança que brilhou pelo mundo. E nisto vem a sombra e tenta renascer suas posturas como na fênix destroçando lares num objetivo de campo de batalha. Passando até por cima de leis estabelecido em costumes de direito como se fosse legitimado a truculência de uma farda engomada. Muitas vezes citados como vaidade pessoal midiática. Tudo gira ao redor no clima policial. Já não é a ditadura dos 100 mil que culminou com muitas manifestações recentes como no "vem pra rua". Uma coisa é certa. No dia que o Lula nos deixar isto vai ficar um vazio sem significado. Destruíram uma mulher no poder. Os heróis vão ficar como aqueles que apertaram o botão errado. E as igrejas vão continuar empobrecendo o espírito do povo como sempre. O Brasil nunca deixou de ser laico nas suas políticas de poder. No movimento histórico elas marcam ponto. Ninguém é tão bom para eliminar o mau. Ninguém é deus. Que coisa ridícula. Faça certo e não atrapalhe nossas vidas.  O Brasil não aceita a ditadura e não adianta vir por meios de um judiciário enobrecido com seus privilégios que foge totalmente do suor de um povo. 


Dilma, uma mulher derrubado pelo poder mesquinho dos homens corruptos. 


sábado, 3 de junho de 2017

A inquisição da "República de Curitiba"


Todos já sabem o círculo que envolve os homens da justiça no Brasil aqui no Sul. O que poucos sabem é como enxergam o mundo. Mesmo os mais bem educados e pertencentes a uma elite deveriam ter uma consciência sadia e ser referência no modo de vida. Mas eles são perdidos como numa "A Náusea" de Sartre numa rua cosmopolitana de Bouville, com as mesmas atitudes de tirar os chapéus numa cortesia e guardando interiores transitantes corrosivos.

A sede da "República de Curitiba" é as igrejas evangélicas. Com certeza agora eu dei um susto em muita gente que achava que era a Lava Jato. Mas não é. Eles fazem parte das igrejas. Como eles você vai encontrar todos os mais influentes formadores de opiniões e liderança num final de semana vendo as bandas gospel e um público que mistura cantar o gospel com alguma coisa que não sei o que é. Eles também não sabem. As pessoas destas igrejas não sabem se são crentes ou não. A situação que leva eles para este convívio social tem tudo menos religião. Eles não sabem muito bem as razões de estarem lá. Quer dizer, alguma coisa eles sabem: estão lá para acreditar que são burgueses. Mesmo que uma grande maioria de bairro inferiores não chegaram lá. Mas eles gostam de aparentar que estão na classe A. E as conversas denunciam isto.     

Agora eu vou chegar no ponto que eu quero. Uma igreja com muitos membros na certa tem um dom popular. Um dom da classe trabalhadora e até com o viés calvinista daqueles que produzem e se misturam com aqueles que querem produzir. Não deixa de ser um contato social na maneira Max Weber. É bem delimitado a vocação religiosa e aquilo que vem sustentando por longa data. São os futuros novos ricos em busca de oportunidades no caminho para se chegar lá. Não sustentam uma superestrutura e sim o discurso de se chegar a ela. Foi base e é base da revolução protestante. E qual é a diferença destes e os da sede da "República de Curitiba? Eles são a superestrutura! Eles não precisam moldar uma moral para eles. E isto dá um nó na cabeça deles. São perdidos e vazios religiosos. A Bíblia não comporta o rico. E o discurso fica sem sentido. O discurso vira algo comum de um radicalismo moral sem nenhuma razão razoável. Uma coisa é certa para eles. O pobre é uma desgraça. A luta contra a esquerda é a priori. O discurso coxinha é marca registrada. Qualquer conversa podendo não ser sobre política é possível ver o fascismo neles. A moral deles não é nada. Eles ao sair da igreja vão curtir a vida da mesma forma. E pensa num discurso de um pastor que não tem o que falar sobre virtudes sentado em um cofre de dinheiro. Então a persistência na mudança política é algo visível e de um modismo burguês nauseante pelo tamanho das aberrações que sai da boca deles. Eles não fazem por convicção e sim por uma consciência de um público burguês por não ter o que falar como religião. 

Estas igrejas se encontram num bairro que se chama Batel em Curitiba e em outros bairros alto padrão. O meu olhar sobre eles é de um povo inconsequente e não aproveitando aquilo que poderiam ser construtores de potências. E toda esta classe que deveria ser esclarecida num estado laico bate cartão e sai destas comunidades burguesas em Curitiba. E o Brasil todo já presenciou eles se manifestando com suas argumentações de falsas moralidades. Eles se juntam aos corruptos e lideranças debaixo de uma mesma bíblia e num mesmo templo. Eles se conhecem sim. É fácil achar um político sujo ao lado na cadeira de um juiz batendo palmas de louvor gospel. É nojento.     

Aquele que identificou a "República de Curitiba" não tinha noção de uma identidade tão acertada. Só morando e observando este povo é que se percebe o que eles são de verdade. Com eles o Brasil vai ser um simulacro e eles são os melhores exemplos de um simulacro nesta nova ordem cosmológica. A derrubada de um poder político é só por um prazer e por não ter uma moral como base para os seus comuns. E em vez do céu, já que vivem no céu por serem burgueses, apontam um objetivo que com certeza vai afetar eles mesmos. Mas como tudo é moda para eles como shopping, então o discurso não cessa. Continuam coxinhas no extremo. Fazem comparações absurdas e não se tocam por se acharem vaidosos das suas posições.

Carlos Jansson

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Comentários da Sava: "da qual sequer tem conhecimento".

Resposta: Sou filho de pastor e passei a vida toda enterrado numa igreja. E se o texto fosse tão ruim não teria bombado.

Falar que é desta igreja se ganha status social e não religiosidade em Curitiba

segunda-feira, 29 de maio de 2017

PFB - Partido Fascista Brasileiro


O grande problema que o PMDB rompeu com o PT e assim se perdeu a governabilidade de sustentação que qualquer partido que entrar no poder (Presidência)  vai ter que ter. 
Hoje o PMDB (presidente) anda de mãos dadas com o PSDB. O partido dos ricos venceu e tiram direitos como se tira doce de criança e ninguém fala nada. São covardes. 

Como foi uma mulher a traída neste processo, que acabou em impeachment, então a culpa sempre vai ser da mulher. 
Não é assim quando falam que o Vice da Dilma era o Temer? E foi ela quem colocou ele lá? Machões. 

O extremo do machismo no Brasil com o discurso fascista e nem as mulheres perceberam que eram parte de um discurso grotesco. Vivemos uma consciência bestializada e empobrecida. 

Poderíamos ter um partido da "República de Curitiba" com o presidente Moro com sua justiça sofística que absorve a Claudia Cruz que gastou sua propina nos Bistrôs de Paris com o Cunha e continua julgando a Marisa dos "pedalinhos dos netos" depois que ela se foi.
Seus ministros seriam todos os pastores Batistas na sede Batel de Curitiba. Misturam o moralismo evangélico com o moralismo cidadão de direitos e deveres num contrato social laico prevalecendo o evangélico. Uma igreja no ponto mais caro do Brasil onde seus membros são os pobres dos bairros sedentos por posições burguesas, já se considerando uma e defendendo seus direitos de ricos futuros. Pobres iludidos.

Republicanos de Curitiba com seus carros novos desfilam no Batel com um passeio de final de tarde de domingo ostentando seu financiamento bancário polido durante a semana para este passeio. Pobres coitados num Brasil que não vai te dar este status num imperialismo econômico calcado na pobreza, e os mais ricos ficando mais ricos. 
Não é atoa que Curitiba como São Paulo elegem governos com vocações para a direita. Todos sonham com a riqueza e defendem está riqueza sem as ter. O que sobra é estes governos tirando os direitos conquistados. E você cada vez mais pobre.




sábado, 27 de maio de 2017

Giordano Bruno e o Menino do Acre


Procura-se o menino do Acre no pedestal de Giordano Bruno.

Uma polêmica muito interessante tomou conta da internet que foi o sumiço do menino do Acre relacionado ao Giordano Bruno. E vejo um monte de gente falando sobre o assunto sem o devido esclarecimento. Vou me apegar a História e a História da filosofia com a importância da contribuição do Giordano de forma resumida. 

No fim da idade média na passagem para o moderno o homem ocidental redescobriu os textos de Platão e Aristóteles. E é nesta passagem que surge o mundo de Giordano Bruno. A igreja da idade média usava como referência o Platonismo, chamado de Patrística, com o detalhe de não saber do seu uso. Não é novidade. A igreja ainda não sabe sabendo desta referência. Era atribuído seus méritos a Hermes Trismegisto. Méritos de uma religião com vocação egípcia ligado a matemática, Zoroastro e tantas outras. 

No inicio desta renascença moderna houve uma vontade de retornar aos antigos com o detalhe de uma mudança geopolítica no mundo. Já que os árabes estavam tomando Constantinopla marcando o fim da idade média e a passagem para o moderno. Não faz tanto tempo assim, uns 500 anos. Lembrem-se que Constantinopla tem uma proximidade com a Grécia e os textos gregos foram parar em Constantinopla durante toda a idade média. A retomada ocidental era bárbara de certa maneira depois da queda de Roma, voltando a ruralização com o fim do grande império romano, chamado de idade das trevas.
Por uma ligação Constantinopla já foi romana um dia e assim ligada ao mundo ocidental em pleno território árabe, com constantino que deu o nome de Constantinopla fez desta cidade a segunda Roma já que a primeira estava em via de cair, e caiu, enquanto a outra se sustentou durante toda a idade média, a Constantinopla. E aconteceu que estes Árabes tomaram Constantinopla (chamado de império Bizantino também). E nesta fuga deste povo bizantino para a Europa em épocas das navegações, que inclusive descobriram o Brasil, os livros de Platão e Aristóteles acabaram aparecendo nesta renascença européia italiana, propriamente dita, já que as cidades italianas com as navegações dominavam o mediterrâneo de novo com o comércio com o oriente. 

Virou algo muito maluco. O Platão tem a sua filosofia influenciada por Pitágoras na sua matemática e religião orfônica e outros. E um Pitágoras influenciado pelos Egípcios. E isto caiu na Europa sedenta por atualizar já que não sabiam muito bem de onde vinha as influências, contando que era Hermes de Trismegisto do Egito e um monte de religiões do passado já que não tinham os livros de Platão e Aristóteles para confirmar o argumento construído durante toda a idade média. A igreja já tinha misturado tudo. E agora com Platão a matemática ganha um impulso sem que eles pudessem entender muito bem o que estava acontecendo. Entre a matemática estava a química e a física que acabaram chamando de magia. E é mágica. E os magos diante de tantas fórmulas e efeitos ganharam dimensões. E isto assustou. Tanto que os elementos hoje se misturam e formam matérias que se transformam em televisão, celulares, carros e tantas coisas que ninguém parou para pensar na relação de uma com a outra.   

Perceberam o tamanho da contribuição do Giordano Bruno para a humanidade com sua Magia com a igreja queimando ele numa fogueira da inquisição? A igreja na Inglaterra por exemplo queimaram tudo que publicação de matemática porque aquilo era coisa do demônio. Eles não entendiam ainda esta nova descoberta de como olhar o mundo: a ciência. Hoje isto é banal. Mas se parar para pensar vai ver que é algo muito maluco do ser humano. A lógica segue padrões matemáticos. 

Para quem já sabia disto a coisa se torna meio óbvio e para poucos infelizmente. O ataque tentando desacreditar o Giordano Bruno é muito semelhante a ignorância que levou ele para a fogueira na inquisição. Mas ele foi um gênio por cunhar algo que Platão já tinha introduzido no mundo das ideias e outras. Ele legitimou a faculdade da imaginação. Com certeza vocês não imaginam o tamanho disto. 

Botticelli  

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Dilma - O Lixão Brasileiro


Muito se falou a culpa da Dilma por ter o vice Temer. E da legalidade dele ter assumido o governo diante de um golpe. Vozes ecoaram por todo o Brasil sem se ater a um detalhe. A culpa não é dela. 

A culpa de uma mulher ser traída sempre foi do homem. E dizer que ela não bebia Whisky com ele não justifica a traição. Falar para ela que o governo precisa de marido é o slogan mais machista que se pode esperar de uma população. 

As causas das mulheres se perderam nesta virulenta ignorância. O ataque as minorias foi tão grande causando uma náusea a todas as conquistas como se ela nunca tivesse existido. Foi um terra arrasada num propósito de jogar a dignidade brasileira num abismo. O nosso prejuízo não foi só politico. Foi o orgulho de ser uma nação equilibrada. Voltamos a ser índios da ahistória. E aqui separando o político do povo, este povo que se diz mais informados. Conseguiram transformar o Brasil num grande lixão. 

Foto: Reprodução

quinta-feira, 18 de maio de 2017

NÃO ao Impeachment Coxinha


"Quem propôs (o impeachment) enterrou o país e agora quer, de novo, propor o impeachment para voltar toda aquela política que destruiu empregos, lojas, sonhos, que piorou o Brasil. É o mesmo pessoal", disse o vice-líder do governo na câmara o deputado Darcísio Perondi.

A novidade é que não vai deixar passar nenhum processo de impeachment do Temer.

O comentário do Deputado é próprio das opiniões oportunistas que mudam de ideia conforme a conveniência. Esquecendo a origem do golpe deles. E se o Brasil piorou foi por iniciativa deles. O Brasil precisa de mudança e é tirando os golpistas que as coisas vão melhorar, isto ficou óbvio. É um projeto falido, o povo já demonstrou isto na baixa popularidade deste governo. Provavelmente este deputado Darcísio Perondi não se deu conta da gravidade da situação. É mais um destes mesquinhos políticos defendendo interesses. É capaz de tudo. Políticos corruptos só sai do poder com a polícia na porta. Se não respeita as leis vai respeitar o povo? E o pior que as leis são feitas por eles, a gaiola das loucas insaciáveis por poder e dinheiro, num sistema determinista do nosso caos político. 

É muita cara de pau comparar o massacre que fizeram com a Dilma com a corrupção deles. Agora querem se fazer de vítimas. E usar a destruição que fizeram no Brasil como objeto de permanência deles no poder. Eles são a destruição. "Fora Temer" e para o mesmo lugar do Cunha. Presidente na consciência do povo ele já não é faz tempo, e nunca foi. A cadeira e os fantasmas do palácio não aceitaram ele. 

Uma história de amor: Michel Temer e Darcisio Perondi (PMDB-RS) (Foto: Reprodução)

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Mataram meu pai - Francisco Zavascki


Hoje uma bomba caiu no Brasil com os grampos do Temer e do Aécio pela Policia Federal. E na mesma noite o filho de Teori Zavascki fez um comentário nas Redes Sociais. Logo em seguida apagou. Mas antes de apagar a jornalista Kelly Matos fez um print da mensagem. 

Por alguma desconfiança ele alia este evento da bomba com a morte do seu pai. Lembrando dos termos usados pelo Aécio falando em matar, "tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação". E o engraçado que ele isenta o PT da possibilidade. 


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Efeito Pirâmide da Política


Todos sabem no que vai dar na linha da justiça adotada para se chegar no topo na venatória totalitária. Muitos conhecem o "Caso Heichmann" e a defesa da Hannah Arendt que vai naquilo que é o discurso prioritário na política nazista. E conhecendo o caminho a direita vai se aproveitar desta rua larga para atingir o seu objetivo quando no passado foi vítima. Todos sabem que as delações premiadas só vão chegar ao fim quando atingir o alto, o topo. E o topo é o Lula. Não tem como ele fugir do Moro e da 4ª região do supremo que todos sabem ser do sul da "República de Curitiba". 

A sorte foi lançada e o sentimento da maioria do povo já foi descartada dos rumos do Brasil. Se ele foi bom um dia com certeza isto não está sendo levado em conta. Tem aquele ditado que diz: "quanto mais alto se atinge maior é o tamanho do tombo". A memória de um povo feliz vai se esvair nas profundezas de um Brasil que segue seu curso na insignificância e de poderes globalizados. Fico com pena deste Brasil surdo e mudo. Não merece o futuro traçado por está fortuna. Serão dois Brasis como sempre foram. De um lado a esquerda aprisionada e do outro lado um sul envaidecido no seu harém de moralidade civilizada de um mundo além atlântico. Duas culturas que não conseguiram se harmonizar. Reivindicações de um passado quando este território se desmembraria. Mas somos reféns de uma unidade de desiguais. Fico com pena do príncipe que se deu mal e um povo entorpecido no seu momento ahistórico, que deveria permanecer como no discurso de Pierre Clastres já que não acerta uma. De certa maneira nunca passamos para o degrau seguinte e sempre seremos algo lá no além mar. 


Saudações na Pç Tiradentes de Curitiba em 1937

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Síndrome Coxinha na Vida Prática


A minha tese nestes tempos conturbados de inúmeras situações políticas e revelando aquilo que hoje vem sendo nítido de um neo-fascismo e as direitas pelo mundo florescendo, fica claro que no Brasil algumas peculiaridades se destacam. 

Algum tempo atrás a CPMF (imposto sobre movimentação bancária) foi usada e obteve um bom resultado no restabelecimento da economia. E recentemente se tentou a nova fórmula para auxiliar as contas públicas. E houve um grande clamor da população sobre a barbaridade que seria tal imposto. 
Só que a consequência disto foi uma política de retirada de direitos para diminuir o rombo nas contas, como o limite da aposentadoria, aumento da carga de trabalho, diminuição dos serviços públicos para desinchar o estado.  CPMF que nos meus tempos eram descontados centavos na conta. Ele é significativo em contas poupudas como da Rede Globo. Na minha e do pobre não fazia diferença nenhuma. Mas mesmo assim o pobre rico comprou o discurso dos mais ricos e acabou que quem vai pagar a conta é ele.  

Ai que entra a safra dos neo-fascistas, para definir melhor com o apelido de "coxinhas". Eles são os pobres-ricos. Aqueles que tem um celular e um mundo pela frente para conquistar. E a posição deles é defender um estar no futuro. A potencialização deles como ricos sendo pobres atualmente é a compra de um sonho inconsequente. Eles acreditam que vão ser os novos ricos do futuro e não se importam em perder direitos no atual. Perder direitos como a aposentadoria e um massacre na educação e saúde. 
Nada melhor para uma família enxergar o seu filho como um grande empresário, que nunca vai ser. Nada mais é do que um sonho capitalista imperando no intimo. Há um entorpecimento social quando as causas sociais vão se esvaziando sem que a população se dê conta do que está realmente acontecendo. E a superestrutura se aproveita deste efeito gregário para seus interesses. 

Aristóteles que é pai do logos da política na sua filosofia em "o homem é um ser político", e tem o ciclo do "ato e potência". Somos um país potencialmente ricos. Isto não quer dizer que já somos ricos. Ser rico é "ato" e potencialmente seremos ricos, com foco no futuro. Faz sentido isto nos nossos dias? Faz. E é dele a questão da "vida prática" do ser humano. Isto é corriqueiro. E um jovem deste se intitulando um potencialmente rico defendendo sua posição nada mais é do que um pobre em ato perdendo direitos. Uma patologia social que vem levando o Brasil a ultimas consequências. Estamos numa crise intelectual de uma bestialidade midiática de massa astronômicas. 


terça-feira, 14 de março de 2017

MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo


O que falar de um Festival que ninguém conhece. Pelo jeito ele só acontece em São Paulo com média de 10 espetáculos e um site muito bem elaborado feito por muitos nomes. Ele é internacional só que os brasileiros não conhecem o evento. Deve ser bem dirigido pelo grande Antônio Araújo que sem dúvidas é um paulistas de peças no rio Tietê e seus apocalipses. 


Isto cansa, de um Brasil ter dois brasis, com um grande centro como gestor disto que chamamos de estado. As coisas não vão bem e de repente vemos verdadeiras cachoeiras paradisíacas econômicas jorrando num oásis no meio do deserto. Aquela miragem sem que este mundo cosmopolita de caos estético tenha acesso. Até parece que existe uma estética elitizada destes novos produtos de artes de discursos americanizados que o povo não tem acesso. Será que foi feito para uma elite? Quais as razões de ser internacional se nem nacional ele é? A curiosidade mata e será que vão tentar matar um pobre brasileiro perdido neste meio de produtos culturais por descobrir um Golias invisível andando pelas ruas de São Paulo? São Paulo é uma ilha no meio do Brasil? Seria bom definir este vazio misterioso. 

E começa hoje, bem no dia que tive acesso a informação. Será que sou tão desatualizado?


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Fim da Arte e Fim da Teia Estética?


É possível que autores renomados com contribuições precisas em suas épocas não tenham percebido a insistência dos olhares sobre o mundo que o humano adere a sua existência. Dentre os sentidos humanos quase todos tem relação com o gosto, do olhar das flores e seu perfume, o gosto de uma pudim, o som de um rock in roll e o toque numa bela mulher. A estética engloba nestes sentidos numa proporção totalizante atrelado a uma teia existencial dando sentido a vida. A resistência significativa que faz a vida pulsar com grandeza num eterno retorno, sem ela ser tão grande assim. 

Nas épocas que estes autores declaram o fim da arte quase genericamente num mesmo argumento, da troca da arte pela ciência, não existia a conciliação da ciência à arte. Como por exemplo o cinema, a televisão, o rádio e as vitrolas para produzir em memória uma bela música.
Hegel no seu Curso de estética é um dos primeiros a afirmar que a ciência veio para eliminar a arte. O Marx chega a comparar a Ilíada de uma propagação oral com a xerox, como se isto não irradiasse a arte. Nietzsche é mais profundo na sua crítica quando ele vê em Sócrates e Platão a filosofia consciente se sobressaindo ao dionisíaco da tragédia e a vida prática bestializada religiosa calcada no Platonismo se prevalecendo sobre a vida. Walter Benjamin, Adorno e outros atacando com a era da cultura de massa. Mas isto já se sabia que a população mundial ia crescer mesmo. Mas, quantos cinemas e teatros tem no mundo, e quantas televisões noticiando acontecimentos trágicos? A existência não deixou de consumir a arte. E este entorpecimento conveniente feito propaganda deve ser apagado do saber filosófico. Ela pode não ser tão instintiva e ingênua. Ela pode sofrer alteridades. Mas ninguém nunca vai deixar de ouvir uma bela música. E olha que a canção se reproduziu em milhares de formatos virtuais em aparelhos do mundo em toneladas de ondas conectadas dançando sobre nossas cabeças.

Praia do Pontal do Sul

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Nietzsche e os Músicos Brasileiros.


Os maiores músicos brasileiros beberam Nietzsche em suas músicas, como o Renato Russo e Caetano Veloso e Chico Buarque entre outros. Eles prestaram homenagens a Dionísio. Suas letras não beiraram verdades com um misto de verdades incutidas. A intuição andou regando suas fontes que jorram delírios de verdades. 

Um dos limites que estabelece tal ruptura é comparar a música evangélica cheia de dogmas e verdades prontas que não apresentam o novo. Giram em torno de um tema fantasmagórico que não apresenta a vida como ela é. A música precisa de carne do trágico no acaso. 

E pensar que por trás desta vertente cultural no Brasil foi da "Escola do Recife" semeando o pensamento alemão que brotou em margens de rios que seguem caminhos tão adversos num país tão atrasado. 

Pontal do Sul

domingo, 29 de janeiro de 2017

O véu no muro invertido de céu.


O cosmo da poesia estética vem tomando conta e deixando um rastro de crise da tecnologia. Este é o principal golpe que vem deixando o mundo dos bilhões com a pulga atrás da orelha. Crise que ultrapassa barreiras das multidões globalizadas num grande palco. Os governos se tornaram caros e ineficientes e o consumismo pouco atraente diante das descobertas. Retomar os neoliberalismos é um projeto sem possibilidade de sucesso, as pessoas já não compram da mesmo jeito. O mundo entra numa estética de um novo tempo e nele temos que nos moldar. 

O enigma é entender a nova forma de se viver. O ser ganha outra dimensão. O fazer e o desfazer andam juntas e não se pode construir o evangelismo da mera ilusão do passado. Refazer o ser é uma impossibilidade. O refeito é artificial e nauseante. Se existe uma passagem do moderno para o contemporâneo nominado, como evento, talvez seja o terreno que estou falando nos seus primeiros passos. Um tempo suave a caminho.

Não pioramos, talvez. Nós melhoramos! Só que alguns não perceberam e discursam um passado como descoberta que lá era o ser. Quando não era. Querem comprar brinquedos quando não se brinca mais com os brinquedos da mesma forma. Um golpe no acaso no fluxo das coisas como se isto tivesse um sucesso e objetivo. Perda de tempo e valores, só isto que vão conseguir. O muro caiu na cabeça dos vitoriosos dominadores. O instante cobra a todo momento a sua existência. São puras farsas.

Pontal do Sul

sábado, 28 de janeiro de 2017

Filosofia Estética e a Arte.


As vezes eu confundo a filosofia estética com a arte. Faço parte das duas e é necessário na completude de uma vida. Na angústia do saber brincando no meio de todas estas tecnologia humanas o ser precisa de uma episteme cósmica. Estamos numa redoma fechada numa amplidão de infinitos de naturezas que nos rodeiam. Fazemos uma segunda natureza modelando com a estética. O belo, o bom e o ruim são os ingredientes necessários como química que precipita. O nada e o tudo estão muito próximos e se reduz a uma mera existência. 

A maioria sai deste viés para acreditar numa outra natureza alem deste mundo. Isto é fantástico. Não é meu caso que vejo nesta a única solução de estimulo. Fazer as coisas com arte é a brincadeira do mundo e desencadeia toda a criatividade humana no fazer das coisas. As mãos como gesto é o ponto nevrálgico do fazer, como muitos já repetiram tal colocação. Separar a arte da estética é uma amputação sem uma lógica e sentido. Determinando as artes em específico é que podem se sujeitar a uma pergunta sobre o que é a tal arte. Uma sobre a outra é uma nominação que precisamos como sentido. Uma questão de especialidade. Tanto que o artista completo seja apenas um momento de sublimação. Mas em tempos tão Euripidianos e apolínicos este sublime se materialize em técnicas.  

Pontal do Sul

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Era da Reprodutibilidade Técnica da Arte Sem o Fim


Walter Benjamin estabelece no seu livro A obra de Arte na Sua Era da Reprodutibilidade Técnica, uma arte "põem de lado conceitos como o de criação, genialidade, valor eterno e segredo."  Mas isto não confere a algumas artes importantes como a música e ao teatro. A música sempre se reinventou bastando olhar para milhões de músicas sendo tocadas em rádios e sempre uma diferente das outras. Claro que existe uma planificação própria desta arte na arte de se fazer música. É como um geômetra que igual a outros geômetra conclui sempre uma mesma matemática. Só ultrapassaria se o humano ultrapassasse o seu ser humano na genialidade. Isto é possível? Se não fosse possível então a possibilidade de entender profundamente o quântico seria impossível. E sabemos que vamos chegar lá na nossa ciência. E a episteme na estética se renovando é fundamental para o otimismo de nossas vidas. Mas jogar todas as fichas na ciência como se ela fosse o galardão do futuro da humanidade não é próprio nem na razão do materialismo de Diderot. A "reprodutibilidade" é muito redundante para impor toda a ciência a serviço dela. 

Máscara do Teatro Cultura - Curitiba
No teatro a criação se faz de muitas maneiras, no trabalho do diretor que quer colocar uma proposta nova. Tanto que a proposta do Teatro Antropoceno que é a descoberta de novas maneiras de se fazer as coisas no cotidiano destes tempos contemporâneo diante das muitas complexidades e adversidades que vem numa transformação humana e tecnológica. Aquela da natureza resiste e ainda mantem uma originalidade tradicional que não deixa o humano entrar de vez num simulacro ou loucura. 

O teatro no geral se faz com um texto, ou não texto no contemporâneo. Mas mesmo com o texto a questão da representação é buscada pelo ator na ação e no gesto com originalidade que lhe vai conferir o mérito. Isto é a arte do ator.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Ensaio da Imaginação e Arte: Um pé na Faculdade.


É normal hoje na arte contemporânea uma série de situações tida como nova com o contemporâneo deles desgastado pela falta de presentificação. Muito do que se faz, a tempos atrás se encaixaria perfeitamente como algo feito por um louco. Aquilo que era para ser o simulacro avançou como lógica. Já não é novidade, feito pelos bons. Muito culpa das tecnologias de som e imagem que avançam em qualidade e performance. 

A capacidade de ilusão, fantasia e associações lembrando Hume ganharam compreensão. E a imaginação foi afetada. Existe uma ordem neste novo como se elas estabelecessem um elo entre o absurdo e o novo. Já se exigem uma lógica de manipulação. E aqueles que exageram cai em algo que não é simulacro e é um nada. Por isto a ordem. São apenas exageros e mais nada. Querem impor uma linguagem e uma forma de se fazer mas não fazem. Não é consumível. Apenas besteiras sem importâncias que eles querem que tenha valor. Deixou de ser coisa de louco se isto era para ser visto como de louco ou uma escapada que não se define.  

O mundo estético é engraçado e um evento me marcou nesta passagem de simulacro. Coisa que em algum tempo este meu testemunho não vai ter compreensão por ser algo já óbvio. Era algo muito alucinante alguém falando sozinho. E no meio da massa como dentro de um ônibus as vezes era possível encontrar pessoas desajustadas falando sozinho. E veio o celular e os microfones quase invisíveis que permitem as pessoas falarem em alto e boa voz falando ao vento. O simulacro ganhou sentido. Com uma inversão naquele simulacro de um cosmopolitano no caos enraizado no classicismo. Estamos numa perene virtualização mesclado em apocalipse do caos e da nova acomodação da lógica. Para aqueles pessimistas em curso numa era visualizando o caos surge uma civilização compactuada com a tecnologia a posteriori com ar de artificializada que se finca cada vez mais num facultativo. E quando chegar a ser faculdade é porque o homem avançou um degrau. E nesta avalanche de desatualização permaneça até transbordar a ordem imaginativa no comum. Se é possível isto? Não dá para saber. Mas as tecnologias vem puxando se elas não se desgarrarem um dia. Ou que apareçam novas atualizações até com um quântico convergente nesta força que permanece e busca se desmanchar num micro macro sempre se desvenda. E o facultativo seja sólido e que acabem com a história de se fazer arte contemporânea. Não que os contemporâneos não tenham uma opção a mais. E é isto que se deve superar.   

Pontal do Sul

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Zygmunt Bauman e a Mancha no Brasil


Claro que a contribuição de Bauman envolve uma atmosfera estética de um cosmo que vivemos. Desde o "Véu de Maya" de Schopenhauer e Nietzsche entre outras contribuições tão presentificadas como as tábuas no "Paradoxo da Nau de Teseu". Nada se modificou no ser a não ser as tecnologias e a ciência mais atuante que vem entorpecendo nossas expectativa de vida e desafiando a existência dos deuses. E Bauman faz um retrato deste nosso tempo na forma líquida. Deus fica por minha conta. 

Mas o interessante aqui é a reportagem esclarecedora da Folha de São Paulo do artigo de Fernanda Mena. E duas citações marcam uma orientação que foge um pouco do discurso do pós guerras mundiais. É como se dissesse que não é bem assim. Eu vivi lá e sei como as coisas se deram ou a mulher dele viveu. E uma voz daquele que foi vítima e judeu destinado ao holocausto. Lembrando que a Hannah Arendt também tem uma posição em sentido próximo.

As citações são "O holocaustos só havia sido possível graças à tecnologia e a burocracia típica da modernidade".
Estes efeitos se assemelham muito ao andamento das questões da imigração e a xenofobia na Europa hoje. Tanto que até os fascistas que eram coisas superadas deram o ar da graça. As disputas por territórios já é histórica com os êxodos. Coisa que não é nova na nossa história e tem até um livro na Bíblia. Mas o que levou a este desencadeamento na modernidade foi a ambientação disto que Bauman fala na sua citação. 
No livro Modernidade e Holocausto ele cita - o holocausto "tinha seu próprio código, que tinha que ser decifrado primeiro para tornar possível a compreensão" e o "holocausto foi no auge da nossa sociedade moderna e racional" (BAUMAN, p.10 e 12). Código que os imigrantes do norte da África devem estar tentando entender junto com a complexidade dos acontecimentos na Europa. E ele fala de uma janela que se deve olhar para entender. E por falar em Janela lembrei que vou estar com minhas peças de teatro no Festival de Teatro de Curitiba 2017. E uma das peças se chama "Janela para Casmurro" com um efeito estético sobre o olhar de Machado de Assis. A outra peça se chama "O Urso de Tchekhov" do Tchekhov que foi referência mundial da literatura e do teatro. 

A outra citação da Folha: "Israel era nacionalista e nós estávamos fugindo do nacionalismo" Isto quando Bauman foi morar em Tel Aviv e não se acostumou. Aqui nesta citação é para mostrar que as coisas neste endereço são cíclicos. Com maior ou menor intensidade eles se repetem. É como a guerra que nunca deixou de existir na humanidade e já era anunciada por Tucídides e outros.

Gosto mais da outra direção mais vivida no momento que cabe dentro da estética que vem de uma colocação do Frued no livro de Bauman; O Mal-estar da Pós modernidade de mesmo título do livro de Frued que diz "o anseio da liberdade é contra a civilização como um todo". E neste momento estamos com um governo e uma rebeldia passiva que não faz deslanchar a economia e o estado de bem estar no Brasil. Estamos com uma mancha sem ver quando tudo vai ficar branco e puro, sem possibilidade de organizar o ambiente. A democracia se esvaziou e o volante ficou sem rumo. Há uma náusea persistente. Ficou difícil ser Brasileiro. Bauman fala que Walter Beijamin posiciona esta modernidade com o "signo do suicídio" e Frued como o "instinto da Morte". Tempo triste o nosso. 


Fontes:
BAUMAN, Z. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
BAUMAN, Z. O Mal-estar da Pós Modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
FOLHA DE SÃO PAULO: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/01/1848245-morre-aos-91-o-filosofo-e-sociologo-polones-zygmunt-bauman.shtml

Zygmunt Bauman

As citações são " 

sábado, 7 de janeiro de 2017

Massacre de Presidiários.


Todos já perceberam a vocação fascista do novo governo deste as agressões do MBL pelas ruas em seus movimentos do pato. E se o povo constatou o tom "fascista" ele acaba de se formalizar nas opiniões dos próprios no pós golpe de estado destituindo a democracia.

Recentemente houve o massacre dos presidiários em presídios do norte e nordeste com a conta de 100 presos mortos, com características de crueldade com decapitações. Independe de quem matou para ser um massacre, nas câmaras de gás de Hitler muitos dos executores eram pessoas comuns sob a ordem de um sistema que levava eles a isto, baseado em argumentos da Hannah Arendt. E no Brasil o sistema é a falência da educação e na nova "superestrutura" que assumiu o poder. Vão aumentar os presídios e eles sempre vão estar lotados devido a esta ordem política legitimada invisível a justiça.

Mas o tom fascista ficou claro em declarações como aquelas dos manifestantes gritando "Fora Dilma" sendo que eles são os corruptos que precisavam de cadeia. Muitos deles receberam este presente logo em seguida como muitos deputados exaltados na câmara e dias depois presos pela Policia Federal.
E agora com a mortandade nos presídios algumas citações evidenciaram o tom fascista como o do Temer: "acidente pavoroso" e seu ministro: "tinha que matar mais" e "tinha que fazer uma chacina por semana". E isto lembra muito o uso da comunicação de massa nazista para justificar os atos cruéis contra os judeus. Citações que se a Globo divulgasse duas ou três vezes se tornariam uma verdade absoluta para o povo e assim os presídios se tornariam câmaras de gás. E o fascismo seria a nova ordem brasileira.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Brasil Liberal


O massacre de 70 presidiários no Amazonas surtiu alguns incômodos. A Cármem Lúcia, presidenta do STF já vinha instigando o problema com visitas relâmpagos em presídios do Rio Grande do Sul. Então a ferida estava ficando grave. Grave a gente sabe a muito tempo.

O problema que depois do golpe na democracia com o retorno dos liberais a tendência é se agravar mais, por um simples fator: o liberal incentiva as diferenças entre pobres e ricos. É a essência da estrutura liberal promover a diferença se não ela deixa de existir. E com a diferença absurda o pobre vai ser a principal vítima deste sistema.
Explicando melhor a diferença, o liberal a base dele é econômica com um estado mínimo e o privado tomando conta. Claro que parte deste privado tem que ser forte para assumir tais responsabilidades. E para ser forte tem que ser rico. E para ser rico tem que tem muito mais pobres. Nada de social neste negócio a não ser as conquistas estabelecida por um contrato social sem chance de mudança.

Mas se tudo ia bem então alguma coisa deu errado. O que deu errado é que o presídio do massacre dos presidiários é privado. E agora José?
O presidente golpista já prometeu uns 4 ou 5 presídios diante do problema das superlotações e com tendência a aumentar diante de um governo das diferenças que marginaliza os pobres. Como vai ser a administração destes presídios? Vai ser privado? Nunca aconteceu uma matança nesta quantia neste meio. O governo de lá disse que no presídio não tinha santinho. Bom, isto a gente já sabe. Eles estão lá por não ser santinhos. Mas isto legitima matar eles? Atrás desta afirmação tem a comodidade utilitária do evento. E olha que o povo nem ficou tão chocado diante deste descontrole estrutural. Será que futuramente teremos muito mais casos como este? Eles custam R$4.700,00 cada um enquanto o teu salário não chega a isto. Quer dizer, a grande maioria não chega nem na metade. Bela inversão de valores.

E falar que você não tem nada a ver com isto não é bem assim. A justiça é universal e atinge a todos. Já aconteceu de muitos inocentes nesta justiça parar lá. E você tem medo disto que eu sei. Eles usam este medo para te colocar na linha. E existe as classes menos desfavorecida que estão muito mais sujeitas a violência legitimada, como os professores que nem podem pensar que estão dentro do âmbito dos ricos. Neste negócio existe lado e o teu todos sabemos qual é. Pode até achar que não. Mas tem gente lutando pelo teu lado. Então não seja injusto com os seus. 

Hoje eu tive um depoimento de um professor que me falou que a diretora da escola dele, em Curitiba exigindo que ele cortasse o cabelo, entre outras barbaridades dos pequenos ditadores apegados aos índices de aprovações dos discursos falaciosos do melhor para a educação, segundo políticos demagógicos envolvidos em corrupção com verbas para a educação. Neles a justiça não pega, e se pega também nada muda. Lembrem-se, nada mudou. Evolução e desenvolvimento ou qualquer coisa que seja é só argumento político. Você continua escrevendo em quadros com giz como os primitivos escreviam em paredes de cavernas com carvão. Só mudou o giz no lugar do carvão. E a violência anda correndo solta como no "Massacre dos professores" no Paraná.