
Hoje andei um pouco atrás de um lugar para um ensaio alternativo em Curitiba e achei muitos. E meus pensamentos foram no sentido de uma praça que tivesse um anfiteatro tipo grego de concreto ou a uma cobertura destas que as vezes a gente encontrava e que atualmente é raridade. Quantas pessoas não fazem uma arte por não ser pensando que o modelo grego agrega lembranças artísticas por estarmos no ocidente e ela nossa pátria estética. É como se faltasse algo e que um simples banco acaba ganhando aspecto de cenário.
Mas o teatro vai num caminho com muitos buscando o resgate desta arte. Falam em formação de platéia quando o sentido contemporâneo é outro. Existe um membro específico no meio que se chama a divulgação através das mídias. Sem elas nada funciona neste emaranhado de pessoas que se orientam através das notícias. E o teatro a muito tempo perdeu aquela vibração que foi substituída pelo cinema e a televisão. Só que nela também existe o teatro. O auditório já não é o mesmo e a importância do teatro nos nossos meios já deveriam ter mudados. O teatro visando a manutenção de boas maneiras nas ações no mundo. Através da mimese se chega a compreensão de muitos dados sobre nossas atividades.
Achei engraçado quando li na introdução de "Evolução e Sentido do Teatro" de Francis Fergusson, ele falando que "gente de teatro não gosta de teatro" nos Estados Unidos. Isto porque ele era um crítico de jornal e nas andanças percebeu este abismo no meio. Muitos fazem teatro e esperam uma platéia do meio artístico, e devem ter um cuidado com isto. A decepção pode ser grande e com o sentimento de não reconhecimento. Já passei por situações assim esperando um respaldo quando ele não aconteceu. A estratégia de formação de auditório que já vem sendo pensada desde Aristóteles deve ser na busca de compreender como o público se dá. Nada como uma assessoria de imprensa que esteja apta a assumir o papel e consiga reverter os aspectos negativos que um empreendimento precisa.
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