sexta-feira, 10 de julho de 2015

Verdades Secretas - Walcyr Carrasco péssimo



A Rede Globo decepciona na sua dramaturgia em Verdades Secretas colocada como a maioral no segmento. Um desfile da Arlete digno de uma passarela em Paris. Mas na dramaturgia vem cometendo erros significativos e de uma ingenuidade aparentando que não é o Walcyr Carrasco escrevendo. 

Arlete (Camila Queiroz) tem um namorado que por coincidência é sobrinho do milionário (Rodrigo Lombardi). Eva Wilma colocado neste fogo acaba conhecendo um aposentado que é amigo da avó da Arlete. O personal trainer que fica com a ex mulher do milionário é amigo do Reynaldo Gianecchini. E a todo momento um vai descobrindo os parentescos e amizades comuns entre eles. E isto é o que depõe a dramaturgia de Verdades Secretas. Todo mundo se conhece e todo mundo é parente de alguém. Que é isto? Isto não existe mais. O mundo mudou e as pessoas não se conhecem. 

Na dramaturgia contemporânea os personagens vem de núcleos familiares diferentes e sem nenhuma afinidade entre eles. Era para ser asssim. A trama não envolve um circulo fechado que é tão antigo isto. E o rompimento foi a inovação da dramática do homem moderno. Para a Globo que se diz e se coloca adiante do seu tempo nos comportamentos e modismo acabou de provar sua péssima dramaturgia. É difícil de acreditar que gente bem paga e coloque sua busca por uma Lolita de Nabokov no Brasil nos moldes da literatura russa tenha baixa qualidade de texto deste jeito. Querer comparar com a literatura russa é dar um tiro no meio dos olhos. Os russos não merecem isto. Lá tinha Dostoiévski e Tchékhov, pai da nossa dramaturgia. Com a tendência das modelos cada vez mais procurar o envolvimento da dramaturgia e os palcos de teatro. Como modelo elas dependem de terceiros para o sucesso, e como atriz elas fazem a sua realização profissional pelo talento sem o grande jogo da beleza. 

Outras inconsistências estão associadas a falta de prática no mercado. Quase que na totalidade as modelos no Brasil estão acompanhadas de um guarda-costas que é as mães. Até que a Arlete no começo tinha a companhia da mãe. Mas depois ficou só como parte da trama isolada nos seus afazeres de atendente de consultório. Claro que pode aparecer alguém no consultório como parente do milionário também. Um trabalho com imagens gratificantes de modelos pode se acabar num grande mico de dramaturgia. E envolvendo grandes do meio. Se pelo menos colocassem a grande cilada desta atividade que é uma quantidade de picaretas prometendo trabalhos e fazendo mães pagarem por Books que nunca vão ser usados em trabalhos garantido o retorno do investimento, daí tudo bem. Mas a novelinha mostra cada vez mais o distanciamento da realidade do meio.  Palmas para nomes que carregam a trama como a Marieta e o Lombardi. O Brasil tem grandes atores. Só não tem quem proporcione grandes trabalhos.



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