
O ator no geral não sabe nem o que é a "ação" de Aristóteles e se embrenha na arte da imitação por sentir a facilidade e a natureza dela. Ele não precisa saber o teórico diante da prática. Isto brota dele e fazendo a vontade ser canalizada nesta descoberta. Em qualquer situação social se pode encontrar alguém fazendo teatro. E falar para ele a existência da presentação no lugar da representação com a cena que determina a arte dele vindo de um caos para uma referência imediata tornando a cena um caos para o público pode ser uma cobrança sem sustentabilidade. Da para perceber que confundem reações do corpo com o caos por falta de uma expressão da língua. E a língua que estou falando é aquela dentro da boca.
O ator tem uma capacidade de memória como uma peça "As Mãos de Eurídice" de uma hora e meia de apresentação com uma forma não linear de história. Um texto que montei e dele descobri a ferramenta desta profissão. A referência do ator não é o texto e nem a memória nele. É a memória dele jogada no palco com o fenômeno na ação que lutam para ser condizente. Se sabe que uma atuação não é igual a outra em cada apresentação. A espontaneidade está aí. Falar que o ator tem "presenciabilidade" por não usar uma referência usando o caos para chegar na presença e sem algo que ele possa se escorar é exigir do ator uma falta de racionalidade. E razão em Kant já tem tempo. E num caso assim teria de ter uma extensão de presente inviável na compreenção. Quando se fala em tempo em Deleuze ele usa o Kant concordando ou discordando. Ficar falando a priori é ludibriar os leitores numa aceitação de um tempo que se diz inovador dos anos 70 de algo que sempre existiu. Nos gregos tudo era oral e se Sêneca impôs o texto e dele veio a reação para a improvisação através da Commédia d'arte italiana então jogaram a história no lixo. É claro que hoje se pensa até a "história em si". E isto tem implicações diretas no presente.
Tirar o bom do ator com suas ferramentas para impor uma cena de caos nem Nietzsche conseguiria, porque deve ser o caos o resultado que querem. Não dá para tirar o mérito do absurdo. Mas organizar o absurdo é complicado. É um peso para o ator que pode se resignar e nunca entender a sua arte. O grande barato que é minha opinião é que não existe presente, e se existe ele é tão pequeno e tão insignificante que acaba levando a gente ao erro ou acidentes o tempo todo. Mas existe um passado como referência que é grandiosos nos humanos que nos permite brincar com qualidades e deveria ser valioso. E existe a representação é óbvio. E é este detalhe que dá o charme e o incentivo para o teatro. Como falei é uma opinião. Falando assim é até simples de se colocar. Mas vá falar para um teórico cabeçudo? E ator que usa microfone nos pós-dramáticos é estranho. Quer dizer, estranho todo mundo é. Somos modernos.
É claro que é uma conversa que estou tentando organizar diante do que vejo por falta de munição adequada para atacar o problema. Talvez o que me incomoda não seja o problema e sim a direção que estão tomando de algo que seria mais valioso se não fosse no sentido do simulacro. É uma delícia o teatro e tentar arruinar ele é uma insensatez. Os grandes de Hollywood devem dar risadas disto.
E se só existisse o presente não existiria o tempo. Então o presente é o caos. É isto que querem dizer? Tirando a referência do passado que aí não teria a reapresentação então teríamos um mundo com novas possibilidades de futuro? Fiquei confuso.
E se só existisse o presente não existiria o tempo. Então o presente é o caos. É isto que querem dizer? Tirando a referência do passado que aí não teria a reapresentação então teríamos um mundo com novas possibilidades de futuro? Fiquei confuso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário