
Já ouvi alguns falando que Aristóteles abordou tudo e não existe nada de novo no horizonte. Ele no seu tempo não avançou em algumas coisas. No teatro tem o Stanislawski e Grotowski que foram humildes o suficiente para catalizar a ação de Aristóteles. Compreendendo uma trajetória entre o ato e potência. Atualização que vem do ato. E a atualização é interessante porque se faz no presente com a presença. Aristóteles foi aquele que deu vida a lógica embora a filosofia analítica ou os Wittgeinsteins da vida tente remodelar ele. Mas se falar "ajuste semântico" como o Matteo Bonfitto falou é inevitável o Aristotelísmo. Mas tem o outro lado também como a citação "entre as fronteiras entre o teatro e a performance" ou o "ator pós-dramático envolverá necessariamente zonas de ambiguidade e sobreposição". E a "relação entre presentação e representação". Se um não pode existir então o outro também não pode existir sendo que um está contido na outro. Acho que fui muito simples aqui e ficou até engraçado. As palavras "fronteiras, ambiguidade e sobreposição" parece ser o todo sobre a partes. Já que as partes não vão se explicar.
Uma das coisas que me chamou a atenção no texto do Matteo foi: "conforme colocado por Lehmann, um dos aspectos que definem o teatro pós-dramático é aquele da perda, por parte do texto, de sua função de matriz geradora privilegiadas dos diferentes signos teatrais". Mas em outro parágrafo coloca: "a utilização de um texto, criado a priori ou não, aumenta o grau de referencialidade de atuação, aproximando-o necessariamente da esfera da representação". Este "necessariamente" vem de necessário. Tem uma cara de metafísica nisto. Até o não a priori entra na referencialidade. Só faltou achar o sentido disto.
E quanto a ciência ou alguma coisa como homo faber no trabalho do ator que gosta do respeito pelo seu trabalho e na capacidade do seu fazer tem uma citação do "ator pós-dramático envolvem um horizonte técnico e expressivo mais alargado, se comparado àquele do ator dramático" Em outro momento coloca a palavra "reinvenção" e em outra o uso de "códigos e convenções teatrais são largamente utilizados". Para quem tem uma presença se atualizando no presente como que pode usar tantos recursos e ainda falar que não é a outra coisa? E ainda senti um ar menosprezando o ator dramático.
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